sábado, 28 de dezembro de 2013

BOLA PRETA: Desrespeito dos flanelinhas em todo o Brasil

Guardadores de carro cobrem placa de proibido estacionar com saco preto para enganar motoristas no Centro do Rio 

A placa de proibido estacionar está ali, comunicando os motoristas sobre o risco de multa. Um saco preto colocado por guardadores de carro irregulares, contudo, esconde o aviso. Pior: os que caem na “pegadinha” ainda pagam até R$ 15 (ou mais) para deixar o veículo em um local não permitido pelas leis de trânsito. O flagrante, enviado pelo WhatsApp do EXTRA (21 99644-1263), é da Rua General Molina, no Centro do Rio, próximo à esquina com a Avenida Presidente Wilson - uma das mais movimentadas da região. Fonte: G1
Isso não é só no Rio. Em todo o Brasil os flanelinhas - a maioria com larga ficha policial - constrangem e até extorquem os motoristas, sob o olhar complacente dos políticos que exercem cargos de autoridades que deveriam coibir. A população não aguenta mais a intimidação e a extorsão.


sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

BOLA PRETA: Aumento do salário mínimo faz grupo de brasileiros pagar imposto



Tributarista faz cálculo para mostrar o que vai acontecer com um trabalhador que ganha hoje R$ 1.710, é isento do Imposto de Renda e vai ter o salário corrigido pela inflação.

Matéria do jornal Nacional de ontem.


No ano que vem, quando o salário mínimo subir, a partir do dia primeiro de janeiro, um grupo maior de brasileiros vai entrar para o time dos que pagam imposto de renda. Entenda o por que.

Nesta época do ano, quando a gente acaba gastando mais, que falta faz um salário maior.

Todo ano, normalmente, o salário da gente sobe. Às vezes, só um pouquinho. Às vezes, mais. Até que a gente chega em um novo patamar. Que bom, não é? Só que, para o governo, isso significa que a gente tem que pagar mais imposto.
Acontece que não é só o salário. Tudo sobe. Roupas, alimentos, passagem de ônibus, aluguel. No fim das contas, não foi a gente que subiu muito. O andar é que está muito baixo.

O que o governo considera o primeiro andar do Imposto de Renda começa em R$ 1.710,78, com alíquota de 7,5%. Quem ganha menos que isso não paga imposto. Quem ganha igual ou mais paga. A Receita já desconta no salário do trabalhador. Ano que vem, esses andares vão ficar mais altos. O piso sobe para R$ 1.787,78. Quem tiver salário menor que isso será isento. Os andares de cima, onde o imposto varia de 15% a 27,5%, também serão atualizados.

A correção das faixas do imposto de renda é de 4,5%, ou seja, não atualiza sequer a inflação deste ano - que, segundo o Boletim Focus do Banco Central, deve chegar a 5,7%.

O tributarista Miguel Silva faz um cálculo para mostrar o que vai acontecer com um trabalhador que ganha hoje R$ 1.710, é isento e vai ter o salário corrigido pela inflação.

“Ele vai ganhar a partir de 2014, R$ 1.809. Ele não era contribuinte em 2013, passa a ser contribuinte a partir de 2014, vai pagar imposto”, aponta Miguel Silva, advogado tributarista.

Segundo levantamento do Dieese, o Departamento Inter-Sindical de Estudos Socio-Econômicos, desde 1996 as faixas do Imposto de Renda não acompanham de perto a inflação.

Se acompanhassem, só pagaria o tributo o brasileiro que tem salário a partir de R$ 2.758 reais. Mas, no ano que vem, quem ganhar R$ 1.787 já vai pagar.

“O primeiro efeito é que menos gente pagaria Imposto de Renda. E o segundo efeito é que aqueles que vão pagar pagariam menos. Teria mais dinheiro para consumir, para gastar, teria mais dinheiro para poupar fazer aplicação, enfim, seria um ganho para os trabalhadores, todos ganhariam, né?”, explica José Silvestre Oliveira, coordenador Relações Sindicais do Dieese.

Nós pedimos entrevistas para a reportagem ao Ministério da Fazenda e à Receita Federal. Os dois órgãos informaram que não vão se pronunciar sobre a correção da tabela do imposto de renda.






quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

BOLA PRETA: PT-SC terá que pagar R$ 6 milhões a produtora de campanha de Ideli Salvatti

PT de Santa Catarina é condenado pela Justiça a pagar dívida da campanha de Ideli Salvatti ao governo estadual em 2010. Candidatura da ministra de Relações Institucionais que era dada como certa está ameaçada no ano que vem.

