sexta-feira, 24 de junho de 2011

BOLA PRETA - Estado de saúde de Chávez ainda é desconhecido duas semanas após ser internado em Cuba

As informações desencontradas ou viciadas pelos interesses políticos de um país polarizado fazem com que os problemas de saúde do presidente Hugo Chávez, 56 anos, deixem a Venezuela inquieta.

Para completar a incerteza, nenhum boletim médico foi emitido e sequer se sabe o local exato onde Chávez está em Cuba, país em que convalesce já há duas semanas, recuperando-se do que inicialmente foi definido pelo governo venezuelano como um “simples abscesso na região pélvica”.

Médicos ouvidos pela imprensa venezuelana e internacional têm dito ser pouco provável que o procedimento tenha sido tão simples quanto tenta fazer crer o governo venezuelano.

Caso fosse simples, a recuperação não duraria mais do que uma semana. Uma alternativa cogitada é a de que a informação a respeito do abscesso seja uma meia verdade. Seria um abscesso, sim, mas maligno.

Preocupado com as diversas versões que começam a surgir a respeito da doença de Chávez, seu irmão, Ádan Chávez, governador do Estado venezuelano de Barinas, foi à TV pública na quarta-feira para dizer que o presidente deve retornar de Havana ao seu país em “10, 12 dias” (oito a 10 dias na contagem a partir desta sexta-feira).

O jornal El Universal, crítico ao governo, faz algumas cogitações a respeito do tipo de problema que estaria sendo enfrentado pelo presidente: uma ou mais cirurgias plásticas, lesão grave na coluna e até tumor.

terça-feira, 21 de junho de 2011

BOLA BRANCA – Para BARACK OBAMA



BARACK OBAMA no MEMORIAL DAY (Dia do Veterano).  
“... É graças aos soldados, e não aos sacerdotes, que podemos ter a religião que desejamos.
É graças aos soldados, e não aos jornalistas, que temos liberdade de imprensa.
É graças aos soldados, e não aos poetas, que podemos falar em público.
É graças aos soldados, e não aos professores, que existe liberdade de ensino.
É graças aos soldados, e não aos advogados, que existe o direito a um julgamento justo.
É graças aos soldados, e não aos políticos, que podemos votar...”

quinta-feira, 16 de junho de 2011

BOLA BRANCA - Aos Amigos

PAULO SANT’ANA - Jornalista

“Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos”!

Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles…
Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências…

A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.
Essa mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida, Porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles!

Eles não iriam acreditar! Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação dos meus amigos, mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não o declare e não os procure.

Às vezes, quando os procuro, noto que eles não têm noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.

Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos morrerem, eu desabo! Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles e me envergonho porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem-estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.

Por vezes, mergulho em pensamento sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer… Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos e, principalmente, os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus verdadeiros amigos!!!

A gente não faz amigos, reconhece-os!”

*A crônica Dia do Amigo foi publicada no Jornal Zero Hora e está editada no livro O Gênio Idiota.

BOLA PRETA -Câmara aprova Regime Diferenciado de Corrupção (RDC) para acelerar roubalheira da Copa.



Da Folha Poder, informando que não apenas estão abertas as portas para corrupção nos "pacotões" da Copa como a própria lei de responsabilidade fiscal foi mandada para o espaço, liberando empréstimos sem que isto conte no limite do endividamento. Tudo em nome da "bola".

Após inúmeras tentativas, a Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira, por 272 votos favoráveis, 76 contrários e três abstenções, o texto básico da medida provisória 527, que incluiu as regras que flexibilizam as licitações para as obras da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016. A proposta ainda pode ser modificada, pois os destaques ficaram para ser apreciados apenas no fim do mês.A medida dribla parte das regras da Lei das Licitações e cria o chamado RDC (Regime Diferenciado de Contratações). Segundo seus defensores, a novidade poderá agilizar contratações para todas as obras de ambos os eventos. Deputados oposicionistas têm reclamado da medida provisória alegando que abre brecha para "corrupção".

