quinta-feira, 27 de novembro de 2014

BOLA PRETA: Ministério Publico Federal denuncia irmão petista do ministro Dias Toffoli de desviar R$ 28,8 milhões da prefeitura de Marília


 O Ministério Público Federal denunciou Mário Bulgareli (PDT) e José Ticiano Dias Toffoli (PT) (foto), irmão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, por desvio de R$ 57 milhões do Fundo Municipal de Saúde e de atividades escolares para custear a folha de pagamento e outros gastos da Prefeitura de Marília, interior de São Paulo, entre 2009 e 2012. As verbas eram repassadas pela União para saúde e educação.

Três ex-secretários da Fazenda do município também foram denunciados por participação no desvio do dinheiro. Mário Bulgareli administrou a cidade de janeiro de 2005 a março de 2012, quando renunciou após denúncias de irregularidades em sua gestão. Durante o segundo mandato, o então prefeito foi responsável pelo desvio de R$ 28,2 milhões destinados à saúde e à educação. O vice José Ticiano Dias Toffoli, que assumiu o governo após a renúncia de Bulgareli, teria movimentado irregularmente outros R$ 28,8 milhões nos dez meses que ficou à frente da Prefeitura.

Segundo a Procuradoria, os ex-secretários da Fazenda fizeram as transferências por determinação dos ex-prefeitos. Em depoimento, Dias Toffoli admitiu o uso irregular do dinheiro. Ele teria afirmado que, quando tomou posse do cargo, havia um déficit de aproximadamente R$ 8 milhões no caixa da Prefeitura, o que o teria obrigado a dar sequência aos delitos já praticados pelo antecessor.

O Ministério Público quer a condenação dos denunciados por crime de responsabilidade. A pena é de três meses a três anos para gestores que aplicarem indevidamente verbas públicas. O procurador da República Jefferson Aparecido Dias, autor da denúncia, pede que a Justiça os obrigue a reparar os danos causados à União no valor de R$ 33,2 milhões, correspondente ao montante de recursos retirados das contas sem a devida devolução.


A reportagem tentou contato com o ex-prefeito Dias Toffoli, mas não obteve retorno. O advogado de Bulgareli foi contatado, mas estava em reunião e não pôde atender. (Estadão)

BOLA PRETA: Marco Maia presidente da Câmara ofereceu jantar íntimo a Paulo Roberto Costa, na residência oficial. Hoje ele é o relator da CPMI da Petrobras.

                                     Marco Maia                               Paulo roberto Costa

Hoje relator da CPI mista da Petrobras, o deputado Marco Maia (PT-RS) ofereceu um jantar ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, delator da Operação Lava Jato, quando era presidente da Câmara dos Deputados. O encontro ocorreu na residência oficial da Câmara em 2011 e, segundo a Folha apurou com advogados que acompanham a investigação, foi citado em um dos depoimentos que ele prestou à Justiça.

O deputado confirmou o evento à Folha. “Segundo ele, o jantar foi solicitado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras para tratar de assuntos gerais e institucionais sobre a estatal, em especial o marco regulatório do pré-sal” que, na época, era debatido na Câmara. No cargo, Costa era responsável pela implantação de refinarias e produção de combustíveis.

Maia afirmou não ter "absolutamente nenhuma" relação com o ex-diretor e que não foi solicitado "nenhum favor nem se tratou de assuntos pertinentes a cargos na Petrobras" na conversa. O deputado petista ressaltou ainda que, assim como Costa, o ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli foi recebido em "outra oportunidade". "Convém salientar que, no caso específico, para atender ao pedido do encontro, o horário do jantar foi o que permitiu a melhor acomodação na agenda", disse.

Um segundo parlamentar do PT, o deputado federal Luiz Sérgio (RJ) não estava na lista de convidados do jantar, mas aceitou ficar para o evento a pedido de Maia. Ele era ministro da Secretaria de Relações Institucionais do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff na época e estava na residência oficial para uma reunião "rotineira" com Maia. Perguntado sobre o que trataram, a sua assessoria respondeu: "assuntos diversos, entre eles o pré-sal, tema bastante em voga na época".

Sérgio também disse que não houve pedido algum ao ex-diretor e que não tem relação com Costa. Em troca de aliviar sua pena, o ex-diretor da Petrobras afirmou em delação premiada que havia um esquema de pagamento de propina em obras da estatal e que o dinheiro abastecia o caixa de siglas como PT, PMDB e PP.


Costa compareceu à CPI mista em setembro, mas se recusou a responder questionamentos intercalando as frases "nada a declarar" e "me reservo no direito de ficar calado", para preservar o acordo de delação premiada. (Folha de São Paulo)

BOLA BRANCA: Para os homens de bem que já entendem a necessidade de mudança

POR QUEM OS SINOS DOBRAM

Apenas algumas reflexões:

Os sinos dobram por que antevemos que a liberdade será maculada, violentada, conspurcada sob os aplausos daqueles que não pensam, não questionam, não se importam.