Publicação: 26/12/2013- Correio Braziliense

Empresa que entrou na Justiça contra o Partido dos Trabalhadores produziu a propaganda eleitoral gratuita de Ideli  (José Cruz/ABr - 10/9/13)
Empresa que entrou na Justiça contra o Partido dos Trabalhadores produziu a propaganda eleitoral gratuita de Ideli
Com a imagem desgastada por ter utilizado o helicóptero da Polícia Rodoviária Federal (PRF) conveniado com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em Santa Catarina para visitar as bases eleitorais, a ministra de Relações Institucionais da Presidência da República, Ideli Salvatti, enfrenta outra turbulência. O motivo é um calote milionário aplicado na Tvídeo, produtora responsável pela campanha eleitoral derrotada de Ideli ao governo estadual, em 2010. Até hoje, a dívida não foi paga. Diante dos episódios, interlocutores petistas de Santa Catarina afirmaram que uma eventual candidatura da ministra em 2014 está ameaçada. A Justiça de Santa Catarina condenou o Partido dos Trabalhadores a pagar R$ 6,3 milhões à empresa. O valor total original dos dois contratos assinados por Claudinei Nascimento, atual número 2 da Secretaria de Relações Institucionais, firmados entre o PT e a Tvídeo, é de R$ 5,2 milhões.

O PT declarou à Justiça Eleitoral que pagou apenas R$ 2,74 milhões durante a campanha. A empresa confirma o pagamento desta quantia e alega que a dívida em valores atualizados já chega a R$ 8,48 milhões. Ideli Salvatti está numa sinuca de bico porque, se afirmar que pagou todos os serviços conforme os dois contratos previam, acaba assumindo a prática de caixa dois. Em sua decisão, a juíza Rosane Portela Wolff alega que “não há dúvidas acerca do direito da autora (Tvídeo) em ser restituída dos valores não pagos pelos requeridos”.

No processo movido, além do PT como pessoa jurídica, consta o nome do presidente do partido na época em que os contratos foram firmados, José Fritz. Uma decisão judicial, no entanto, retirou o nome do ex-dirigente do processo. Ao Correio, o atual presidente da legenda em Santa Catarina, Carlos Vignatti, que derrotou o grupo de Ideli nas eleições internas da sigla, afirmou que não tinha conhecimento do calote. “Inclusive, isso não estava na prestação de contas que recebi. Eu não posso me manifestar sobre o assunto simplesmente porque não tenho nenhuma informação. Eu nem sequer sabia desse processo”, defendeu-se.

Questionado se a sigla reconhecia o calote, ele afirmou que vai procurar saber o que realmente aconteceu durante a campanha de Ideli Salvatti. Vignatti afirmou que a ministra já retirou o nome da disputa eleitoral para o governo do estado neste ano. “Em relação ao Senado, eu não sei. Ainda vamos fazer esse debate”, explicou. A relação da ministra com o diretório regional do Partido dos Trabalhadores (PT) piorou desde as denúncias de uso indevido do helicóptero do Samu. As chances de se candidatar a uma vaga de senadora e até mesmo de deputada federal são pequenas. Na reforma ministerial, que será iniciada em janeiro, Ideli deve perder força. Nos bastidores do Planalto, circula a informação de que ela pode ser agraciada com um ministério menor ou com uma secretaria vinculada à Presidência da República.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

BOLA BRANCA: Impunidade jamais.

                     Mensalão: José Dirceu questiona STF

José Dirceu, como todo culpado, já antecipava a sua condenação no cartão de natal que enviou em 2012. Hoje, afronta a Justiça e a Imprensa por ter sido condenado como chefe da quadrilha do Mensalão. Ao contrário do que afirmava e continua afirmando, o julgamento, feito ao vivo e a cores, jamais será apagado da história. Para desespero dos petistas corruptos que latem contra o STF, o julgamento do Mensalão virou um novo paradigma no Brasil: José Dirceu, José Genoíno, Delúbio Soares, que pela morosidade dos tribunais e espertezas dos advogados esperavam sair livres, agora vão passar o seu primeiro Natal presos. Impunidade jamais!  

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

BOLA PRETA: Para economistas, inflação segue em alta e PIB é reduzido para 2014

BC divulgou nova edição do boletim com a opinião dos economistas
                                       BC divulgou nova edição do boletim com a opinião                             dos economistas