O texto acaba com a exigência de apresentação de projetos básico ou executivo antes da licitação. Diz que o governo pode apresentar apenas um "anteprojeto de engenharia" e o custo de toda a construção fica a cargo do vencedor. Entre as mudanças feitas pelo relator, deputado José Guimarães (PT-CE), em relação à última versão do RDC, apresentada pela deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) na Medida Provisória 521/11, está a possibilidade de os municípios contratarem empréstimos para obras da Copa e da Olimpíada até 31 de dezembro de 2013 sem que isso aumente seu limite de endividamento apurado com base na receita líquida real.

Ele também acatou emenda do PTB, que estende para capitais que fiquem a até 350 km das cidades sedes o regime diferenciado. A emenda é de interesse do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), para beneficiar especificamente o aeroporto de Goiânia. A votação do texto era apontado como o primeiro teste da nova ministra da articulação política, Ideli Salvatti (Relações Institucionais). Ela teve reunião pela manhã com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), pedindo agilidade na votação e, pela tarde, participou de encontros com lideranças do governo no Congresso. O governo, porém, não conseguiu finalizar a votação graças a obstrução de líderes oposicionistas, contrários ao texto. A MP 527 tratava, originalmente, da criação da Secretaria Nacional de Aviação Civil.

terça-feira, 14 de junho de 2011

BOLA PRETA – Para o mito Che Guevara

Artigo de Rodrigo Constantino, O GLOBO.

“Amo a humanidade; o que não suporto são as pessoas”. (Charles Schultz).                     

Estivesse vivo, Ernesto “Che” Guevara completaria hoje 83 anos de idade. O guerrilheiro tornou-se ícone das esquerdas, e é visto como um idealista disposto a dar a vida pela causa. Adorado em Hollywood e Paris, Che foi eternizado pela foto tirada por Korda, que virou estampa de camisetas e biquínis. A ironia do destino transformou o comunista em lucrativa marca de negócios.

Mas, como alertou Nietzsche, a morte dos mártires pode ser uma desgraça, pois seduz e prejudica a verdade. Pouca gente sabe quem Che foi de fato. Se soubessem, talvez sentissem vergonha de defendê-lo com tanta paixão. Seus fãs deveriam ler “O verdadeiro Che Guevara”, de Humberto Fontova, e ver o documentário “Guevara: Anatomia de um mito”, de Pedro Corzo. É impossível ficar indiferente diante de tantos relatos sombrios das vítimas de Che.

Nem deveria ser preciso mergulhar mais fundo nos fatos. Basta pensar que Che foi um grande colaborador da revolução cubana, que instaurou a mais longa ditadura do continente, espalhando um rastro de morte, miséria e escravidão na ilha caribenha. Mas uma pesquisa minuciosa gera ainda mais revolta. Aquele que gostaria de criar na América Latina “muitos Vietnãs” era mesmo um ser humano deplorável.

A cegueira ideológica alimentada pela hipocrisia prejudica uma análise mais isenta dos fatos. Não é preciso muito esforço para verificar que Che Guevara era justamente o oposto do santo que tentam criar. O homem sensível de “Diários de Motocicleta” era o mesmo que declarou que “um revolucionário deve se tornar uma fria máquina de matar movida apenas pelo ódio”. Se ao menos os cineastas engajados tivessem lido o diário completo!

Até mesmo as supostas cultura e erudição de Che foram enaltecidas por intelectuais como Sartre. A realidade, uma vez mais, parece menos nobre: um dos primeiros atos oficiais de Che após entrar em Havana foi uma gigantesca queima de livros. Além disso, Che assinou as sentenças de morte de muitos escritores cujo único “crime” fora discordar do regime. Quanta paixão pela cultura!

As estimativas apontam para algo como 14 mil execuções sumárias na primeira década da revolução, sem nada sequer parecido com um processo judicial. Dezenas de milhares de cubanos morreram tentando fugir do “paraíso” comunista. Cuba tinha uma das maiores rendas per capita da região em 1958, e teve sua economia destroçada pelas medidas coletivistas do ministro Che. Nada disso impediu a revista “Time” de louvá-lo como um herói, ao lado de Madre Teresa de Calcutá.