Os sinos dobram pelos ESTUDANTES, jovens mentes deturpadas por ensinamentos inconsequentes que desvirtuam virtudes, que ridicularizam valores e distorcem a história.

Os sinos dobram pela morte da imparcialidade, da meritocracia, pela falta de perspectivas, pelas inconsequências, pelas mentiras descaradas, pela ausência de vergonha, pela falta de ética e pela falência dos padrões morais que se perderam no desvio dos interesses pessoais.

Os sinos dobram para lamentar a democracia que se esvai lenta, mas inexoravelmente.

Os sinos dobram pela danosa influência política que gerencia a ocupação de cargos de direção e favores aos amigos, que lidera as praticas de corrupção, os negócios nocivos aos cofres estatais e os benefícios a pessoas ou partidos políticos.

Os sinos dobram pelos PROFISSIONAIS DA IMPRENSA, pelos jornalistas imparciais que serão tolhidos no seu livre exercício profissional.

Os sinos dobram para cantar que, apesar de tudo, um novo futuro poderá ocorrer se tivermos a coragem de vazar o lixo fora.

Por derradeiro, os sinos dobram, para alertar, para sacudir, e para saudar os verdadeiros brasileiros, que por certo surgirão neste momento difícil.


Nota do editor: Texto adaptado para essa publicação.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

BOLA PRETA: Quando a Dilma vai demitir a atual diretoria da Petrobras ou não pode. se não pode por quê?


Com recibo assinado, empreiteira prova que pagou e levou obra da Petrobras. Em outro caso, o mais grave: ganhou licitação e foi excluída porque não pagou propina.


Preso na sétima fase da Operação Lava Jato, o diretor da Divisão de Engenharia Industrial da empresa Galvão Engenharia, Erton Medeiros Fonseca, afirmou à Justiça que a empreiteira pagou 8,8 milhões de reais, de 2010 a 2014, em propina para um emissário da diretoria de Serviços da Petrobras, comandada por Renato Duque, indicado pelo PT para o cargo.

A defesa de Erton Fonseca enviou notas fiscais e tabelas que, segundo o empreiteiro, comprovam a cobrança e o pagamento de propina. Ele afirma que “a Galvão Engenharia foi impingida a pagar à empresa LFSN Consultoria Engenharia entre os anos de 2010 e 2014, por determinação de Shinko Nakandakari”. O último repasse, segundo os comprovantes anexados pela empreiteira ao inquérito, são de junho deste ano, quando a Lava Jato já havia sido deflagrada.

Nas notas fiscais da LSFN Consultoria Engenharia, a empresa chega a discriminar os impostos supostamente pagos sobre o valor total da propina. Para dar ares de veracidade, a empresa cita legislações tributárias para simular o recolhimento, por exemplo, de Imposto de Renda. O valor líquido dos comprovantes seria de 8,317 milhões de reais.

Nakandakari é apontado como o responsável por recolher os recursos ilegais cobrados das empresas interessadas em participar de obras envolvendo a Petrobras. De acordo com as investigações, ele se apresentava como emissário da diretoria de Serviços da Petrobras, comandada por Duque.

O braço direito de Renato Duque na diretoria da estatal, Pedro Barusco, ex-gerente de Serviços, assinou um acordo de delação premiada, confessou que participava ativamente da cobrança de propina na petroleira e se propôs a devolver quase 100 milhões de dólares – a maior cifra a ser devolvida até o momento pelos investigados da Lava Jato.

A apresentação de documentos pela Galvão Engenharia é uma tentativa da defesa de afirmar que está colaborando com as investigações e que, por isso, a prisão de Erton Fonseca não seria mais necessária. Segundo a versão do representante da empreiteira, havia “efetiva ameaça de retaliação” e uma pressão de “maneira arbitrária, ameaçadora e ilegal” para que os pagamentos dos valores fossem realizados. Em sua manifestação à Justiça Federal do Paraná, o dirigente se propõe a participar de uma acareação com o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e com o doleiro Alberto Youssef para comprovar suas informações.

Costa e Youssef são os principais delatores do esquema bilionário de desvio de recursos públicos e fraude em licitações envolvendo a estatal do petróleo. Ambos aceitaram fazer acordos de delação premiada em troca de benefícios judiciais.

Em novos documentos encaminhados à Justiça nesta segunda-feira, a Galvão Engenharia ainda apresenta registros de que não teria participado de determinadas obras, indicando que a participação em empreendimentos estava condicionada ao pagamento de propina. Em um dos casos, o de contratação de tubovias para o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), a empresa diz ter vencido o certame, mas depois foi inabilitada pela Petrobras por “inexequibilidade da obra”.


