O coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, não economizou frases de efeito para descrever a posição de chefia do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no esquema de corrupção da Petrobras. “Comandante máximo do esquema” e “verdadeiro maestro da orquestra criminosa” foram algumas das tantas locuções adjetivas atribuídas a Lula durante a coletiva que detalhou a denúncia oferecida contra ele, sua mulher, e mais seis pessoas ao juiz Sergio Moro. Em uma longa explanação, Dallagnol imputou ao ex-presidente e ao seu partido, o PT, a coordenação não só do petrolão, mas da “propinocracia”, palavra criada por ele que significa “governo regido pela propina”. Matéria da Revista veja, charge do inimitável Sponhols.
quinta-feira, 15 de setembro de 2016
sábado, 12 de dezembro de 2015
BOLA BRANCA: Operação Zelotes:
PF no encalço de Lula marca
depoimento do
petista para dia 17.
A Polícia Federal expediu
mandado para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja intimado a
prestar depoimento na Operação Zelotes. O mandado 6262 é do dia três de
dezembro e define o comparecimento do ex-presidente na próxima quinta-feira,
dia 17, na sede da Polícia Federal em Brasília.
Lula assinou as medidas
provisórias 471/2009 e 512/2010 que estão sob suspeita de ter sido compradas
por esquema de corrupção que envolve lobistas e montadoras de veículos que se
beneficiaram de prorrogação de incentivos fiscais definidas por essas normas. O
filho mais novo do ex-presidente Lula, Luís Claudio Lula da Silva, recebeu R$
2,5 milhões da Marcondes e Mautoni, consultoria contratada pelas montadoras
para fazer o lobby pelas MPs.
Os sócios da consultoria,
Mauro e Cristina Marcondes, estão presos pela PF e já foram denunciados. O
esquema de compras da MP foi revelado pelo Estado em série de reportagens.
O filho de Lula prestou
depoimento e é alvo de um novo inquérito que investiga sua relação com a
empresa de lobby. Perícia da PF identificou que o trabalho que Luís Claudio diz
ter prestado para a Mautoni se resume a cópia de material produzido na
internet, em especial o site Wikepedia.
O ex-ministro Gilberto
Carvalho também é alvo das investigações sobre a suposta compra de MPs na época
em que ele era chefe de gabinete do ex-presidente Lula. E-mails indicam relação
de proximidade dele com Mauro Marcondes. Luís Claudio e Gilberto Carvalho negam
que tenham envolvimento no esquema de compra de MPs. (Jornal O Estado de São Paulo)
quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
sábado, 14 de novembro de 2015
BOLA PRETA: De onde veio esse dinheiro?
LULA UM EX-PRESIDENTE
ATÍPICO
foto da internete
Lula faturou R$53,6 milhões
entre os anos de 2011 e 2014, segundo o relatório do Coaf, que investiga
movimentações financeiras “atípicas”.
Se Lula ganhou R$53,6
milhões com “palestras”, como diz, faturou R$36,7 mil por dia. Se é que
trabalhou todos os 1460 dias do períodos.
domingo, 1 de novembro de 2015
quinta-feira, 29 de outubro de 2015
BOLA PRETA: Lula acoado e com medo
Mil faces de Lula
DORA
KRAMER
ESTADÃO
- 29/10
Acuado, ex-presidente se faz
de vítima e joga em Dilma a pecha de 'desleal' O ex-presidente Luiz Inácio da
Silva é um bom ator. Bem melhor que político, conforme demonstrado pelo erro de
avaliação na escolha de Dilma Rousseff para o papel de criatura que seria capaz
de suceder-lhe e garantir, mediante o espetáculo da competência, permanência
longa para o PT no poder.
No ofício da atuação é um
personagem de mil caras. Uma para cada ocasião. Pode ser o fortão que a todos
enfrenta porque com ele ninguém pode, como pode ser o fraquinho a quem a elite
tenta permanentemente derrubar por sua origem e identificação com os oprimidos.
Entre os papéis que costuma
desempenhar, o preferido para os momentos de dificuldade é o de vítima. Não por
acaso nem de modo surpreendente faz agora essa performance, nesta hora em que
as circunstâncias nunca lhe foram tão desfavoráveis: alvo de investigação do
Ministério Público por tráfico de influência, pai do dono de empresas
revistadas pela Polícia Federal, amigo de um empresário apontado por um
"delator premiado" como receptor de propina destinada a cobrir
despesas de uma de suas quatro noras.
Afora isso, as más notícias
alcançam também o patrimônio político eleitoral de Lula, até pouco tempo atrás
sua principal e mais forte cidadela. A última pesquisa da Confederação Nacional
de Transportes (CNT) aponta e atesta a decadência. Confirma números anteriores
segundo os quais Lula já não é um ativo eleitoral.
Hoje, numa eleição, perderia
de lavada para o tucano Aécio Neves (32% a 21%) e em eventual disputa de
segundo turno seria derrotado também por Geraldo Alckmin e José Serra,
políticos do PSDB que em outros tempos derrotou. Para quem já foi considerado
pelo adversário (Serra) em plena campanha como uma pessoa "acima do bem e do
mal" a situação é periclitante, convenhamos.
Lula não tem capital para si
nem para emprestar ao PT ou à presidente Dilma Rousseff. Nesta condição quase
que extrema (ou próxima disso), o ex-presidente faz o que sabe: tenta jogar a
culpa no alheio. E a eleita, desta vez, é a presidente Dilma Rousseff em quem
seu criador tenta imprimir a pecha de "desleal" ao deixar que
prosperem versões de que atribui a ela a responsabilidade sobre o avanço das
investigações em direção a ele, família e amigos.