Roqueiros como Santana gostam de associar sua imagem à de Che. Será que ainda o fariam se soubessem que sua primeira ordem oficial ao tomar a cidade de Santa Clara foi banir a bebida, o jogo e os bailes como “frivolidades burguesas”? O próprio neto de Che, Canek Sánchez Guevara, não escapou da perseguição. O guitarrista sofreu nas garras do regime policialesco que seu avô ajudou a criar, e preferiu fugir de Cuba. Homossexuais também foram vítimas de perseguição e acabaram em campos de trabalho forçado. Quanta compaixão!

Sobre a imagem de desapegado de bens materiais, a vida de Che também prova o contrário. Após a revolução, ele escolheu como residência a maior mansão cubana, em Tarara, uma casa à beira-mar com amplo conforto e luxo. A casa fora expropriada de um rico empresário. Além disso, quando Che foi morto na Bolívia ele ostentava um Rolex no pulso. Parece que nem os guerrilheiros resistem às tentações capitalistas.

Aqueles que conseguiram fugir do inferno cubano e não precisam mais temer a represália do regime, relatam fatos impressionantes sobre a frieza de Che. Foram centenas de execuções assinadas em poucos meses, e Che gostava de assisti-las de sua janela. Em algumas ele pessoalmente puxou o gatilho. Ao que tudo indica, Che parecia deleitar-se com a carnificina. Até mulheres grávidas foram executadas no paredão comandado por Che. Nada disso consta nas biografias escritas por aqueles que utilizam o próprio Fidel Castro como fonte. Algo como falar de Hitler usando apenas os relatos de Goebbels.

A ignorância acerca destes fatos explica parte da idolatria a Che Guevara. Mas, como lembra Fontova, “engodo e muita fantasia também o explicam, tudo alimentado de um antiamericanismo implícito ou explícito”. Che, assim como Fidel, desafiou o “império” ianque, e isso basta para ser reverenciado por idiotas úteis da esquerda. Que ele tenha sido uma máquina assassina, isso é um detalhe insignificante para alguns.

domingo, 12 de junho de 2011

BOLA BRANCA - Fernando Henrique Cardoso comemorou 80 anos com mensagens de personalidades internacionais



O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) divulgou 80 mensagens de personalidades pelos seus 80 anos, completados no sábado. Entre as homenagens, está a carta da presidente Dilma Rousseff, entregue a FHC pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, em sua festa, na sexta-feira. No texto, Dilma se refere ao ex-presidente como "político habilidoso", "ministro-arquiteto de um plano duradouro de saída da hiperinflação" e "presidente que contribuiu decisivamente para a consolidação da estabilidade econômica".

A presidente lembrou que "nos últimos anos tivemos e mantemos opiniões diferentes, mas, justamente por isso, maior é minha admiração por sua abertura ao confronto franco e respeitoso de ideias". Para Dilma, Fernando Henrique foi um "jovem que lutou pelos seus ideais, que perduram até os dias de hoje".
No site 80 FHC (www.fhc80anos.com.br), estão ainda textos de personalidades políticas de diversos partidos e internacionais, como o ex-secretário das Nações Unidas Kofi Annan, o ex-presidente americano Bill Clinton e seu vice, Al Gore, o ex-premier britânico Tony Blair e o escritor peruano Mario Vargas Llosa, jornalistas e personalidades da TV e do esporte, como o apresentador Luciano Huck e o jogador Ronaldo Fenômeno.

Leia a íntegra da carta da presidente Dilma Rousseff a Fernado Henrique Cardoso:

“Em seus 80 anos há muitas características do senhor Fernando Henrique Cardoso a homenagear.
O acadêmico inovador, o político habilidoso, o ministro-arquiteto de um plano duradouro de saída da hiperinflação e o presidente que contribuiu decisivamente para a consolidação da estabilidade econômica.
Mas quero aqui destacar também o democrata. O espírito do jovem que lutou pelos seus ideais, que perduram até os dias de hoje.
Esse espírito, no homem público, traduziu-se na crença do diálogo como força motriz da política e foi essencial para a consolidaçãoo da democracia brasileira em seus oito anos de mandato.