O caso foi analisado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que afirmou que “a comissão de licitação, sem motivo fundamentado, deixou de acolher proposta que traria economia à Petrobras da ordem de 163 milhões de reais”. (VEJA)

domingo, 23 de novembro de 2014

BOLA PRETA: Chegou a hora do outro tesoureiro do PT. Vaccari agora é o tesoureiro petista do mensalão e do petrolão.



Vaccari, o tesoureiro histórico do PT.

Desde 2005, quando eclodiu o escândalo do mensalão, uma palavra é capaz de tirar o sono dos militantes do PT: tesoureiro. Foi a ligação entre o responsável pelas finanças do partido, Delúbio Soares, e o empresário Marcos Valério que levou à ruína de líderes históricos do PT, como José Dirceu e José Genoino. “Presidente, o Delúbio vai botar uma dinamite na sua cadeira”, afirmou o ex-deputado federal Roberto Jefferson, em junho de 2005, ao relatar uma conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva meses antes.

O desfecho do mensalão é conhecido. Dirceu, Genoino, João Paulo Cunha e o próprio Delúbio acabaram condenados e presos. Lula enfrentou sua maior crise política, e seu mandato ficou sob risco. Transcorridos nove anos, o rastilho de pólvora do petrolão, o escândalo de corrupção na Petrobras, ameaça chegar até o Palácio do Planalto. A dinamite agora atende pelo nome de João Vaccari Neto, sucessor de Delúbio na Tesouraria do PT.

Nos últimos dias, o nome de Vaccari ressurgiu com força nas investigações sobre o petrolão. Mesmo diante da cautela com que o juiz federal Sergio Moro vem conduzindo as apurações da Operação Lava Jato, a quantidade de citações a Vaccari e as evidências que o ligam ao esquema sugerem que ele, mesmo sem ter sido indiciado pela Polícia Federal, será um dos próximos alvos da operação.

Sem compromisso com a cautela que rege o bom processo judicial, a CPI mista da Petrobras, no Congresso Nacional, quebrou os sigilos bancário, fiscal e telefônico de Vaccari, numa vitória da oposição. “Como o tempo da Justiça é outro, a CPI tem a função de investigá-lo, porque Vaccari é o elo direto do esquema com o PT”, afirma o senador José Agripino (DEM-RN), um dos líderes da oposição no Congresso. Assim como Delúbio cuidou das contas da campanha de Lula em 2002, Vaccari atuou nas finanças das campanhas de Dilma, em 2010 e neste ano. A quebra de seu sigilo preocupou o Palácio do Planalto.

Um advogado que atua na defesa dos presos na Lava Jato e é ligado ao PT disse a ÉPOCA que o futuro de Vaccari está atrelado aos depoimentos de Renato Duque, o ex-diretor de Engenharia e Serviços da Petrobras, cuja prisão preventiva foi decretada na semana passada pelo juiz Sergio Moro.

Em seu despacho, Moro disse que ele (Duque) tem uma “fortuna” em contas secretas no exterior. Com base na delação premiada do executivo Julio Camargo, da empresa Toyo Setal, os investigadores identificaram uma empresa offshore, a Drenos, controlada por Duque e com contas na Suíça. Camargo afirmou ter pagado propina a Duque. Em seu depoimento, Duque negou. “Se Duque contar tudo o que sabe, não há como Vaccari resistir”, diz o advogado. (Revista Época)

BOLA PRETA: Mais um petista acusado de corrupção, agora Humberto Costa o chamado pitbull da Dilma, segundo delação, levou UM MILHÃO


Humberto Costa

Matéria do Jornal Estadão

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PT-PE), recebeu R$ 1 milhão do esquema de propinas e corrupção na Petrobrás para sua campanha em 2010, segundo afirmou o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa em um dos seus depoimentos da delação premiada.

O petista integra uma extensa lista de políticos acusados pelo ex-diretor da Petrobras na delação por meio da qual espera ter sua pena reduzida. Dos depoimentos sigilosos, já vieram à tona outros nomes de supostos beneficiários de dinheiro de propina dos contratos da Petrobras, como o da ex-ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann, também do PT, o do ex-senador, já morto, Sérgio Guerra, do PSDB, e o do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, do PSB, que também já morreu.

Gleisi e Campos teriam recebido o dinheiro, por meio de intermediários, para campanhas políticas. Guerra teria recebido o dinheiro para abafar as investigações de uma CPI sobre a Petrobrás instalada no Congresso Nacional no ano de 2009. Gleisi, o PSDB e o PSB negam ter recebido propinas, assim como o líder do PT no Senado.

