terça-feira, 13 de dezembro de 2011

BOLA PRETA –“Faxina” extrapola ministérios e atinge PF, Receita e até a CGU

O recorde de seis ministros demitidos por suposto envolvimento com malfeitos foi acompanhado por outro placar que também expõe a corrupção governamental.

Em tempos de faxina no setor público, a Polícia Federal prendeu este ano 79 policiais em dez operações de combate ao crime organizado realizadas em todos os Estados. O número de prisões é quase cinco vezes maior que em 2010, quando foram detidos 17 policiais em três operações.

Além disso, segundo dados da Controladoria-Geral da União (CGU), órgão responsável pelo controle interno do governo, de janeiro a novembro deste ano 514 servidores federais foram expulsos da administração pública, um recorde para o mesmo período nos últimos oito anos.

Levantamento feito pelo 'Estado' nos principais órgãos de controle da União mostra que têm crescido tanto as prisões como as demissões de fiscais da lei, como auditores da Receita Federal, analistas da CGU e policiais em todos os níveis.

Diante do elevado grau de corrupção entre agentes públicos, a PF intensificou em 2012 as ações repressivas voltadas para o setor policial e as carreiras de Estado das áreas de fiscalização e controle. Novas operações com esse foco, segundo o Estado apurou, estão programadas.
Vannildo Mendes, Estadão.com
Fonte: Blog do Noblat

sábado, 10 de dezembro de 2011

BOLA PRETA - PT usou estelionatário para desencaminhar CPI dos Correios

Revista Veja.

Escutas da PF revelam como deputados petistas encomendaram a Lista de Furnas para incriminar opositores, no auge do mensalão. Há dois anos, o mesmo falsificador tentou entregar documento forjado ao STF.

O ex-ministro e deputado cassado José Dirceu (PT-SP) participa de evento comemorativo dos 30 anos do PT, na Assembleia Legislativa de São Paulo, em 2010 (J.F. Diório/Agência Estado)

No começo de 2006, a chamada Lista de Furnas quase enterrou a CPI dos Correios, que investigava o mensalão, maior escândalo do petismo. O documento elencava doações irregulares de campanha, no valor de 40 milhões de reais, a adversários do governo Lula, e serviria para mostrar que práticas escusas de financiamento não eram adotadas apenas pelo partido do presidente, mas seriam comuns a todas a legendas. Poucas semanas depois, porém, descobriu-se que a tal lista não passava de grosseira falsificação. A edição de VEJA que chega às bancas neste sábado finalmente revela como o documento foi forjado por um notório estelionatário, por encomenda de dois deputados petistas de Minas Gerais, com incentivo e apoio da cúpula nacional do partido.

VEJA teve acesso a conversas gravadas pela Polícia Federal com autorização judicial, no primeiro semestre de 2006. Elas evidenciam que o estelionatário Nilton Monteiro - preso em outubro deste ano por forjar notas promissórias - agiu sob os auspícios dos deputados Rogério Correia e Agostinho Valente (hoje no PDT) com o objetivo de fabricar a lista. Há diálogos seguidos entre Monteiro e Simeão de Oliveira, braço direito de Rogério Correia. Os dois discutem os padrões das assinaturas de figuras importantes da oposição naquele momento, como o líder da minoria na Câmara, José Carlos Aleluia, do DEM, e o então líder do PSDB, Antônio Carlos Pannunzio. Em troca das falsificações, Monteiro, além de receber pagamento diretos, exigia a liberação de recursos em bancos públicos. É o que demonstram as gravações.

Embora a Lista de Furnas tenha sido desacreditada ainda em 2006, Nilton Monteiro esteve em Brasília, há dois anos, para tentar apensar ao processo do mensalão, que corre no Supremo Tribunal Federal, um recibo em que o ex-presidente do DEM, Rodrigo Maia, assumiria o recebimento de 200 000 reais do caixa da estatal de energia. Relator da causa no STF, o ministro Joaquim Barbosa rejeitou o documento - outro óbvio embuste. Em sua visita à capital, Monteiro foi ciceroneado pelo advogado petista William dos Santos, próximo do deputado Correia e de José Dirceu, principal réu do mensalão. Na ocasião, os dois visitaram também o gabinete de Ideli Salvatti, hoje ministra de Relações Institucionais, então no exercício de seu mandato como senadora. Procurada pela revista, Ideli negou o encontro.

Leia abaixo um trecho das gravações obtidas por VEJA. O interlocutor é Simeão de Oliveira, assessor do deputado Rogério Correia:

Nilton: Vou acabar com eles tudinho. Agora, é o seguinte: você tem que me dar proteção, porque eu estou precisando. Não interessa só isso não. Eu quero aquele negócio que foi escrito no papel, que o Agostinho fez.

Simeão: Mas aí eu não vou discutir o negócio do Agostinho (ex-deputado federal petista Agostinho Valente) com você, não.