Fernando Henrique foi o primeiro presidente eleito desde Juscelino Kubitschek a dar posse a um sucessor oposicionista igualmente eleito. Não escondo que nos últimos anos tivemos e mantemos opiniões diferentes, mas, justamente por isso, maior é minha admiração por sua abertura ao confronto franco e respeitoso de ideias.

Querido presidente, meus parabéns e um afetuoso abraço!”

Viu!  Lula começou a ir embora. Parabéns Dilma.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

BOLA PRETA - Bandido e assassino Batisti já anda livre pelo Brasil


Terrorista e assassino Cezare Battisti já está livre e terá o Brasil inteiro para andar rindo dos brasileiros decentes.

O STF - Supremo Tribunal Federal mandou soltá-lo em decisão de 6 x 3. Vale a pena copiar o que disse o Ministro Gilmar Mendes ex-presidente do STF:

"Os ministros Gilmar Mendes (relator do processo), Ellen Gracie e Cezar Peluso votaram no sentido de cassar o ato do ex-presidente da República e determinar o envio de Cesare Battisti para a Itália. “O senhor presidente da República, neste caso, descumpriu a lei e a decisão do Supremo Tribunal Federal", concluiu o ministro Cezar Peluso, que finalizou seu voto por volta das 21h desta quarta-feira.
Antes, em longo voto, o ministro Gilmar Mendes afirmou que o ex-presidente da República negou a extradição de Battisti com base em argumentos rechaçados pelo Supremo em novembro de 2009, quando o pedido do governo italiano foi autorizado. Ele acrescentou que o Estado brasileiro, na pessoa do presidente da República, é obrigado a cumprir o tratado de extradição e que um eventual descumprimento deveria, sim, ser analisado pelo Supremo.
“No Estado de Direito, nem o presidente da República é soberano. Tem que agir nos termos da lei, respeitando os tratados internacionais”, afirmou. “Não se conhece, na história do país, nenhum caso, nem mesmo no regime militar, em que o presidente da República deixou de cumprir decisão de extradição deste Supremo Tribunal Federal”, observou. Para ele, o entendimento desta noite caracteriza uma “ação rescisória da decisão do Supremo em processo de extradição”. Copiado do Site do próprio STF.
Não duvidem se ele, o Battisti, conseguir um cargo em comissão no Governo Federal e ainda uma gorda indenização alegando ser perseguido político.
Acorda Brasil.




quarta-feira, 8 de junho de 2011

BOLA PRETA - A maldição da Casa Civil derruba Palocci

Ministros petistas não resistem à transparência e à retidão exigidas pelo cargo


Em 17 de maio, poucos dias depois da denúncia do espantoso salto patrimonial do ministro Antonio Palocci, reportagem do site de VEJA alertou para o risco de ele ser o próximo ministro pego pela maldição da Casa Civil caso deixasse dúvidas sobre a origem de tanto dinheiro. Nada explicou. E caiu.

Não se trata de mau agouro ou falta de sorte, mas de uma coincidência que une todos os ministros da pasta na Era PT. Os ocupantes do segundo posto mais importante do governo não resistem à transparência e à retidão exigidas pelo cargo. 

Palocci foi o terceiro ministro da Casa Civil a ser demitido desde que o PT chegou à Presidência da República, há dez anos. Antes dele caíram José Dirceu e Erenice Guerra. Até mesmo Dilma Rousseff quando ministra esteve com a cabeça a prêmio. Escapou ilesa com a ajuda de Luiz Inácio Lula da Silva.


Abaixo, os piores momentos da Casa Civil:

1. José Dirceu era o sucessor dos sonhos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Assumiu a Casa Civil já no primeiro governo do petista. A meta era fortalecê-lo até as eleições de 2010. Os fatos, no entanto, falaram mais alto.
Em 2004 veio à tona o Caso Waldomiro Diniz. Homem de confiança de Dirceu, Waldomiro negociava com bicheiros o favorecimento em concorrências, em troca de propinas e contribuições para campanhas eleitorais. Dirceu resistiu ao bombardeio.
Em 2005, no entanto, estourou o maior escândalo da era Lula: o mensalão. Em troca de apoio político, o governo pagava, com dinheiro desviado de empresas estatais, uma mesada a deputados da base aliada. José Dirceu era nada menos que o chefe do esquema, de acordo com denúncia do Ministério Público Federal. Caiu em junho de 2005.