Economistas de instituições financeiras elevaram levemente a perspectiva para ainflação neste ano e em 2014, mantendo ao mesmo tempo a projeção para a Selic em 2014 em 10,5%, mostrou a pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira. Os economistas pioraram a projeção para o IPCA neste ano e em 2014 em 0,02 ponto percentual, a 5,72% e 5,97%, respectivamente. As contas para os preços administrados também mudaram. Para este ano, segundo o Focus, elas indicam alta de 1,35%, ante 1,50%, mas para 2014 cresceram e chegaram a 4%, acima dos 3,85% esperados antes.
A perspectiva para a inflação nos próximos 12 meses, por sua vez, foi elevada a 6,05%%, ante 6,03%. Neste final de ano, a inflação tem surpreendido ao não mostrar sinais de arrefecimento, o que pode pressionar ainda mais a atual política monetária. Em dezembro, por exemplo, o IPCA-15, prévia da inflação oficial do país, surpreendeu ao acelerar a alta mensal a 0,75%, fechando o ano em 5,85%. O Focus mostrou ainda manutenção do cenário para a taxa básica de juros. Para os economistas consultados pelo BC, a Selic ficará em 10,50% no fim do ano que vem, mesma taxa há quatro semanas.
Para a reunião de janeiro do Comitê de Política Monetária (Copom), ficou inalterada a projeção de aumento de 0,25 ponto percentual na Selic. Entretanto, no Top-5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções nesse período, a expectativa continua sendo de maior aperto em 2014. A mediana das estimativas aponta perspectiva de que o juro básico encerrará 2014 a 11%, também a mesma da pesquisa anterior.
Atividade econômica
Ainda no relatório do BC, os analistas de mercado reduziram, pela terceira semana seguida, suas projeções para o crescimento da atividade em 2014: agora, veem o Produto Interno Bruto (PIB) com expansão de 2%, ligeiramente abaixo dos 2,01% do levantamento anterior. Para 2013, as contas foram mantidas com expansão de 2,30%.
O Focus mostrou ainda que os especialistas estão vendo cada vez menos recuperação da produção industrial neste e no próximo ano. A atividade, calculam, deve crescer 1,60% em 2013, um pouco abaixo do 1,61% anterior, mas marcado a quarta semana seguida de queda nas projeções. Para 2014, a redução foi mais intensa, com as estimativas de expansão passando a 2,23%, ante 2,31%.
Na sexta-feira, o Banco Central reduziu em seu Relatório de Inflação a estimativa de crescimento do PIB brasileiro deste ano a 2,3%, ante 2,5% previstos até então e indicando que a atividade não vai acelerar em 2014, ao mesmo tempo em que praticamente não mudou sua perspectiva para a inflação em 2013 e 2014, mantendo-a próxima de 6%.
Por Redação, com ACS/Bacen - de Brasília

BOLA PRETA: Para o valor do Salário Minimo que passa a vigorar em Janeiro.

A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta segunda-feira (23), pelo microblog Twitter, que assinou o decreto que reajusta o salário mínimo para R$ 724.  Tinha, que junto, pedir desculpas pelo baixo valor.

 


Mensagem da presidente Dilma Rousseff no Twitter sobre o salário mínimo  (Foto: Reprodução)
   





BOLA PRETA: Para jovem, risco de dependência do álcool é maior; proteja seu filho.

  • O sistema nervoso central segue aprimorando seus recursos até, pelo menos, 21 anos, mais um motivo para deixar os adolescentes longe do álcool
    O sistema nervoso central segue aprimorando seus recursos até, pelo menos, 21 anos, mais um motivo para deixar os adolescentes longe do álcool
Rita Trevisan e Thaís Macena
Do UOL, em São Paulo
Uma pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2012, envolvendo mais de 100 mil adolescentes, em 2.842 escolas de todo o país, mostrou que o consumo de bebidas é comum e tolerado pelos jovens. Entre os entrevistados, com idades de 13 a 15 anos, 50,3% afirmaram ter provado, pelo menos, um drinque alcoólico. Além disso, um em cada quatro jovens assumiu ter bebido nos últimos 30 dias anteriores à realização do levantamento. A maioria teve acesso ao álcool em festas (39,7%), mas muitos informaram que conseguiram comprar bebidas em lojas, bares ou supermercados (15,6%).
Sem ter muita ideia dos efeitos nocivos que a bebida pode ter sobre seu desenvolvimento, os jovens afirmam beber para se soltarem mais ou para se divertirem. O ponto é que inúmeras pesquisas já provaram que os danos do álcool sobre o organismo são muito maiores quanto mais precoce é o seu uso.
Um levantamento feito por um órgão governamental americano, o Substance Abuse and Mental Health Services Administration, publicado em 2008, mostrou que indivíduos que começam a beber antes dos 15 anos têm sete vezes mais chance de desenvolver problemas relacionados ao uso de álcool do que aqueles que o fazem após os 21. 
As complicações relacionadas ao uso começam pelos efeitos físicos, pois o álcool agride o sistema nervoso de diversas formas. "Há um efeito tóxico direto tanto para o cérebro quanto para os nervos periféricos. O uso frequente reduz a quantidade de neurônios e suas conexões, chamadas de sinapses. Isso evidentemente leva a um comprometimento da performance intelectual e motora", declara o neurologista Leandro Teles, graduado pela Faculdade de Medicina da USP.
Esses malefícios aparecem com mais intensidade nos jovens, já que eles ainda estão em processo de amadurecimento do sistema neurológico.

BOLA PRETA: Renan pergunta à FAB se foi irregular usar jato em viagem para implante.

Renan Calheiros foi com jato da FAB para Recife, onde fez implante capilar.
Presidente do Senado afirmou que devolverá dinheiro se for necessário.