Nilton: Eu sei que você não vai discutir, mas pode saber que... é aquilo que eu preciso.

Simeão: Não, mas eu...

Nilton: São aqueles negócios que eu pedi da Caixa e do Banco do Brasil, pra liberar pra mim urgente no BNDES, lá.

Simeão:Não, isso eu não vou discutir, não.

BOLA PRETA – Espumante para criança

Opinião de Julio Ferreira (Recife):

"Em um Brasil que gasta rios de dinheiro em campanhas destinadas a conter os prejuízos, físicos e financeiros, causados pelo elevado consumo de álcool, vejo com imensa surpresa o fato de uma indústria de bebidas haver conseguido junto aos órgãos públicos a autorização para lançar no mercado um espumante infantil, o Spunch, que apesar de ser um refrigerante frisante, é vendido em uma embalagem no mesmo formato dos espumantes da marca, com direito à rolha e tudo, além do que contando com o apelo de trazer rótulos onde estão estampados personagens da Disney, para motivar a garotada a brindar como os adultos nas festas de final de ano.

"Isso, além de ser um absurdo, é um contra-censo, pois a venda desse “espumante de brincadeirinha” fará pelas nossas crianças o mesmo mal que antes faziam as armas de brinquedo e aqueles antigos “cigarrinhos de chocolate”, que foram acertadamente proibidos de comercialização, através de lei específica.(...)

Extraído do Facebook de Percival Puggina

domingo, 4 de dezembro de 2011

BOLA BRANCA - Fim do Mundo

BOLA PRETA - Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, faturou em 2009 e 2010, R$ 2 milhões por consultorias

GUSTAVO MIRANDA / O GLOBO

BELO HORIZONTE - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT), faturou pelo menos R$ 2 milhões com sua empresa de consultoria, a P-21 Consultoria e Projetos Ltda., em 2009 e 2010, entre sua saída da Prefeitura de Belo Horizonte e a chegada ao governo Dilma Rousseff. Os dois principais clientes do então ex-prefeito foram a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e o grupo da construtora mineira Convap. A federação pagou R$ 1 milhão por nove meses de consultoria de Pimentel, em 2009, e a construtora, outros R$ 514 mil, no ano seguinte.

A consultoria de Pimentel à Fiemg foi contratada quando o presidente da entidade era Robson Andrade, atualmente à frente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), e se resumiu, de acordo com o atual presidente da Fiemg, Olavo Machado, a “consultoria econômica e em sustentabilidade”. No entanto, dirigentes da própria entidade desconhecem qualquer trabalho realizado pelo ministro.
O serviço à Convap durou de fevereiro a agosto de 2010, época em que Pimentel era um dos coordenadores da campanha de Dilma e viajava o Brasil com a candidata. Após a consultoria, a Convap assinou com a prefeitura do aliado de primeira hora de Pimentel, Márcio Lacerda (PSB), dois contratos que somam R$ 95,3 milhões.

Em maio deste ano, ao ser questionado durante viagem a Ipatinga (MG) a respeito das atividades da P-21 Consultoria e Projetos Ltda., já na condição de ministro, o petista não quis dizer quem eram os seus clientes e classificou o rendimento da empresa como “compatível com a atividade dela” e “nada extraordinário”.

A Convap contratou Pimentel por meio de outra empresa do grupo que a controla, a Vitória Engenharia, atual Mineração Vitória Ltda., cujo endereço é o mesmo da construtora, em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Menos de um ano após pagar a última parcela pela consultoria do petista, a Convap foi escolhida no governo Lacerda para tocar obras viárias de implantação do sistema de BRT (Bus Rapid Transit) na Avenida Cristiano Machado, para a Copa do Mundo de 2014 (R$ 36,3 milhões), e da Via 210, na região Oeste da capital mineira (R$ 59 milhões). As duas obras são em consórcio com a construtora Constran.

Fernando Pimentel deixou a prefeitura há três anos; ainda assim seu grupo permanece no controle da Secretaria municipal de Obras e Infraestrutura no governo Lacerda. A pasta foi responsável pela contratação da Convap e continua nas mãos do engenheiro Murilo Valadares, petista que cuidava da secretaria no governo de Pimentel. De 2000 a 2008, período em que o atual ministro foi prefeito de Belo Horizonte, não há registro de contrato do município com a Convap.

Perguntado se via conflito de interesses na assinatura de contratos de quase R$ 100 milhões com uma empresa que tinha como consultor um de seus padrinhos políticos, Valadares disse que não. Ele alegou que os contratos foram assinados por meio de licitação e que, nos dois casos, o consórcio apresentou o menor preço.

“O secretário sempre pautou suas ações pela transparência e pela ética. As licitações seguem os parâmetros legais. Diante da suspeita de quaisquer irregularidades, cabe aos órgãos competentes realizarem suas fiscalizações, bem como à imprensa republicana registrar os fatos e evitar suposições”, disse a assessoria de Valadares, por meio de nota oficial.