No caso de Humberto Costa, o ex-diretor da estatal disse que o dinheiro foi solicitado pelo empresário Mário Barbosa Beltrão, amigo de infância do petista e presidente da Associação das Empresas do Estado de Pernambuco (Assimpra). Paulo Roberto Costa afirmou que o dinheiro saiu da cota de 1% do PP – Partido Progressista que tinha o controle político da diretoria Abastecimento da estatal.

Ainda segundo o ex-diretor, outras unidades da companhia foram loteadas para o PT (Serviços) e o PMDB (Internacional). Cada diretoria arrecadava 1% de cada grande contrato. A Diretoria de Serviços, sob o comando político do PT, realizava todas as licitações das demais unidades e, por isso, o partido ficava com os outros 2% sobre os contratos da estatal, segundo o ex-diretor de Abastecimento.

Paulo Roberto Costa assumiu o cargo em 2004, por indicação pessoal do então deputado José Janene (PP-PR), que integrava a base aliada do Palácio do Planalto na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Janene, que foi réu no processo do mensalão, morreu em 2010. Segundo o delator, o PP decidiu que tinha que ajudar na candidatura de Humberto Costa, razão pela qual teria cedido parte de sua comissão. Paulo Roberto Costa afirmou ainda que, se não ajudasse, seria demitido.

Humberto Costa foi eleito em 2010, o primeiro senador pelo PT de Pernambuco. Antes, havia exercido cargo de secretário das Cidades de Pernambuco (2007 a 2010) no governo Eduardo Campos e foi ministro da Saúde no primeiro mandato de Lula, de janeiro de 2003 a julho de 2005. O ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás relatou que conheceu Humberto Costa ainda no Ministério da Saúde. Em sua delação, Paulo Roberto Costa disse que “um amigo” de Humberto Costa, o empresário Mário Beltrão, lhe pediu colaboração de R$ 1 milhão para a campanha do petista ao Senado, em 2010.

Ele não soube informar como ocorreu o repasse do dinheiro, mas declarou que o empresário lhe confirmou o pagamento. Disse, também, que o seu contato era sempre com Mário Barbosa Beltrão, que dirige a Associação das Empresas do Estado de Pernambuco, “entidade sem fins lucrativos” e que anuncia como meta “a prestação de serviços aos seus associados e a defesa dos seus interesses legítimos junto aos órgãos governamentais”. Assimpra criou o “Grupo de Trabalho pelo Desenvolvimento de Pernambuco” que promove reuniões mensais “com a participação de empresários, políticos, formadores de opinião, com a finalidade de discutir os problemas de Pernambuco e apontar soluções”.


A lista de parlamentares que teriam sido beneficiados pelo esquema da Petrobras, segundo a delação de Paulo Roberto Costa, tem 32 nomes, entre deputados e senadores. Parte das revelações do ex-diretor da estatal petrolífera foi confirmada pelo doleiro Alberto Youssef, antigo parceiro de José Janene – ambos apontados como mentores da Lava Jato. O doleiro está preso na sede da Polícia Federal em Curitiba, base da Lava Jato, desde 17 de março. Paulo Roberto Costa está em regime de prisão domiciliar, em seu apartamento, no Rio. (Estadão)

sábado, 22 de novembro de 2014

BOLA PRETA: Tribunal de Contas da União encontra indícios de nepotismo na Petrobras




Tribunal identificou também irregularidades de funcionários na direção de contratadas e indícios de terceirizados sem especialização compatível com sua função

POR RENATA CABRAL
O GLOBO

RIO - Uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União, entre 18 de outubro de 2011 e 27 de janeiro de 2012, encontrou indícios de nepotismo na Petrobras, informou a organização não governamental Contas Abertas nesta quinta-feira. Segundo acórdão aprovado ontem pelo tribunal, o processo tinha como objetivo verificar possíveis descumprimentos do decreto nº 7.203/2010, que trata da proibição da prática de nepotismo na esfera da administração pública federal. A auditoria foi realizada em três unidades da empresa.

De acordo com o relatório do tribunal, foram encontradas relações de parentesco entre empregados comissionados da Petrobras e funcionários, sócios, dirigentes ou administradores de empresas contratadas pela estatal, graças a um cruzamento de dados de todos os empregados efetivos da estatal e de empresas ou entidades que tinham contrato com a Petrobras em vigor entre 1º de novembro de 2009 e 15 de novembro de 2011. Além disso, havia irregularidades, como contratações de empresas em que funcionários da estatal são dirigentes ou sócios com mais de 10% do capital das empresas, e indícios de que havia contratados sem especialização técnica ou formação acadêmica compatível com a função que ocupavam.