Nathalia PassarinhoDo G1, em Brasília
O presidente do Senado, Renan Calheiros, enviou na manhã desta segunda-feira (23) um ofício ao comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), Juniti Saito, perguntando se cometeu alguma “impropriedade” no uso de jato da FAB para uma viagem de Brasília a Recife (PE), onde realizou uma cirurgia de implante capilar.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) (Foto: Antonio Cruz/ABr)O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-
AL) (Foto: Antonio Cruz/ABr)
A ida a Pernambuco ocorreu na última quarta (18) e não constava da agenda oficial de Renan. No registro de voos da FAB, a viagem é justificada por motivo de “serviço”. A assessoria da presidência do Senado informou que, se Juniti Saito disser que o uso do jato não respeitou as regras, Renan Calheiros devolverá os valores gastos, conforme cálculo que será feito pela própria FAB.
Em Recife, o senador passou por procedimento cirúrgico de implante capilar durante aproximadamente 7 horas na última quinta (19) no Hospital Memorial São José, área central da cidade. De acordo com o médico que realizou a cirurgia, foram implantados mais de dez mil fios de cabelos. Renan passava bem após o procedimento.
Segundo decreto presidencial 4244, de 2002, autoridades como ministros de Estado e o presidente do Senado, podem viajar em aviões da FAB nas seguintes circunstâncias: por motivo de segurança e emergência médica; em viagens à serviço; e em deslocamentos para o local de residência permanente. A residência permanente de Renan fica em Maceió, capital alagoana.
Em junho deste ano, Renan fez viagem em avião da FAB entre Maceió e Trancoso para acompanhar o casamento da filha do líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM). Apesar de inicialmente ter dito que não devolveria o valor referente ao voo, Renan recuou e anunciou a devolução aos cofres públicos R$ 32 mil.
Antes da devolução, Renan chegou a afirmar que usou o avião porque, como presidente do Senado, exerce um cargo de representação. "Deixa eu explicar. O avião da FAB usado por mim é um avião de representação. E eu o utilizei como tenho utilizado sempre, na representação como presidente do Senado", declarou na ocasião.
.

BOLA PRETA: José Dirceu abriu filial de consultoria no endereço de dona de hotel no Panamá.

A JD (Consultoria de José Dirceu) registrou empresa no local da Truston, dona do St. Peter, que ofereceu ao ex-ministro emprego de R$ 20 mil; processo foi feito no escritório que oferece ‘laranjas’ para firmas estrangeiras.

 Andreza Matais e Fábio Fabrini - Estadão

BRASÍLIA - José Dirceu abriu no Panamá uma filial de sua empresa de consultoria. Ela fica no mesmo endereço da Truston International, dona do hotel que ofereceu a ele emprego de R$ 20 mil no mês passado. A JD Assessoria e Consultoria registrou a filial em 2008, três anos depois de Dirceu ser apeado do governo em meio ao escândalo do mensalão, no escritório da Morgan & Morgan, que disponibiliza testas de ferro para milhares de firmas estrangeiras, como a Truston, no conhecido paraíso fiscal da América Central.
                                                             Fachada do St. Peter, que ofereceu emprego de R$ 20 mil a Dirceu - Ed Ferreira/Estadão
Fachada do St. Peter que ofereceu R$ 20.000,00 ao José Dirceu
Na ocasião, Dirceu informou a um cartório brasileiro a constituição da filial, com endereço no 16.º andar da Torre MMG, na Cidade do Panamá, onde funciona a Morgan & Morgan. Conforme os registros, ao abrir a filial no Panamá, o ex-ministro fez um aporte em dinheiro vivo e aumentou o capital da JD de R$ 5 mil para R$ 100 mil. Metade desse capital foi destacado para a filial panamenha, cujo objetivo seria "o mesmo desenvolvido pela matriz", criada em 1998, em São Paulo.
A Truston - dona do hotel St. Peter - foi aberta no Panamá apenas três meses depois dessa operação conduzida pelo ex-minsitro, também declarando o endereço da Morgan & Morgan e tendo um "laranja" como seu presidente. José Eugenio Silva Ritter, auxiliar administrativo do Morgan & Morgan, e outros dois representantes do escritório panamenho constam como donos de nada menos que 30 mil empresas no paraíso fiscal.
No Brasil, o St. Peter é administrado pelo empresário e ex-deputado Paulo Masci de Abreu, amigo de Dirceu. Ele é irmão do ex-deputado José Masci de Abreu, presidente nacional do PTN, partido aliado do governo petista. Os irmãos Masci detêm várias concessões de rádio e TV concedidas pela União.
A revelação de que o dono da Truston era na verdade um "laranja", feita pela TV Globo, levou o ex-ministro da Casa Civil, preso em Brasília por comandar o mensalão durante o primeiro mandato do governo Luiz Inácio Lula da Silva, a desistir de trabalhar no hotel.
Trâmites. A sucursal da empresa de Dirceu no Panamá existiu para os órgãos públicos brasileiros por ao menos um ano. Em abril de 2009, numa alteração contratual, o ex-ministro decidiu "tornar sem efeito" a abertura da filial no Panamá. Segundo um delegado da Polícia Federal, um servidor do alto escalão da Receita Federal e um advogado especialista em direito empresarial ouvidos pelo Estado, o registro, no entanto, só tem valor no Brasil e não impede que a JD prossiga com eventuais negócios no paraíso fiscal.
A mudança contratual, na opinião desses especialistas, serviria para "apagar" o rastro da existência da filial da empresa de Dirceu em bancos de dados públicos no Brasil, como cartórios e juntas comerciais, sem a que produzisse efeito no Panamá.
A Morgan & Morgan, alegando sigilo, não informou a atual situação da JD no paraíso fiscal. Segundo a legislação local, empresas podem ser registradas em nomes de "laranjas" e estampar nomes fantasia que não guardam relação com a empresa original.
O contrato social da empresa de Dirceu lista diversas atividades, entre elas facilitar negócios de particulares com o poder público não só no Brasil.
Cabe à consultoria, por exemplo, trabalhar por "parcerias empresariais com os países do Mercosul" e viabilizar o "relacionamento institucional de particulares com os mais variados setores da administração pública".
Com a condenação e a prisão de Dirceu, em novembro, o imóvel da JD em São Paulo foi posto à venda. A empresa passará a funcionar com estrutura menor, sob o comando de Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irmão do petista.
Para lembrar
R$ 20 mil de salário no hotel