2. Dilma Roussef, hoje presidente da República, já esteve com a cabeça a prêmio por duas vezes quando era titular da Casa Civil, no governo Lula. Em 2008 descobriu-se que Dilma comandou a elaboração de um dossiê contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Em 2009, a ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira, contou ter sido pressionada pela ministra para arquivar uma investigação contra o filho do senador José Sarney.
Determinado a proteger Dilma e fazê-la sua sucessora, Lula abafou os casos e manteve a pupila no ministério até que ela tivesse de sair por determinação da Lei Eleitoral, para disputar as eleições de 2010.

3. Ao deixar o cargo de ministra da Casa Civil para disputar as eleições presidenciais de 2010, Dilma Rousseff indicou Erenice Guerra, seu braço direito, como substituta. Erenice esteve por trás dos dois escândalos da gestão de Dilma como ministra. Foi ela quem ajudou a reunir os dados para o dossiê sobre FHC e quem agendou a reunião entre Dilma e Lina Vieira.
No cargo de ministra, Erenice foi alvejada por reportagem de VEJA, que revelou em setembro de 2010 que o filho dela, Israel Guerra, comandava, com a sua ajuda, um esquema de lobby dentro da Casa Civil. Por meio do pagamento de uma taxa de sucesso, o filho da ministra facilitava a aproximação entre empresários e o governo.
Dois dias após a denúncia, Erenice pediu demissão. O ministério ficou sob responsabilidade do então secretário-executivo da Casa Civil Carlos Eduardo Esteves Lima até o fim do governo Lula.

4. Com a vitória de Dilma na disputa presidencial de 2010, Palocci foi nomeado ministro-chefe da Casa Civil. Ele próprio já havia sido demitido do ministério do PT, em 2006, quando comandava a Fazenda.
Palocci foi o beneficiário da violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, que denunciou a existência das festas da república de Ribeirão em uma casa em Brasília, com lobistas. Palocci fazia parte do grupo.
Apesar das evidências, em 2009 o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou a denúncia do Ministério Público contra o ex-ministro e o livrou de uma ação penal, o que deixou o caminho livre para que ele voltasse à vida pública.
Na gestão de Dilma Rousseff, o ocaso de Palocci começou com a revelação do incrível salto patrimonial do ministro. Reportagem do jornal Folha de S.Paulo mostrou que, em 2010, o ministro comprou um apartamento de 500 metros quadrados nos Jardins, bairro nobre de São Paulo, por 6,6 milhões de reais, e, no ano anterior, uma sala comercial na mesma região por 882.000 reais. Assim, o patrimônio do então deputado federal passou de 375.000 reais em 2006 para 7,5 milhões de reais em 2010.
O dinheiro vinha de trabalhos feitos por Palocci por meio da consultoria Projeto, da qual era sócio.  O ministro, no entanto, em vinte dias de crise, não explicou quem eram os clientes de seu negócio, quanto pagaram e por qual tipo de serviço. A suspeita de tráfico de influência só aumentou.
A situação tornou-se insustentável quando reportagem na edição desta semana de VEJA revelou que o apartamento onde mora a família de Palocci, em São Paulo, é alugado de uma empresa de fachada. O imóvel, de 640 metros, está avaliado em 4 milhões de reais.
Os dois sócios da empresa proprietária do apartamento são Filipe dos Santos, de 17 anos, e Dayvini Nunes, de 23 anos, um representante comercial que ganha salário de 700 reais. Dayvini admitiu a irregularidade em entrevista a VEJA: “São coisas que envolvem pessoas com quem não tenho como brigar, como o Palocci, entendeu? Sou laranja”.
Fonte consultada: Carolina Freitas- Revista Veja







terça-feira, 7 de junho de 2011

BOLA PRETA - Para Palocci que já foi tarde



Palocci pediu demissão. Em qualquer Governo sério ele teria sido demitido. Nunca na historia deste país se viu tanto ministro caindo como nos governos do PT. Agora que ficou chato para o Ministério Público mandar arquivar os pedidos para investigar Palocci, isso ficou.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

BOLA PRETA - O jogo do PMDB

Quarta, 01 de Junho de 2011– Editorial do Estadão.