Procurado por e-mail e pessoalmente para dizer que tipo de consultoria Pimentel prestou à sua empresa por mais de R$ 500 mil, o diretor-presidente da Convap, Flávio de Lima Vieira, não deu entrevista. Pelo telefone, repetiu quatro vezes a frase “nada a declarar” e desligou.

Já o atual presidente da Fiemg, Olavo Machado, disse ter pago por “análise, avaliação e aconselhamento sobre aspectos da economia local e mundial”, “discussões socioeconômicas com base em experiência técnica, universitária e administrativa”, e “dimensionamento de mercados para empresas, aspectos de meio ambiente e sustentabilidade”.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com

BOLA PRETA -TAPAJÓS E CARAJÁS: FURTO, FURTEI, FURTAREI


José Ribamar Bessa Freire 09/10/2011 - Diário do Amazonas

 Essa foi a vaia mais estrondosa e demorada de toda a história da Amazônia. Começou no dia 4 de abril de 1654, em São Luís do Maranhão, com a conjugação do verbo furtar, e continuou ressoando em Belém, num auditório da Universidade Federal do Pará, na última quinta-feira, 6 de outubro, quando estudantes hostilizaram dois deputados federais que defendiam a criação dos Estados de Tapajós e Carajás. A vaia, que atravessou os séculos, só será interrompida no dia 11 de dezembro próximo, quando quase 5 milhões de eleitores paraenses irão às urnas para votar, num plebiscito, se querem ou não a criação dos dois Estados desmembrados do Pará, que ficará reduzido a apenas 17% de seu atual território caso a resposta dos eleitores seja afirmativa.

A proposta de divisão territorial não é nova. Embora o fato não seja ensinado nas escolas, o certo é que Portugal manteve dois estados na América: o Estado do Brasil e o Estado do Maranhão e Grão-Pará, cada um com governador próprio, leis próprias e seu corpo de funcionários. Somente um ano depois da Independência do Brasil, em agosto de 1823, é que o Grão-Pará aderiu ao estado independente, com ele se unificando. Pois bem, no século XVII, a proposta era criar mais estados. Os colonos começaram a pressionar o rei de Portugal, D. João IV, para que as capitanias da região norte fossem transformadas em entidades autônomas.

O padre Antônio Vieira, conselheiro do rei de Portugal, D. João IV, convenceu o monarca a fazer exatamente o contrário, criando um governo único do Estado do Maranhão e Grão-Pará sediado inicialmente em São Luís e depois em Belém. Para isso, o missionário jesuíta usou um argumento singular. Ele alegava que se o rei criasse outros estados na Amazônia, teria que nomear mais governadores, o que dificultaria o controle sobre eles. É mais fácil vigiar um ladrão do que dois, escreveu Vieira em carta ao rei, de 4 de abril de 1654:  “Digo, senhor, que menos mal será um ladrão que dois, e que mais dificultoso será de achar dois homens de bem que um só”.

Num sermão que pregou na sexta-feira santa, já em Lisboa, perante um auditório onde estavam membros da corte, juízes, ministros e conselheiros da Coroa, o padre Vieira, recém-chegado do Maranhão, acusou os governadores, nomeados por três anos, de enriquecerem durante o triênio, juntamente com seus amigos e apaniguados, dizendo que eles conjugavam o verbo furtar em todos os tempos, modos e pessoas. Vale a pena transcrever um trecho do seu sermão:

 “Furtam pelo modo infinitivo, porque não tem fim o furtar com o fim do governo, e sempre lá deixam raízes em que se vão continuando os furtos. Esses mesmos modos conjugam por todas as pessoas: porque a primeira pessoa do verbo é a sua, as segundas os seus criados, e as terceiras quantos para isso têm indústria e consciência”.

Segundo Vieira, os governadores ”furtam juntamente por todos os tempos”. Roubam no tempo presente, “que é o seu tempo” durante o triênio em que governam, e roubam ainda ”no pretérito e no futuro”. Roubam no passado perdoando dívidas antigas com o Estado em troca de propinas, “vendendo perdões” e roubam no futuro quando “empenham as rendas e antecipam os contrato, com que tudo, o caído e não caído, lhe vem a cair nas mãos”.

O missionário jesuíta, conselheiro e confessor do rei, prosseguiu: “Finalmente, nos mesmos tempos não lhe escapam os imperfeitos, perfeitos, mais-que-perfeitos, e quaisquer outros, porque furtam, furtavam, furtaram, furtariam e haveriam de furtar mais se mais houvesse. Em suma, que o resumo de toda esta rapante conjugação vem a ser o supino do mesmo verbo: a furtar, para furtar. E quando eles têm conjugado assim toda a voz ativa, e as miseráveis províncias suportado toda a passiva, eles como se tiveram feito grandes serviços tornam carregados de despojos e ricos; e elas ficam roubadas e consumidas”.