Dez dias depois de ser preso, o ex-ministro José Dirceu recebeu uma oferta de trabalho do hotel Saint Peter, em Brasília, para ser gerente administrativo com salário de R$ 20 mil, enquanto a gerente-geral do hotel recebia na carteira R$ 1.800. O hotel tem como sócio majoritário a Truston International, empresa aberta no Panamá pelo escritório Morgan & Morgan em nome de um laranja, e o empresário Paulo Abreu, sócio de emissoras de rádio e TV.
Após o Jornal Nacional revelar o elo da Morgan & Morgan com o hotel, os advogados de Dirceu anunciaram que ele desistiu do emprego. Na quinta-feira passada, Dirceu obteve nova proposta de emprego, desta vez no escritório de advocacia do ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Gerardo Grossi. Vai receber, caso a Justiça o autorize a trabalhar, salário de R$ 2,1 mil para organizar a biblioteca do escritório.
José Dirceu cumpre inicialmente sua pena no regime semiaberto no presídio da Papuda, em Brasília. O ex-ministro da Casa Civil foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal acusado de ser o chefe do esquema do mensalão.
"A pergunta que não quer calar: José Dirceu seria dono do St. Peter?"

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

BOLA PRETA: Jango voltou a ser presidente. Então tá. Desta vez, não vai poder fomentar um golpe…


João Goulart

Copio o texto do Reinaldo Azevedo publicado na Veja online ontem.
  
Continuemos a cuidar de assuntos que não têm importância. O Congresso devolveu, nesta quarta, simbolicamente, o mandato a João Goulart. A presidente Dilma estava presente. Também assistiram à cerimônia os chefes das Forças Armadas. Deixem-me ver: falta agora rever o golpe do Estado Novo e o que decretou a Proclamação da República, que também foi uma quartelada.

O senador Renan Calheiros (PMDB-AL), como presidente do Congresso, pediu desculpas pelas “inverdades patrocinadas pelo estado brasileiro”. Jango foi chamado de um patriota. Como se sabe, os restos mortais do ex-presidente foram exumados para que se apure uma delirante hipótese de assassinato. O João Goulart que mergulhou o país no caos político desapareceu. Sobrou um suposto estadista, que teria sido derrotado pelas forças do mal. Aí, meus caros, eu tenho de remetê-los para um autor que vocês conhecem bem: Marco Antonio Villa, que escreveu o livro “Jango, um Perfil”. Precisa ser lido.
Villa não justifica o golpe — isso é tolice. Mas evidencia como, nos meses finais, não passou dia sem que o presidente desse a sua inestimável colaboração à quartelada. Seu último discurso foi redigido por Luiz Carlos Prestes, o líder comunista. Reproduzo abaixo trecho de uma entrevista de Villa concedida à Folha em 2004. Volto em seguida:

Folha – Em sua opinião, o Comício da Central precipitou o golpe?

Marco Antonio Villa - Criou-se uma mitologia sobre o comício, como se ele tivesse sido o elemento que levasse à queda de Jango. Não é verdade. Foi organizado como meio de o governo pressionar o Congresso a aprovar uma série de reformas, as quais o próprio governo ainda não havia enviado. Tanto que no dia seguinte, um sábado, não aconteceu absolutamente nada. Jango assina o decreto do congelamento de aluguéis e vai para Brasília, onde, no domingo, Darcy Ribeiro, então chefe da Casa Civil, leva a mensagem presidencial ao Congresso, que iniciava o ano legislativo. Ainda houve uma recepção no Palácio do Planalto naquela noite, em que Jango se encontra com Ranieri Mazzilli, presidente da Câmara e na prática o vice-presidente, e Auro Moura Andrade, do Senado. O governo considerava a situação tão tranqüila que o ministro da Guerra, general Jair Dantas Ribeiro, anuncia viagem de duas semanas para os EUA. Há outra lenda, de que o Congresso era contra as reformas, mas os deputados e os senadores só souberam do desejo e do teor das reformas por meio daquela mensagem presidencial lida no dia 15, portanto dois dias depois.