O relatório do TCU destaca, no entanto, que suas conclusões não podem ser generalizadas para toda a companhia “por se basearem em amostra selecionada de forma não probabilística, envolvendo informações prévias e subjetividade dos membros da equipe”. Devido a limitações como o intervalo de tempo em que a auditoria foi feita, a consulta foi limitada a três unidades da empresa: Centro de Pesquisa da Petrobras (Cenpes), área de Implementação de Empreendimentos para Cabiúnas e Refinaria Isaac Sabbá - Refinaria de Manaus da Petrobras (Reman).

O GLOBO solicitou, em diversos telefonemas, uma resposta da Petrobras sobre o assunto. No início da noite, a empresa informou que não iria se manifestar.

“Foi constatada a existência de funcionário terceirizado exercendo atividades de engenharia, algumas de fiscalização de projetos, sem o regular registro junto ao Crea/RJ, constituindo indício de haver contratações sem especialização técnica ou formação acadêmica compatível com o exercício da função”, diz o relatório. Foram também identificados 20 funcionários efetivos que constavam como sócios de empresas, com participação societária acima de 10%, ou como diretores, administradores ou responsáveis técnicos de empresas que tiveram contratos com o sistema Petrobras.

— Fatos dessa natureza são extremamente graves, porque demonstram uma relação promíscua dos funcionários com as empresas envolvidas com a própria estatal. É uma prática que está sendo banida da administração pública direta e precisa também ser evitada nas empresas estatais — defendeu Gil Castello Branco, secretário geral do Contas Abertas.

Entre as possíveis consequências e efeitos das irregularidades encontradas na auditoria, o acórdão do TCU destaca que podem ocorrer aquisições ou contratações que não atendam às necessidades da empresa e “aquisições sem o devido caráter competitivo”.

Segundo o TCU, apesar de haver normas na empresa que condenem o nepotismo, entre elas algumas presentes no Código de Ética do Sistema Petrobras, não existem procedimentos de controle ou pessoas responsáveis por verificar os processos e identificar essas irregularidades. Essa falta de regulamentação interna e a desatualização das normas foram apontadas no relatório como principais causas para a ocorrência de nepotismo. O volume total de recursos fiscalizados pelo TCU na empresa somou R$ 732.023.668,80.
— A meu ver, esses contratos deveriam ser suspensos, dependendo da conveniência da administração, ou no mínimo, não renovados. É questão de se avaliar a conveniência; pode ser oneroso substituir os contratados — defende Castello Branco.

O tribunal deu um prazo de 60 dias para que a empresa atualize suas normas internas para contemplar as proibições descritas do decreto nº 7.203/2010, 90 dias para que a empresa “regulamente normativos internos que tratem direta ou indiretamente de nepotismo ou favorecimento indevido de empresas” e informe ao TCU as providências adotas no prazo de trinta dias, a contar do término dos prazos fixados pelo tribunal entre outras recomendações. O objetivo é englobar medidas preventivas e corretivas para uma “futura responsabilização”, diz o acórdão. Um novo documento tratará do acompanhamento do processo e a estatal ainda pode recorrer e pedir prazo maior ao tribunal, informou a assessoria de imprensa do tribunal.


O ministro relator do acórdão, Raimundo Carreiro, destacou também que a Petrobras havia argumentado que as informações fornecidas ao TCU eram sigilosas, mas que “deve ser tratada como informação sigilosa aquela considerada imprescindível para a segurança da sociedade e do Estado, o que não é o caso”. Logo, o tribunal retirou a chancela de sigilo das informações para atender ao direito da população de acesso à informação.
BOLA PRETA: Dilma sabia

Dilma sabia e poderia ter parado o propinoduto, conforme e-mail enviado a ela por Paulo Roberto Costa.

Dilma sabia e deixou rolar.

Revista Veja, já nas bancas


Antes de se revelar o pivô do petrolão, o maior escândalo de corrupção da história contemporânea brasileira, o engenheiro Paulo Roberto Costa era conhecido por uma característica marcante. Ele era controlador e centralizador compulsivo. À frente da diretoria de Abastecimento e Refino da Petrobras, nenhum negócio prosperava sem seu aval e supervisão direta. Como diz o ditado popular, ele parecia ser o dono dos bois, tamanha a dedicação. De certa forma, era o dono — ou, mais exatamente, um dos donos —, pois já se comprometeu a devolver aos cofres públicos 23 milhões de dólares dos não se sabe quantos milhões que enfiou no próprio bolso como o operador da rede de crimes que está sendo desvendada pela Operação Lava-Jato.

Foi com a atenção aguçada de quem cuida dos próprios interesses e dos seus sócios que, em 29 de setembro de 2009, Paulo Roberto Costa decidiu agir para impedir que secassem as principais fontes de dinheiro do esquema que ele comandava na Petrobras. Costa sentou-se diante de seu computador no 19º andar da sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, abriu o programa de e-mail e pôs-se a compor uma mensagem que começava assim:

“Senhora ministra Dilma Vana Rousseff...”.