Numa atitude audaciosa, padre Vieira chama o próprio rei às suas responsabilidades, concluindo:
“Em qualquer parte do mundo se pode verificar o que Isaías diz dos príncipes de Jerusalém: os teus príncipes são companheiros dos ladrões. E por que? São companheiros dos ladrões, porque os dissimulam; são companheiros dos ladrões, porque os consentem; são companheiros dos ladrões, porque lhes dão os postos e os poderes; são companheiros dos ladrões, porque talvez os defendem; e são finalmente, seus companheiros, porque os acompanham e hão de acompanhar ao inferno, onde os mesmos ladrões os levam consigo”.

Os dois novos Estados – Carajás e Tapajós – se criados, significam mais governadores, mais deputados, mais juizes, mais tribunais de contas, mais mordomias, mais assaltos aos cofres públicos. Por isso, o Conselho Indígena dos rios Tapajós e Arapiuns, sediado em Santarém, representando 13 povos de 52 aldeias, se pronunciou criticamente em relação á proposta.

Em nota oficial, esclarece: “Os indígenas, os quilombolas e os trabalhadores da região nunca estiveram na frente do movimento pela criação do Estado do Tapajós, porque essa não era sua reivindicação e também porque não eram convidados. Esse movimento foi iniciado e liderado nos últimos anos por políticos. E nós temos aprendido que o que é bom para essa gente dificilmente é bom para nós”.

Enviado por José Macedo - Santa Maria RS




sexta-feira, 25 de novembro de 2011

BOLA PRETA - Salvo-conduto para Negromonte


Por DORA KRAMER, estadao.com.br, Atualizado: 25/11/2011

Um palpite? Dificilmente o ministro Mário Negromonte será importunado por ter avalizado fraude documental para troca de um projeto de infraestrutura da Copa, em Mato Grosso, que custava RS 489 milhões por outro de R$ 1,2 bilhão.

Além do preço quase triplicado, o projeto teve parecer contrário do corpo técnico do Ministério das Cidades.

E por que a suposição de que o ministro continuará impávido colosso?
Algumas hipóteses. Uma delas é que, pelo relato do repórter Leandro Colon ontem no Estado, desta vez o buraco é mais profundo. A substituição dos projetos envolveu negociação da qual participaram, além do ministro das Cidades, a titular do Planejamento, Miriam Belchior, e o vice-presidente Michel Temer.

A troca era de interesse do governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, do PMDB, como Temer.

Como se vê, não seria simples apenas descartar Mário Negromonte ou seu chefe de gabinete, Cássio Peixoto, de quem partiu a ordem para alteração do parecer contrário ao projeto que acabou sendo adotado.
Mas, a despeito da existência de provas fartas e substanciais de que houve uma urdidura de má-fé dentro do ministério e, segundo registro gravado na voz da diretora de Mobilidade Urbana, em cumprimento a uma ação 'de governo', dificilmente haverá abalos de primeiro escalão.

Não fosse pelo motivo substantivo, há outra indicação. O Palácio do Planalto há alguns dias tomou providências para reduzir o dano da permanência de Carlos Lupi no Trabalho e tratou de antecipar que ele e Negromonte sairão na reforma do início do ano.

Pela ótica do governo, estaria assim dada a satisfação pública para o caso presente, o último de passado recente, mais os que porventura venham a ocorrer em tempo que chamaremos de futuro próximo a fim de delimitar o período que nos separa da anunciada reforma ministerial.

Está bastante evidente a disposição do governo de não produzir novas baixas até que possam ser explicadas pelo rearranjo político-administrativo. Enquanto isso, as coisas funcionam no piloto automático.

A partir do advento Lupi, Dilma Rousseff deixou de lado a sistemática de só demitir quando ficava impossível manter o protagonista da denúncia em tela. Preferiu adotar a prática do gerenciamento dessa impossibilidade geradora de escândalos dando de ombros aos fatos.

Fará o mesmo em relação ao ocorrido no Ministério das Cidades? Se não quiser reacender as cobranças para a demissão de Lupi e atender ao padrão por ela mesmo imposto no caso dele, sim.

É uma escolha que a presidente como a dona da bola tem todo direito de fazer. O ruim é que, assim, a reforma ministerial que poderia ser esperada com uma expectativa de melhora nos critérios do governo de coalizão, já nasce servindo como justificativa para que se deixem crimes sem castigo.

Passo curto. Pode e deve ser vista como um avanço a decisão do Conselho de Ética da Câmara de derrubar a tese de que atos anteriores ao mandato de um deputado não podem motivar processos por quebra de decoro.

Mas não se pode nem se deve perder de vista o retrocesso que representou a decisão contrária, tomada em 2007 para proteger deputados envolvidos no mensalão e que haviam sido reeleitos.