Folha – Mas o discurso de Jango não foi considerado incendiário?

Villa - Não, em termos políticos é absolutamente idêntico a uma série de discursos que ele vinha fazendo no mês de março, em visitas a universidades e guarnições militares. O radical naquela noite foi Leonel Brizola. Ali sim você tem alguém que quer fechar o Congresso Nacional.

Folha – E a presença ostensiva do Exército no ato?

Villa - Primeiro, servia para mostrar o suposto apoio militar a Jango, reforçado pelo comparecimento dos três ministros militares no palanque. Segundo, naquela época não se dissociava muito o prestígio político das armas, político forte era o que tivesse votos mas também o apoio militar.

Folha – E a ameaça do golpe, já estava no ar?

Villa - Vários grupos lutam pela hegemonia política naquele período. De um lado a direita, contra qualquer tipo de reforma. Do outro lado, os brizolistas e os comunistas, aliados a Jango, mas todos com projeto próprio. Se você consultar o jornal “Panfleto” do começo de 1964, verá que o próprio Brizola dizia considerar Jango um indeciso. O Partidão era um aliado do presidente, mas havia também pequenos agrupamentos de extrema-esquerda, como o PC do B, criado dois anos antes, e a Polop. O que une ambos os lados é que todos querem chegar ao poder por golpe, seja os militares, seja Brizola e mesmo Jango, no caso para continuar no poder. Tanto é assim que o golpe veio.
(…)

Volto
Esse esforço para, literal e metaforicamente, desenterrar cadáveres só serve aos vivaldinos de hoje. O processo de heroicização de João Goulart busca transformar a história numa luta entre bons e maus — cada grupo, é evidente, com o seu devido viés ideológico. Assim, as esquerdas que estão no poder seriam as herdeiras daquele grande patriota, que só queria o bem do Brasil. Os adversários dos poderosos de agora, por óbvio, se alinhariam com aqueles que derrubaram Jango. Trata-se, obviamente, de uma farsa cretina.

Por Reinaldo Azevedo-19/12/2013


BOLA BRANCA: Mais uma derrota do PT. STF nega recurso de Haddad para aumentar o IPTU em São Paulo


Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) não atendeu ao pleito do prefeito Fernando Haddad para liberar o reajuste do imposto em São Paulo

Laryssa Borges, de Brasília -Veja

                            O prefeito de São Paulo Fernando Haddad durante sabatina
DERROTA – Supremo não acatou pedido do prefeito Fernando Haddad para liberar o aumento do imposto em São Paulo(Juliana Knobel/Frame/Folhapress)
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, negou nesta sexta-feira o pedido da prefeitura de São Paulo para suspender a liminar que barrou o reajuste do imposto predial e territorial  urbano (IPTU) na cidade em 2014. Com isso, os boletos do imposto do ano que vem serão emitidos apenas com a correção inflacionária – cerca de 5,8%.

Pelo texto aprovado pela Câmara Municipal paulistana, o aumento do tributo para o próximo ano foi de 20% para imóveis residenciais e 35% para imóveis comerciais. O reajuste ocorreu a partir da revisão da Planta Genérica de Valores (PGV), base do IPTU, foi sancionado pelo prefeito Fernando Haddad (PT), mas acabou vetado pelo Tribunal de Justiça

Na decisão, Barbosa considerou que o mérito da ação movida pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e PSDB ainda será julgado pelo Tribunal de Justiça paulista. A prefeitura já havia sido derrotada no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

“A questão está sendo examinada pelo TJ-SP sem o prognóstico de que haverá demora excessiva na apreciação do mérito. Portanto, faz sentido reforçar a confiança na capacidade e no comprometimento do Tribunal de Justiça para dar célere desate ao processo”, disse Barbosa.

Em nota, a prefeitura paulistana afirmou que “lamenta a manutenção da liminar” e confirmou que os boletos do ano que vem serão impressos apenas com a correção da inflação. Ontem, Haddad havia afirmado que os gastos com saúde e educação “levam 50% do IPTU” e, sem o reajuste, as finanças municipais ficariam comprometidas.

Barbosa, no entanto, afirmou em sua decisão que “o risco hipotético ou potencial de grave lesão aos interesses públicos não é suficiente para deferimento do pedido de suspensão”.

“Para que se possa afirmar que os recursos provenientes do aumento do tributo seriam absolutamente imprescindíveis, seria necessário analisar toda a matriz de receitas e despesas do ente federado, bem como os recursos disponíveis em caixa", disse o presidente STF. Seria necessário também "o registro documental de que inexistem despesas documentais”, completou.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

BOLA PRETA: Para as torcidas organizadas.