Com o enfraquecimento do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, em consequência da revelação de que, no ofício de consultor, depois que deixou a Fazenda e assumiu o mandato de deputado federal, ele multiplicou exponencialmente o seu patrimônio em apenas 4 anos, o PMDB está se articulando para rever com o governo do qual é o principal aliado a coordenação política com a sua base parlamentar, para preservar a administração Dilma Rousseff do contágio da crise instaurada.

É nisso que a caciquia peemedebista quer que a opinião pública acredite. Trata-se de um engodo. A origem das tensões entre o Planalto e a legenda do vice-presidente Michel Temer não está no enfraquecimento de Palocci. O enfraquecimento do ministro-chefe da Casa Civil é apenas uma oportunidade com a qual os seus maiorais não contavam para transformar frustrações acumuladas nestes cinco meses de novo governo em pontiagudos instrumentos de pressão sobre a presidente. Simples assim.

O partido e o governo até que se esforçaram para jogar areia nos olhos do público. Foi um fiasco. Desde logo, a ideia já ofendia a inteligência alheia. Consistia em fazer de uma trivialidade na rotina oficial um espetáculo de congraçamento. Na Base Aérea de Brasília, antes de embarcar para um bate e volta a Montevidéu, na manhã de segunda-feira, Dilma Rousseff posaria para uma photo op - como dizem os americanos para designar a encenação conveniente aos fotografados - com o vice que assumiria a interinidade por poucas horas. Faltou combinar com o temperamento da dupla.

Em lugar do registro de um caloroso abraço, que é o que aconteceria fossem os atores, digamos, o exuberante ex-presidente Lula e o afável senador Aécio Neves, o que o aparato de comunicação do Palácio acabou oferecendo foi a imagem patética de duas figuras constrangidas que mal se tocavam, sem um vestígio de sorriso, numa expressão corporal perfeitamente adequada, afinal, à verdade que desejavam escamotear. Nesse embate ninguém decerto é inocente.

Mas é fato que motivo para amargura quem tem é o PMDB, tratado a pão, água e desdém pelo governo do qual o partido se considera condômino e não visitante eventual. Começou com a montagem da equipe. Dilma subtraiu da sigla pastas importantes, como a da Saúde, dando-lhe de troco a raquítica Secretaria de Assuntos Estratégicos. Seguiu-se a gafe inaugural da exclusão de Temer da primeira reunião do conselho político do governo com a presidente. Ele teve de passar pelo constrangimento de fazer chegar ao Planalto o seu amuo.

A louvável decisão de Dilma de segurar verbas e cargos ficou azedada pela miopia política que a impedia de enxergar a obrigação de dialogar com o PMDB, por ter o partido uma bancada na Câmara incomumente coesa, como se veria na votação do salário mínimo, quando fechou com o governo, e na do Código Florestal, quando fechou contra.

E neste segundo episódio, combinando impertinência com incompetência, Dilma mandou, e Palocci topou, ameaçar o vice, pelo telefone, com a demissão dos 5 ministros da legenda. Justo pelo telefone, que o ministro se recusava a atender quando do outro lado da linha estavam políticos da base.

Ainda assim, os líderes peemedebistas no Congresso, que bloquearam as tentativas da oposição de convocá-lo a se explicar, prometem continuar a poupá-lo, pelo menos enquanto esperam o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, se manifestar sobre as explicações do ministro a respeito de sua rendosa incursão pela esfera privada. O PMDB, por saber que ele não é uma unanimidade no PT, ainda mais agora que pode ser criticado como um grão-burguês, não quer lançá-lo aos lobos. Mas quer que ajoelhe no milho, para aprender bons modos.

Com Palocci - ou, principalmente, sem, na hipótese de sobrevir o pior -, Dilma terá, por sua vez, de trocar sua louvável ojeriza pelos picaretas da política pelo abominável cinismo com que seu criador, Lula da Silva, se cercou deles para garantir-se no poder.

Sob pena de ter de institucionalizar a tutela do ex-presidente.