Antes disso, em 1999, Hildebrando Pascoal foi cassado e até hoje está preso por envolvimento com tráfico de drogas e assassinatos cometidos quando chefe de um grupo de extermínio no Acre.

O avanço de agora foi bem menor que o retrocesso de quatro anos atrás, porque há limitações para os processos: o fato gerador só pode ter ocorrido até cinco anos antes do início do mandato em curso e, ainda assim, se não forem de conhecimento público.

As limitações permitiram a mudança feita a partir de uma questão de ordem apresentada pelo deputado Miro Teixeira, depois que Jaqueline Roriz ficou livre de processo porque não havia sido eleita deputada federal quando foi filmada recebendo dinheiro de origem suspeita.

Mas conviria que a Câmara levasse em consideração que decoro - ou a falta de - não prescreve.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

BOLA PRETA - Qual o próximo ministro a cair?

Qual ministro vai cair? Hoje, amanhã, vamos aguardar.


Quem vai cair primeiro?


                     Carlos Lupi, do trabalho, que disse que só sai à bala?
                     
                      Fernando Haddad, o desastrado ministro da educação? 


                      Alexandre Padilha que gerencia o péssimo serviço de saúde no Brasil?


E, para variar, tem um governador do PT que está com acorda no pescoço é o Agnelo Queiroz do Distrito Federal.


Façam suas apostas.  Pobre povo brasileiro. Em seguida vem uma nova campanha eleitoral.
                 
"Antigamente os cartazes nas ruas, com rostos de criminosos, ofereciam recompensas; hoje em dia, pedem votos".


                                 

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Após condenação, Dom Dadeus , Arcebispo de Porto Alegre, acusa Judiciário de corrupção

Dom Dadeus Grings
Arcebispo questionou quando começará uma faxina no Judiciário.

Indignado com uma condenação do Tribunal de Justiça de São Paulo, o arcebispo de Porto Alegre, Dom Dadeus Grings, acusou o Judiciário de corrupção.

— O problema da corrupção no Brasil tem sua base exatamente ali, no Judiciário. Todos sabem disso, mas poucos têm coragem de denunciá-lo. Nossa presidente começou a faxina no Executivo. Quando será a vez do Judiciário, onde o problema é muito mais grave? — disse o arcebispo.

Dom Dadeus foi condenado, juntamente com a diocese de São João da Boa Vista (SP), a pagar indenização de R$ 940 mil a uma família de Mogi Guaçu (SP).

A entrevista coletiva de Dom Dadeus, que se iniciou às 14h, teve como objetivo o anúncio de "fato relevante". Na sua fala, ele começou dizendo que "chegou ao fim mais um capítulo da agressão do Judiciário contra a Igreja Católica".

No final da tarde, a Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris) divulgou nota de indignação quanto à declaração de Dom Dadeus. "É necessário que a cidadania perceba que um país, para ser substancialmente democrático, deve contar com um Poder Judiciário laico, imparcial e independente", diz a nota, que é assinada pelo presidente da associação João Ricardo dos Santos Costa.


ZERO HORA

sábado, 29 de outubro de 2011

Bajulação de Lupi constrange Dilma


Orlando Brito
DILMA E SUA OJERIZA DIANTE DA CURVATURA SUBSERVIENTE DE LUPI, O MINISTRO QUE ELA ESTÁ LOUCA PARA DEMITIR 

Considerado um dos ministros mais inúteis da Esplanada dos Ministérios, e por isso com data marcada para ser demitido, Carlos Lupi (Trabalho) provocou grande constrangimento a presidente Dilma, nesta quarta-feira, durante solenidade no Palácio do Planalto, ao beijar-lhe a mão de maneira pouco elegante, porque um cavalheiro não se curva tanto, e exageradamente subserviente. 

O gesto deixou constrangida também a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil), que assistiu a cena e conhece como poucos a ojeriza de Dilma pelo ainda ministro do Trabalho. 

Ojeriza que a presidente expôs em sua face, num misto de asco e impaciência diante da curvatura espinhal do ministro bajulador.

Claudio Humberto

LULA ESTÁ COM CANCER NA GARGANTA


O hospital Sírio-Libanês informou na manhã deste sábado (29) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será submetido a quimioterapia para tratamento de um tumor na laringe.

Segundo nota do hospital, exames realizados por Lula neste sábado, em São Paulo, identificaram o problema. De acordo com os médicos, ele "encontra-se bem" e fará tratamento ambulatorial.

Leia abaixo a íntegra da nota divulgada pelo hospital:

"BOLETIM MÉDICO
29/10/2011
11h00
O Ex-Presidente da República, Sr. Luís Inácio Lula da Silva realizou exames no dia de hoje no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, tendo sido diagnosticado um tumor localizado de laringe.