Os Clubes estão, tristemente, afastando os homens de bem com suas famílias dos estádios de futebol, ao valorizarem e patrocinarem torcidas organizadas, que ao longo do tempo, mostram-se cada vez mais violentas, dentro e fora dos estádios.

Cabe a Justiça Desportiva, em primeiro lugar, e depois a Justiça Comum a obrigação de punir e até rebaixar os clubes que apoiam financeiramente esse bando de marginais. Temos que punir principalmente os presidentes dos clubes, que pagam ingresso, transporte, almoço e jantar para os torcedores. A imprensa vem publicando e todo mundo sabe, e os presidentes sabem muito bem, que esses marginais estão indo para coisa pior que brigar, estão indo para até matar. 

O presidente da federação que deixou acontecer um jogo explosivo em estádio onde não há separação de torcidas, tem que ser punido. A CBF -Confederação Brasileira de Futebol- não organiza os campeonatos e não exige segurança. A CBF é o gigolô do futebol, passa na boca do caixa só para receber dinheiro. Quem manda na tabela é a novela e quanto mais tarde o jogo, menos ônibus para o torcedor voltar para casa, mais bêbados nas ruas, maior o potencial de confronto. A CBF também tem que ser responsabilizada.


quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Gripen NG é o novo caça brasileiro. Vamos começar a rezar.

Avião sueco desbancou propostas dos Estados Unidos e da
França e foi escolhido pela presidente Dilma. Disputa se
arrastava desde 1998.

                                                           Claudio Dantas Sequeira- Isto é.

Gripen_3.jpg
Contrariando as especulações em torno das propostas americana e francesa, a presidente Dilma Rousseff escolheu o caça sueco Gripen NG, da Saab, como opção final do programa FX-2. Fontes militares e diplomáticas confirmaram à ISTOÉ com exclusividade o resultado oficial, que será divulgado às 17h em coletiva de imprensa pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, e o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito.


A opção pelo jato sueco era a última entre os três finalistas, uma vez que o avião está em desenvolvimento e ainda não foi provado em combate. O Rafale, da francesa Dassault, preferido do ex-presidente Lula, acabou rejeitado por Dilma por conta do alto preço de contrato e custo de manutenção. Já o F-18, da Boeing, preferido da FAB, tornou-se uma opção política inviável depois do escândalo de espionagem da agência NSA americana.

O anúncio põe fim a um processo que começou em 1998, ainda no governo Fernando Henrique, e foi sucessivamente adiado. Passou por reformulação durante a gestão de Lula, seguindo as diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa, e acabou nas mãos de Dilma. O contrato da Saab prevê transferência de tecnologia e nacionalização progressiva. Inicialmente serão adquiridos 12 caças, num total de 36, ao custo de aproximadamente US$ 4 bilhões.

Gripen-NG.jpg
A opção pelo Gripen NG considerou uma detalhada avaliação técnica da Copac, a Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate da FAB. Um dos aspectos que mais pontuaram na concorrência foi a promessa de que a aeronave seja totalmente fabricada no Brasil. O baixo custo e a praticidade também pesaram na escolha. O computador de bordo do Gripen é muito mais simples que o dos demais, o que facilita a integração de diferentes tipos de armas. O míssil ar-ar A-darter, produzido pela Mectron, é um desses equipamentos.

A África do Sul, inclusive, já opera o A-darter no Gripen JAS-39 e tem obtido sucesso nos testes. Na balança do poder geopolítico, o caça sueco se diferencia pela baixa dependência tecnológica das grandes potências. O único ponto negativo é justamente o fato de o Gripen NG ser um protótipo, o que deve adiar a pretensão brasileira de operar um caça de quarta geração no curto prazo. No dia 31 deste mês, os Mirage-2000 serão aposentados definitivamente. Enquanto isso, a defesa do espaço aéreo brasileiro será feita pelos F-5 modernizados. Uma solução paliativa, mas a única possível após tantos adiamentos.

BOLA BRANCA: Bolsa Família não resolve, diz grupo ligado à Igreja Católica.


O presidente da Cáritas Brasileira, dom Flávio Giovenale, que está lançando uma campanha de combate à fome, disse à Folha que os programas de transferência de renda do governo federal não atacam as causas da pobreza e que o Bolsa Família "é quase uma pré-aposentadoria".

"Quem entra no Bolsa Família sonha em continuar. Não é que sonhe dizer: ah, tenho dignidade de sustentar a família, de crescer, de melhorar", disse o bispo.

Na campanha, lançada na semana passada, a Cáritas Brasileira estimula discussões e propostas para uma saída do Bolsa Família.

Ligada à Igreja Católica, a entidade é uma confederação de instituições de caridade com 164 organizações pelo mundo. Todas estão na campanha, mobilizando paróquias e comunidades.

Folha - AGUIRRE TALENTO
DE BRASÍLIA


terça-feira, 17 de dezembro de 2013

BOLA PRETA:Por asilo, Snowden promete ajudar Brasil. Quer asilo igual ao assassino Battisti.