O que se segue não teria nenhum significado mais profundo caso fosse rotina um diretor da Petrobras se reportar à ministra-chefe da Casa Civil sobre assuntos da empresa. Não é rotina. Foi uma atitude inusitada. Uma ousadia. Paulo Roberto Costa tomou a liberdade de passar por cima de toda a hierarquia da Petrobras para advertir o Palácio do Planalto que, por ter encontrado irregularidades pelo terceiro ano consecutivo, o Tribunal de Contas da União (TCU) havia recomendado ao Congresso a imediata paralisação de três grandes obras da estatal — a construção e a modernização das refinarias Abreu e Lima, em Pernambuco, e Getúlio Vargas, no Paraná, e do terminal do Porto de Barra do Riacho, no Espírito Santo.

Assim, como quem não quer nada, mas querendo, Paulo Roberto Costa, na mensagem à senhora ministra Dilma Vana Rousseff, lembra que no ano de 2007 houve solução política para contornar as decisões do TCU e da Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional.

Também não haveria por que levantar suspeitas se o ousado diretor da Petrobras que mandou mensagem para a então ministra Dilma Rousseff fosse um daqueles barnabés convictos, um “caxias”, como se dizia antes nas escolas e no Exército de alguém disposto a arriscar a própria pele em benefício da pátria. Em absoluto, não foi o caso.

Paulo Roberto Costa, conforme ele mesmo confessou à Justiça, foi colocado na Petrobras em 2004, portanto cinco anos antes de mandar a mensagem para Dilma, com o objetivo de montar um esquema de desvio de dinheiro para políticos dos partidos de sustentação do governo do PT. Ele estava ansioso e preo­cupado com a possibilidade de o dinheiro sujo parar de jorrar. É crível imaginar que em 29 de setembro de 2009 Paulo Roberto Costa, em uma transformação kafkiana às avessas, acordou um servidor impecável disposto a impedir a paralisação de obras cruciais para o progresso da nação brasileira? É verdade que às vezes a vida imita a arte, mas também não estamos diante de um caso de conversão de um corrupto em um homem honesto da noite para o dia. (Veja)


sexta-feira, 21 de novembro de 2014

BOLA PRETA: Dilma sabia

Amanhã nas bancas, no tablet e no iPhone!


BOLA PRETA: Chega de PT, o País não aguenta mais.

O PETISMO E O CÓDIGO INTERNACIONAL DE DOENÇAS

por Percival Puggina.
Artigo publicado em 18.11.2014

Em sessão com clima de anúncio relevante, a presidente da Petrobras Graça Forster montou no cavalo encilhado dos escândalos e assumiu seu lugar à mesa dos trabalhos com fisionomia de atendente de UTI de Pronto Socorro, em final de turno, numa segunda de Carnaval. Do cabelo à ponta do nariz, tudo que podia desabar tinha desabado. Afinal, as horas antecedentes não haviam sido moleza. Todos os grandes senhores das empreiteiras nacionais, que eram recebidos com tapete vermelho nos gabinetes da empresa, estavam dormindo no chão do xadrez. Delações premiadas espocavam de toda parte e lembravam extrações da Loteria Federal. Às avessas. Milhões regurgitavam de todos os cantos.

Os sólidos muros da impunidade tombavam pelo simples fato de que ainda há juízes em Curitiba e lá está o celebérrimo magistrado federal Sérgio Moro, a quem a capital paranaense já deve uma estátua no meio da Praça Carlos Gomes.

A presidente da empresa iria anunciar providências. Eram necessárias. Dois dias antes, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, chamado às falas, mostrou porque o antipetismo é tão indispensável ao país. Estas investigações, havia dito ele, não podem ser vistas "como o 3º turno da eleição presidencial". Chegará o dia em que esse petismo desabrido vai entrar para o CID-10 (Código Internacional das Doenças).


Voltando à Graça e aos perigos do petismo delirante. Qual o anúncio feito por aquela senhora de quem já se disse ser tão competente e familiarizada com a empresa que conhece como ninguém? Ela anunciou a criação de uma diretoria para fiscalizar as diretorias. Não é genial? É algo assim como uma presidência para fiscalizar a presidência. Pelo que se sabe, ninguém ainda foi cogitado e, principalmente, claro, não há partidos interessados.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

BOLA PRETA: Quem vai tirar a Graça Foster da Petrobras, ela sabia da propina.