Após avaliação multidisciplinar, foi definido tratamento inicial com quimioterapia, que será iniciado nos próximos dias. O paciente encontra-se bem e deverá realizar o tratamento em caráter ambulatorial.

A equipe médica que assiste o Ex-Presidente é coordenada pelos Profs. Drs. Roberto Kalil Filho, Paulo Hoff, Artur Katz, Luiz Paulo Kowalski, Gilberto Castro e Rubens V. de Brito Neto.

Dr. Antonio Carlos Onofre de Lira
Diretor Técnico Hospitalar
Dr. Paulo Cesar Ayroza Galvão
Diretor Clínico"

Fonte: O Globo

sábado, 22 de outubro de 2011

BOLA PRETA - Escândalo no Esporte. Assessores de Orlando Silva ajudaram PM a burlar fiscalização.


Em gravações obtidas por VEJA, funcionários do ministério ajudam o PM a se livrar de ofício que o acusava de irregularidades O PM João Dias, que narrou a VEJA os bastidores do esquema de corrupção operado no Ministério do Esporte.
(Lula Marques/Folhapress)

A edição de VEJA que chega às bancas neste sábado traz mais um capítulo do esquema de corrupção que transformou o Ministério do Esporte numa fábrica de dinheiro para o PCdoB - e também para políticos e entidades ligadas a ele.

Depois de relatar, na semana passada, denúncias do policial João Dias Ferreira contra o ministro Orlando Silva e seus comandados, VEJA teve acesso a novas provas da maneira como a máquina do Esporte se corrompeu. São gravações de uma conversa de abril de 2008 entre João Dias e dois assessores próximos de Orlando Silva: Fábio Hansen, então chefe de gabinete da Secretaria de Esporte Educacional, que cuida do programa Segundo tempo, e Charles Rocha, então chefe de gabinete da secretaria executiva do ministério.

 Foi o próprio João Dias quem registrou a conversa. Militante do PCdoB e dirigente de uma ONG, ele havia sido pego de surpresa por um ofício do Ministério do Esporte, enviado à polícia militar, responsabilizando-o por irregularidades e desvios de dinheiro num convênio de sua entidade com o programa esportivo federal Segundo Tempo. Em sua visita aos assessores de Orlando Silva, ele cobrava uma solução para o problema. E a pressão surtiu efeito imediato.

A gravação demonstra que Hansen e Rocha se esmeraram para arquitetar uma fraude que livrasse João Dias da investigação. "A gente pode mandar lá um ofício desconsiderando o que a gente mandou", propôs Charles Rocha. E Hansen completou: "Você faz três linhas pedindo prorrogação de prazo." Ele ainda explicou que esses pedido de prorrogação deveria ter data falsa.
Nos dias seguintes, a operação foi realizada exatamente como programado. Os dois ofícios enviados à PM - o original e o que pede que a investigação seja esquecida - foram reproduzidos pelo site de VEJA.

Alvejado pelas denúncias de João Dias, o ministro Orlando Silva passou a semana se explicando. Tentou desqualificar o acusador, qualificando-o de "bandido". A gravação obtida por VEJA mostra que figuras graúdas do ministério não pouparam esforços para beneficiar o "bandido" com uma fraude.

Em depoimento no Congresso, Orlando Silva chegou a mencionar o vai-e-vem de ofícios entre o Esporte e a polícia militar, qualificando-o como procedimento administrativo regular. Também não é isso o que transpira das gravações. Sim, é verdade que um terceiro documento, informando sobre a abertura de uma auditoria nos convênios do policial, foi enviado à PM pelo ministério. Só que um ano e meio depois da inacreditável - e reveladora - reunião entre João Dias, Hansen e Rocha, que VEJA esmiúça na edição desta semana.
Leia a VEJA, vale a pena.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O Ministro dos Esportes vai cair?

Não aguento mais. Esse orlando Silva vai cair ou não? Em todo o Brasil o projeto 2º tempo, do ministério dos esportes, está cheio de denuncias de corrupção, todas envolvendo gente do PCdoB.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

BOLA PRETA - Sarney ninguém aguenta mais. O PT aguenta e usa.


O presidento do Senado, José Sarney (PMDB-AP), alegou em entrevista ao jornal "Zero Hora" publicada nesta segunda-feira que "os privilégios foram criados" para que "os deputados fossem livres e seus salários não os fizessem miseráveis". A afirmação é uma resposta às críticas direcionadas ao senador depois de ter usado um helicóptero da PM do Maranhão durante um passeio na ilha de Curupu, localizada no mesmo estado, onde tem casa, duas vezes este ano.

- Quando a legislação diz que o presidento do Congresso tem direito a transporte de representação, estamos homenageando a democracia, cumprindo a liturgia das instituições. Por conta das prerrogativas do cargo, tenho direito a transporte de representação. Andei em um helicóptero do governo do Estado, não era particular - afirmou Sarney.