Em carta obtida pela Folha, delator da espionagem dos EUA diz querer auxiliar a apuração de vigilância no país.

No documento, ele não se dirige diretamente a Dilma sobre asilo, para evitar mal-estar com a Rússia, onde está hoje.

FÁBIO ZANINIEDITOR DE "MUNDO"

O delator do esquema de espionagem do governo americano, Edward Snowden, promete colaborar com a investigação sobre as ações da NSA (Agência de Segurança Nacional) no Brasil. Para que possa fazer isso, em troca, quer asilo político do governo Dilma Rousseff.

A promessa de ajuda está em uma "carta aberta ao povo do Brasil", obtida pela Folha, que será enviada a autoridades e fará parte de uma campanha on-line, hospedada no site da ONG Avaaz, especializada em petições.

A ideia é sensibilizar Dilma a conceder abrigo a Snowden, ex-agente de inteligência do governo americano.

"Muitos senadores brasileiros pediram minha ajuda com suas investigações sobre suspeita de crimes contra cidadãos brasileiros. Expressei minha disposição de auxiliar, quando isso for apropriado e legal, mas infelizmente o governo dos EUA vem trabalhando muito arduamente para limitar minha capacidade de fazê-lo", declara na carta, originalmente em inglês.

Snowden se refere à CPI aberta no Senado para investigar as atividades da NSA no Brasil, que incluíram monitoramento de comunicações de Dilma e da Petrobras.

Segundo ele, não é possível colaborar diante da precária situação jurídica em que se encontra agora, com apenas asilo temporário, concedido pela Rússia até o meio de 2014.

"Até que um país conceda asilo permanente, o governo dos EUA vai continuar a interferir em minha capacidade de falar", afirma Snowden, na carta.

O ex-prestador de serviços para a NSA, que está na Rússia desde junho, reclama de lá ter seus movimentos muito limitados, sem condições de fazer um verdadeiro debate sobre o escândalo, de acordo com Glenn Greenwald, o jornalista para quem ele vazou os dados.

No Brasil, com status de asilado permanente, teria mais liberdade para isso.

Snowden toma cuidado, na carta, de não se dirigir diretamente a Dilma. A razão é não melindrar o governo russo, que o hospeda. Mas, ainda de acordo com Greenwald, ele quer vir para o Brasil.

Em junho, Snowden revelou ao jornalista, à época trabalhando para o diário inglês "Guardian", documentos que mostram a capacidade do governo americano de espionar cidadãos e empresas em vários países.

"Hoje, se você carrega um celular em São Paulo, a NSA pode rastrear onde você se encontra, e o faz. [...] Quando uma pessoa em Florianópolis visita um site na internet, a NSA mantém um registro de quando isso aconteceu e do que você fez naquele site. Se uma mãe em Porto Alegre telefona a seu filho para lhe desejar sorte no vestibular, a NSA pode guardar o registro da ligação por cinco anos ou mais tempo", afirma, na carta.
Segundo Snowden, a vigilância sem critério "ameaça tornar-se o maior desafio aos direitos humanos de nossos tempos".

"A NSA e outras agências de espionagem aliadas nos dizem que, pelo bem da nossa própria segurança' --em nome da segurança' de Dilma, em nome da segurança' da Petrobras--, revogaram nosso direito à privacidade e invadiram nossas vidas. E o fizeram sem pedir a permissão da população de qualquer país, nem mesmo do deles", afirma, em outro trecho.

APÁTRIDA

Greenwald, que vive no Rio, e seu namorado, o brasileiro David Miranda, pretendem liderar uma campanha para que Dilma lhe conceda o asilo.
Após chegar à Rússia, Snowden enviou pedido a vários países, Brasil inclusive. Mas não obteve resposta.

Quem respondeu favoravelmente foram Bolívia, Venezuela e Nicarágua, mas Snowden prefere o Brasil.

"O Brasil é o lugar ideal por ser um país forte politicamente, onde as revelações tiveram um impacto real", afirma Miranda. O argumento jurídico para convencer as autoridades brasileiras é o de que os direitos humanos de Snowden estão ameaçados.

"Se o governo brasileiro agradece a ele pelas revelações, é lógico protegê-lo", declara Greenwald.

O Brasil, lembra Snowden na carta, foi coautor, ao lado da Alemanha, do texto da resolução aprovada por uma comissão da Assembleia Geral da ONU, em que se associava o impacto da espionagem a violações aos direitos humanos.

"Nossos direitos não podem ser limitados por uma organização secreta, e autoridades americanas nunca deveriam decidir sobre as liberdades de cidadãos brasileiros", afirma ele.
Snowden recorda que a decisão de revelar ao mundo o esquema de espionagem custou sua família, sua casa e pôs sua vida em risco.

"O preço do meu discurso foi meu passaporte, mas eu o pagaria novamente. Prefiro virar apátrida a perder minha voz", declara.