Situação de Graça Foster é insustentável

Graça Foster e Dilma

Coluna na Veja
Rodrigo Constantino
Análises de um liberal sem medo da polêmica

 Há certas coisas que nos forçam a constatar que o Brasil ainda não é um país sério. Em qualquer lugar do mundo a presidente de uma empresa como a Petrobras, mergulhada num mar de lama com infindáveis escândalos de corrupção, já teria caído faz tempo. No Japão, teria vergonha de sair na rua, e talvez até colocasse um fim na própria vida para evitar a humilhação. No Brasil, ela dá entrevistas confessando saber da propina holandesa há meses, e fica por isso mesmo. Disse Graça Foster:

“Passadas algumas semanas, alguns meses [da investigação interna da Petrobras], eu fui informada de que havia, sim, pagamentos de propina para empregado ou ex-empregado de Petrobras. Imediatamente, e imediatamente é “imediatamente”, é que informamos a SBM de que ela não participaria de licitação conosco enquanto não fosse identificada a origem, o nome de pessoas que estão se deixando subornar na Petrobras. E é isso que aconteceu, tivemos uma licitação recente, para plataformas nos campos de Libra e Tartaruga Verde, e a SBM não participou”.

E diz isso assim, na maior normalidade, como se fosse a coisa mais natural do mundo. Então ela sabia da propina, algo que não confessou antes, mas sua única medida tomada foi tirar a empresa das novas licitações? Só isso? Por que as “investigações” internas que não deixariam “pedra sobre pedra” não trouxeram à tona os nomes dos corruptos dentro da empresa?

Foster insiste, ainda, que não há nada “avassalador” nesses casos divulgados pela imprensa e expostos pelo trabalho independente do Ministério Público e da Polícia Federal. Como é? Nada “avassalador”? O que seria avassalador então? Afinal, um subalterno de Renato Duque, o homem do PT na diretoria da estatal, disse que vai devolver US$ 100 milhões. Um subordinado do diretor ligado ao PT! Um simples gerente! Sozinho, cem milhões de dólares!

Imagina o que significa “avassalador” na cabeça de Graça Foster. Talvez o padrão PT de corrupção tenha mexido com seus conceitos, e ela pense que cem milhões de dólares são troco. Talvez ela ache que desvios bilionários na empresa que pertence ao povo brasileiro sejam algo aceitável, um pequeno contratempo a ser superado sem maiores dificuldades.

É uma situação completamente insustentável. Só no Brasil mesmo alguém como Graça Foster continua no comando da maior empresa do país depois de tudo o que já emergiu do pântano, e que não sabemos se esgota ou não a podridão montada pela quadrilha incrustada na Petrobras. A permanência de Foster como CEO da empresa é a triste evidência de que ainda precisamos evoluir muito para sermos um país levado minimamente a sério…


quarta-feira, 19 de novembro de 2014

BOLA PRETA: Quero ver os chefes quando serão acusados

Combate à corrupção não é obra de Dilma

JOSÉ NÊUMANNE
O ESTADO DE S.PAULO - 19/11


Acredite quem quiser: a presidente reeleita, Dilma Rousseff, tentou, na reunião do G-20 na Austrália, da forma canhestra que lhe é habitual, tirar proveito da notícia da prisão de empreiteiros na sétima etapa da Operação Lava Jato. Como se esta fosse uma obra de sua administração, a exemplo do PAC, do Bolsa Família e do Minha Casa, Minha Vida. Em sua peculiar versão sobre os fatos da atualidade, teve o desplante de exaltar como mérito do próprio governo o fato de agora se investigar a corrupção "pela primeira vez na História do Brasil".

Como diria Jack, o Estripador, vamos por partes. Primeiramente, a roubalheira na Petrobrás é, sim, e disso ninguém tem mais como discordar, o maior escândalo de corrupção da História do Estado brasileiro, desde que o português Tomé de Souza desembarcou na Bahia para ser nosso primeiro governador-geral. Nada se lhe compara em grandeza de valores, vileza de ações e resultados funestos para uma empresa criada para tornar concreto o lema da esquerda nos anos 50 do século passado - "o petróleo é nosso". O petróleo, descobriu-se agora, não é nosso, é deles: do PT, dos partidos da base, de desavergonhados funcionários de carreira da petroleira e de doleiros delinquentes.

Ainda não apareceram indícios na investigação de que Dilma e seu antecessor na Presidência, Lula da Silva, tivessem tirado algum proveito financeiro do butim. Mas não há mais dúvidas de que ambos estavam a par de tudo. Sabe-se disso não apenas por ter o doleiro Alberto Youssef, um meliante de terceira categoria do Norte do Paraná, contado em delação premiada a agentes federais e promotores. Há provas documentais e históricas, como acaba de revelar o Estado: em 2009, o Tribunal de Contas da União (TCU), no exercício de sua assessoria ao Legislativo, avisou o Congresso que não permitisse o repasse de R$ 13,1 bilhões à Petrobrás porque seus fiscais haviam auditado irregularidades em obras da estatal. O Congresso proibiu, Lula vetou a decisão e mandou dar dinheiro às obras suspeitas.