O ex-presidente comentou ainda a dedicação da música "Que país é este?" a ele pelo cantor Dinho Outro Preto durante show do Capital Inicial no Rock in Rio no último dia 24. Para o senador, "a crítica foi injusta". Ele lembrou que seu governo contribuiu "para a maior liberdade de expressão que já tivemos no país" e afirmou que a cultura e as artes "podem ser injustas, mas não podem deixar de ser livres".

Na entrevista, Sarney revelou que ambos os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva foram a sua casa pedir seu apoio. A presidente Dilma Rousseff, por sua vez, não deu continuidade à prática.

- Eu já tinha uma aliança com o PT. Fomos juntos para o governo - justificou o senador ao jornal gaúcho.

Comentário: Já não sei mais nada; não entendo nada; não sei o que fazer. Estou esperando um milagre divino. Da terra só sairá mais cafajestes. Cadê a oposição? Onde foi parar? Tá no mesmo cofre, opa, digo, no mesmo bolo?  Ah! Até a lingua portuguesa foi desmoralizada, agora é presidenta e presidento. 

terça-feira, 20 de setembro de 2011

BOLA PRETA - Lula diz que ministros deveriam resistir quando forem alvos de denúncias de corrupção

  Enquanto eles desviam o dinheiro do Brasil as pessoas morrem com o  péssimo atendimento à saúde.  

 O ex-presidente Lula da Silva recomendou que os ministros de Dilma Rousseff, que eventualmente tiverem seus nomes envolvidos com casos de corrupção, "resistam" e não renunciem com tanta facilidade.

Ele deu essa declaração no início da tarde desta terça-feira na capital baiana, logo após receber o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

É O "Doutor" Lula recomenda que os acusados de corrupção – nomeados por ele e vem do governo dele – não renunciem. Aguentem firme; “ninguém pode pegá nois”. Êta velhaco danado!!!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

BOLA PRETA - José Dirceu agora quer ser o senhor das armas e defende as forças armadas.

 Fico pensando o que levaria um ex-guerrilheiro, denunciado pelo Ministério Publico Federal como o chefe da sofisticada organização criminosa do mensalão, atualmente lobista e traficante de influência dentro do governo federal, a defender a modernização das Forças Armadas? A resposta é simples: um novo cliente, para quem ele irá vender facilidades. Quem será o novo cliente do novo senhor das armas?

Vejamos matéria publicada no Estadão.

O ex-ministro José Dirceu cobrou ontem do governo da presidente Dilma Rousseff mais investimento nas Forças Armadas. Ele defendeu a modernização do Exército e da Marinha. Disse ainda que o Brasil precisa fabricar 'mísseis de defesa' e voltar a produzir caças de guerra para a frota da Aeronáutica. Réu no processo do mensalão, em que é chamado pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, de 'chefe da quadrilha', Dirceu, ao palestrar em seminário sobre petróleo produzido pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China, afirmou que 'um país da dimensão do Brasil não pode deixar de ter um poder militar defensivo tecnologicamente avançado'.

'A indústria de defesa nacional está sendo recriada. Temos de ter uma defesa própria regional do Atlântico Sul. Temos de proteger nossa riqueza do pré-sal com uma Marinha em águas azuis. Temos de ter Força Aérea produzindo caças no Brasil. Tem tecnologia para produzir não só aviões, como mísseis de defesa', discursou o ex-ministro, para cerca de 200 conferencistas, do quais 80% estrangeiros. O presidente da Câmara, Charles Tang, o apresentou como uma espécie 'de primeiro ministro' do governo que estruturou o processo de desenvolvimento brasileiro.

Para Dirceu, o Exército precisa ser 'totalmente' modernizado, porque o País necessita de 'uma Força Armada defensiva'. 'Nós não temos nenhum problema fronteiriço, nenhum litígio político com nenhum país da América do Sul. Somos como a China, uma força em desenvolvimento', afirmou. 'A China é o principal fator de moderação de paz no mundo de hoje.' Apontado por engano como representante da Casa Civil no programa de seminário sobre petróleo promovido pela Câmara de Comércio Brasil-China, o ex-ministro fez elogios aos governos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que 'transformou o Ministério da Defesa em realidade'. 