Oficialmente o Instituto
Lula desmente. Muito cômodo. Extraoficialmente todos os jornais publicam a
conveniente versão disseminada por "amigos" e
"interlocutores" de que o ex-presidente se sente "traído"
pela sucessora que, segundo ele, não foi capaz de interromper investigações que
o atingissem e à sua família.
Transferir a culpa para
Dilma é uma tentativa. De difícil execução, dada a dificuldade de se obter
resultado, diante da posição extremamente difícil em que se encontra a
presidente. Mas o problema maior para Lula é a credibilidade. Ele já não tem
aquela da qual desfrutou. E esta, no presente, não conseguiu conquistar quem no
futuro poderia ter junto de si.
Em suma, Lula procura se
desvincular de Dilma, acusando a presidente de ser desleal pelo fato de não
atuar para impedir investigações. Isso quer dizer que, por experiência própria,
ele considera não apenas possível como factível a indevida interferência nos
processos legais.
Com isso, confirma que em
seu governo interferiu indevidamente. E, por linhas tortas, confessa que
prevaricou. Indignado está pelo fato de outrem não prevaricar em seu nome para
salvá-lo de evidências que o aproximam do confronto com a verdade.
BOLA PRETA: O Enem, mais uma vez baseou-se na ideologia, seguiu o pensamento ideológico da esquerda
- EDITORIAL DO JORNAL GAZETA DO POVO - PR - 29/10
“O ENEN IDEOLÓGICO”
Já se tornou hábito, ano
após ano, a busca por indícios de viés ideológico no Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem). Não se trata de paranoia: não são poucas as questões de exames
anteriores que pareciam feitas para induzir os alunos a oferecer respostas de
acordo com certa ideologia para conseguir melhores notas. Neste ano não foi
diferente: logo no primeiro dia de exame, no sábado passado, várias questões
foram apontadas como enviesadas, e a polêmica cresceu no domingo, com o assunto
escolhido para a redação.
As críticas ao tema da
redação, no entanto, nos parecem um tanto exageradas. Não há motivo para que a
violência contra a mulher não fosse abordada na redação de uma prova como o
Enem, ainda mais à luz dos números apresentados como subsídio para a atividade.
No entanto, pode haver margem para manipulação ideológica dependendo dos
critérios de correção adotados. Supondo o caso de dois estudantes que
demonstrem igual domínio do idioma e capacidade de argumentação, seria
totalmente impróprio dar nota maior àquele que compusesse seu texto adotando as
chaves marxistas de “opressor/oprimido”, culpando a “sociedade patriarcal” pela
violência contra a mulher, e uma nota menor ao candidato que enfatizasse a
responsabilidade individual do agressor e criticasse a objetificação da mulher
promovida por determinadas manifestações culturais contemporâneas que um certo
multiculturalismo obriga a aceitar como legítimas. Mas isso é algo que
independe do tema em si proposto para a redação: depende das disposições dos
corretores e daqueles que orientam seu trabalho, e o resultado só tem como ser
avaliado a posteriori, após cada estudante conhecer sua nota no exame.
É olhando os cadernos de
questões objetivas que se encontram sinais mais preocupantes. Uma pergunta
sobre o movimento feminista nos anos 60 traz consigo uma citação de Simone de
Beauvoir que pode ser interpretada como defesa explícita das teorias de gênero
rejeitadas por Legislativos em todo o país, nos três níveis, mas que o MEC
insiste em promover. Um texto do geógrafo de esquerda Milton Santos é usado
como base para uma questão cuja resposta considerada correta leva o estudante a
concluir que uma consequência da “globalização perversa” é o “aumento dos
níveis de desemprego”. Os movimentos sociais são exaltados em uma questão que
usa como base um texto de Maria da Glória Gohn, entusiasta do MST e que, nos
protestos de 2013, afirmou que os vândalos black blocs representavam a
“resistência”. Uma citação de Slavoj Zizek, um dos novos teóricos da “violência
revolucionária”, é usada para igualar a ação militar norte-americana no
Afeganistão ao terrorismo dos extremistas islâmicos. A crise econômica
brasileira atual é ignorada, mas a crise mundial de 2008 – aquela que está na
raiz de todos os nossos problemas, a julgar pelo que diz a presidente Dilma
Rousseff – é mencionada em uma questão. O mercado e o capitalismo são apontados
como causa de uma “polarização da sociedade chinesa” e descritos com viés
negativo em uma das questões. Outra citação defende que não havia distinção
nenhuma entre a arte produzida pelos europeus e a arte dos povos do Novo Mundo.
Todas essas são
manifestações de um pensamento de esquerda, sem falar da desproporcionalidade
verificada quando se analisa todos os autores e publicações usados na prova de
“ciências humanas e suas tecnologias”. Não se questiona a presença desses
autores no exame; o ideal é que o conjunto das questões ofereça ao candidato
uma visão abrangente das ideologias mais expressivas no mundo atual. O problema
aparece quando os representantes de uma ideologia específica são citados com
muito mais frequência que os demais. Os poucos autores clássicos ou liberais
citados no Enem 2015, como David Hume ou Tomás de Aquino, foram soterrados por
uma profusão de autores como Slavoj Zizek, Milton Santos, Simone de Beauvoir ou
Paulo Freire.
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