Já nas bancas.
sábado, 10 de janeiro de 2015
terça-feira, 6 de janeiro de 2015
BOLA PRETA: Envolvidos em corrupção até o pescoço, PT e PMDB silenciam diante da resolução do TSE que abre contas bancárias de partidos.
Integrantes do PSDB
defenderam nesta segunda (5) resolução editada pelo TSE (Tribunal Superior
Eleitoral) que obriga os bancos a enviarem periodicamente extratos de contas
dos partidos políticos à Justiça Eleitoral. O partido promete votar a favor da
medida no Congresso Nacional por considerar que dará maior transparência aos
gastos de todas as siglas.
Coordenador jurídico do
PSDB, o deputado Carlos Sampaio (SP) disse em nota que o dinheiro recebido
pelas siglas é público, portanto, precisa de publicidade. "O dinheiro que
vai para o partido é uma parte do dinheiro que vai para a União. Ou seja, é
dinheiro púbico. Portanto, nada mais lógico que se dar publicidade dos gastos
feitos com esse dinheiro público", afirmou.
Segundo Sampaio, a medida
também auxilia no rastreamento de recursos repassados de forma ilegal aos
partidos, como no caso da Operação Lava-Jato, envolvendo desvios de verbas na
Petrobras. "Parte da propina paga por empresas contratadas pela Petrobras
abasteceu o caixa do PT. Portanto, essa transparência prevista na resolução do
ministro Tofolli vem em boa hora e tende a impedir que práticas ilegais como
essas se repitam", afirmou o tucano.
Líder do PSDB no Senado,
Aloysio Nunes Ferreira (SP) disse que a transparência nas contas partidárias ajuda
na redução da corrupção no país. "Transparência é uma arma do cidadão
contra a corrupção política. O PSDB saúda a decisão moralizadora do TSE de
reforçar o controle e acabar com sigilo bancário dos partidos, e dará todo
apoio no Congresso para sua implantação", afirmou.
De acordo com a nova norma,
os partidos passarão a ter três contas distintas: uma para a movimentação do
fundo partidário, uma para doações de campanha e uma terceira para "outros
recursos", que englobam contribuições destinadas à constituição de fundos
próprios, sobras de campanha e realização de eventos, entre outros. A
informação foi divulgada pelo jornal "O Estado de S. Paulo" nesta
segunda-feira (5).
A movimentação destas
contas, contendo a identificação de depositantes, será enviada pelos bancos ao
TSE a cada 30 dias. A medida visa facilitar o processo de análise das contas
dos partidos, uma vez que até agora as agremiações normalmente emitiam à
Justiça Eleitoral apenas demonstrativos contábeis, apresentando os extratos
somente em casos de auditorias especiais quando indícios de irregularidades
eram identificados pela corte.
A resolução também traz
outras inovações ao processo de contas dos partidos. A partir de agora, os
recibos de doações serão emitidos a partir do site do TSE com numeração
sequencial por partido. As agremiações ainda poderão, a seu critério, recusar
doações, devolvendo o dinheiro até o último dia do mês seguinte ao crédito.
Apesar da nova sistemática
de contas, o TSE não deve disponibilizar na internet os extratos das contas dos
partidos. Para isso seria necessária a aprovação de uma lei pelo Congresso
Nacional.(Folha Poder)
segunda-feira, 5 de janeiro de 2015
BOLA PRETA: Dilma não quer que sejam punidos os ladrões da Petrobras, pois foi o que mostrou em seu pífio discurso de posse.
Falta agora nomear os políticos que sustentaram o esquema de desvio do dinheiro público
Imagem da internet
Quem é o inimigo?
MARCELO
AGNER
CORREIO
BRAZILIENSE - 04/01
O tom eleitoral do discurso
de posse da presidente Dilma em seu segundo mandato reciclou promessas da
campanha e repetiu a necessidade de o país priorizar a educação - um lugar
comum entre os políticos e que raramente termina em ações efetivas -, desta vez
com um slogan confuso: "Brasil, pátria educadora". Mas o ponto alto
do palanque do 1º de janeiro foi a defesa enérgica do combate à corrupção na
Petrobras.
Dilma prometeu proteger a
estatal dos "inimigos externos e dos predadores internos". Mas a
presidente deliberadamente não disse quem são essas pessoas. A frase de efeito,
típica dos marqueteiros eleitorais, tenta induzir os brasileiros a acreditarem
que a crise na estatal é uma ação organizada para destruir um patrimônio do
país. E, ao deixar dúvidas sobre a identidade dos malfeitores, busca afastar do
governo qualquer tipo de responsabilidade.
A Petrobras sangra hoje por
obra de conhecidos ladrões do dinheiro público, nomeados e mantidos nos cargos
pela direção da própria empresa, com o suporte político de vários partidos,
entre eles o PT. Muitas irregularidades foram cometidas em outros governos, não
há dúvida. Mas há a certeza de que a apoteose da corrupção ocorreu nas últimas
administrações da empresa.
Ao ser imprecisa na
definição dos "inimigos e dos predadores", Dilma dá um passo atrás no
combate aos malfeitos. Para salvar a Petrobras, a presidente não precisa de
frases de efeito. Ela tem que agir. Muitos corruptos e corruptores estão presos
ou já foram denunciados e processados.
Falta agora nomear os políticos que
sustentaram o esquema de desvio do dinheiro público, seja recebendo as
propinas, seja mantendo os ladrões em cargos estratégicos na Petrobras. E a
maioria deles ainda vive à sombra do Planalto. Dilma sabe disso.
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