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

BOLA PRETA - Terror: PF monitorou suspeitos no Rio




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GRUPOS ISLÂMICOS ESTARIAM TREINANDO BRASILEIROS NO IRÃ
Antes da realização dos Jogos Pan Americanos de 2007, a Polícia Federal monitorou, in loco, alguns estrangeiros que residiam no país havia poucos meses, ou anos, vindos de países do Oriente Médio, Ásia e África suspeitos de abrigarem células terroristas. A revelação foi feita à ocasião pelo então diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, ao Jornal do Brasil. Embora nada tenha acontecido, para o bem do país e do evento, e apesar de a PF, consultada pela coluna, não divulgar sobre o assunto, há possibilidade de que a corporação ainda monitore com agentes especiais os mesmos suspeitos de 2007, espalhados pela região Sudeste. Prova disso é reportagem recente da revistaVeja que mostrou a estreita ligação de brasileiros com grupos islâmicos que bancaram viagens e estudos para moradores do Nordeste irem ao Irã "aprenderem os fundamentos do islã". Segundo a matéria, documentos da CIA, FBI e PF mostram como age a rede do terror islâmico no Brasil. “A Polícia Federal tem provas de que a Al-Qaeda e outras quatro organizações extremistas usam o país para divulgar propaganda, planejar atentados, financiar operações e aliciar militantes”, informa a reportagem, divulgada em abril deste ano. Ainda de acordo com a Veja, “embora seja autora das investigações, a PF assume um comportamento ambíguo ao comentar as descobertas de seu pessoal. A instituição esquiva-se, afirmando que não rotula pessoas ou grupos que, de alguma forma, possam agir com inspiração terrorista”.
Blog do CLÁUDIO HUMBERTO  

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

BOLA BRANCA - Protestos no dia da Pátria


DIANTE DO SILÊNCIO DAS ENTIDADES APARELHADAS PELO PT, JOVENS PROTESTAM CONTRA A ROUBALHEIRA EM TODO O BRASIL NO DIA DA PÁTRIA

Fotos do Blog do Aluízio Amorim

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Fidel em coma, segundo informam, com cancer


O jornalista venezuelano Nelson Bocaranda Sardi, do diário "El Universal", disse nesta segunda-feira que o estado de saúde de Fidel Castro piorou e ele está internado numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Havana. Nelson Bocaranda Sardi foi o primeiro jornalista na Venezuela a dizer que Chávez tinha câncer e é um dos mais bem informados sobre a doença do presidente. Seu texto sobre a saúde de Fidel, que completou 85 anos neste mês, reforçam rumores que já circulavam no Twitter. Segundo o jornalista, o agravamento do estado de Fidel levou o presidente venezuelano, Hugo Chávez, a fazer o quarto ciclo de quimioterapia em Caracas - os três primeiros foram em Havana. 

Em seu blog , o venezuelano afirma que Fidel chegou a ficar em coma no domingo, mas se recuperou no mesmo dia. O tratamento estaria sendo feito na própria casa do líder cubano, que é equipada com uma sala de emergência hospitalar e uma unidade de tratamento intensivo. O governo de Havana manteve-se em silêncio diante dos rumores. Pelo Twitter, a blogueira cubana Yoani Sánchez disse desconhecer a informação."Meu telefone não para de tocar. Todos perguntam se é verdade que o estado de Fidel está muito grave. Não sei. Se sim, nós, cubanos, seremos os últimos a saber", escreveu.
Fonte: O Globo

sábado, 27 de agosto de 2011

BOLA PRETA - GOVERNO PARALELO DE DIRCEU. E DILMA SABE DE TUDO!




27/08/2011
 às 9:01- REVISTA VEJA - Reinaldo Azevedo


Dá pra entender o estresse de ontem de José Dirceu. A reportagem de capa da revista VEJA revela que membros do primeiro escalão do governo, dirigentes de estatais e parlamentares - INCLUSIVE UM DA OPOSIÇÃO - se ajoelham aos pés do cassado, a quem ainda chamam de “ministro” e prestam reverências. É isto mesmo: o deputado defenestrado, o homem processado pelo STF e acusado de ser chefe de quadrilha é tratado por figurões de Brasília como um chefão — o Poderoso Chefão. Dirceu está bravo porque a reportagem é devastadora para a reputação da República e deveria ser também para ele e para aqueles que fazem a genuflexão. Vamos ver. Uma coisa é certa: a presidente Dilma sabe de tudo; tem plena consciência de que seu governo é assombrado e monitorado — às vezes com tinturas claras de conspiração  — por um ficha-suja.
A reportagem de Daniel Pereira e Gustavo Ribeiro está entre as mais importantes e contundentes publicadas nos últimos anos pela imprensa brasileira. Ela desvenda o modo de funcionamento de uma parte importante do PT e os métodos a que essa gente recorre. E traz detalhes saborosos: podemos ver as imagens das “autoridades” que vão até o “gabinete” de Dirceu, montado no Naoum, um hotel de luxo de Brasília, onde se produz, nesse caso, o lixo moral da República. VEJA conseguiu penetrar no cafofo do  Muammar Kadafi da institucionalidade brasileira. Eis alguns flagrantes.
Dirceu chegando ao bunker. Pimentel e os senadores Walter Pinheiro, Delcídio Amaral e Lindbergh Farias: operação derruba-Palocci
Dirceu chegando ao bunker. Pimentel e os senadores Walter Pinheiro, Delcídio Amaral e Lindbergh Farias: operação derruba-Palocci