Mas o então presidente não se limitou a vetar os dispositivos orçamentários e liberar as verbas glosadas pelo TCU: também abusou da jactância de hábito ao fazer troça da mania que o órgão teria de "querer mandar em tudo". Se José Sérgio Gabrielli, então presidente da maior empresa brasileira e seu homem de confiança, não lhe contou, o TCU, no mínimo, avisou. Não se pode dizer que Gabrielli seja confiável aos olhos de Dilma, mas, além de ter sido ministra das Minas e Energia, ou seja, responsável pela atuação da estatal e presidente de seu Conselho de Administração, ela, como chefe da Casa Civil, não podia desconhecer o alerta do TCU nem o desafio em forma de veto do chefão e padrinho.

É fato que a oposição não se pode jactar de ter sido a responsável pela revelação do escândalo do petrolão nem dos casos que o antecederam: o mensalão e a execução do prefeito de Santo André e então coordenador de programa de governo da campanha de Lula à Presidência em 2002, Celso Daniel. A descoberta de documento de um "empréstimo" de R$ 6 milhões do operador do mensalão, Marcos Valério Fernandes, a um dos protagonistas do escândalo de Santo André, Ronan Maria Pinto, pela Polícia Federal (PF) nos papéis apreendidos em mãos de Meire Poza, contadora de Youssef, desvendou a conexão entre os três casos. Valério disse há dois anos que deu essa quantia ao empresário de ônibus para sustar chantagem dele contra Lula. O papel é uma evidência de que o mensalão não serviu apenas para comprar apoio de pequenos partidos no Congresso ao governo, mas também para afastar suspeitas de envolvimento da cúpula da gestão federal e do PT não na execução de Celso Daniel, mas no acobertamento dos verdadeiros assassinos, protegidos pela versão da polícia paulista, sob égide tucana (sem aval do Ministério Público), de que o crime teria sido ocasional.

Nestes 13 anos, nos governos Alckmin, Lembo, Serra e Goldman, a oposição não se aproveitou do fato de comandar a polícia estadual paulista para produzir sequer uma investigação decente que convencesse a família de que a morte de Daniel teria sido casual. Como é de conhecimento geral, tucanos e democratas também nada tiveram que ver com a delação do petebista Roberto Jefferson sobre o mensalão, escândalo do qual foi protagonista José Janene, um dos autores intelectuais da roubalheira na Petrobrás, que teria resultado na lavagem de R$ 10 bilhões.

A Operação Lava Jato é um trabalho que a Nação não deve a nenhum "sinal verde" de Dilma ou de Lula nem à denúncia de tucano algum. Mas, sim, às divisões internas da Polícia Federal, ao poder autônomo do Ministério Público Federal, à competência técnica e ao tirocínio corajoso e probo do juiz federal paranaense Sérgio Moro. O sucesso das investigações também se deve à delação premiada, à qual o "Paulinho" de Lula e "Beto" Youssef recorreram para não padecerem o que hoje padece Marcos Valério por ter achado que seus poderosos parceiros não o abandonariam. Não houve ordem "republicana" para investigar, processar e prender todos os culpados, "doa a quem doer". Nem denúncias de uma oposição indolente e nada vigilante.

Dilma também anunciou em Brisbane que a Lava Jato pôs fim à impunidade. Bem, aí depende! A impunidade no Brasil já teve um grande baque com as condenações do mensalão. Graças ao relatório de implacável lógica de Joaquim Barbosa, políticos tiveram a inédita sensação de eleitores serem iguais a eleitos perante a lei. As diferenças na execução penal, contudo, mostram que essa igualdade continua relativa: a banqueira, os advogados e o publicitário continuam na cadeia e os insignes companheiros que tinham mandato ou ministério estão "presos" em casa.


A prisão dos empreiteiros mostra que a delação premiada é mesmo pra valer. Mas os políticos eventualmente delatados ainda continuam soltos.

BOLA PRETA: Ladrões e mais ladrões no governo federal



Renato Duque, que roubava a Petrobras para o PT, tem uma "verdadeira fortuna" depositada no exterior, segundo juiz Moro.

O juiz federal Sérgio Moro decidiu converter em preventiva (sem prazo) as prisões temporárias que venciam nesta terça-feira, 18, de dois executivos da OAS, dois da Camargo Corrêa e um da UTC Engenharia e do ex-diretor de Engenharia e Serviços da Petrobrás Renato Duque – ligado ao PT. Os executivos são acusados de integrarem o chamado “clube” da propina – que loteava obras da estatal corrompendo políticos e agentes públicos. Duque seria o elo do grupo para divisão dos contratos.

As provas apontam que ele (Duque), à semelhança de Paulo Roberto Costa (23 milhões de dólares) e de Pedro Barusco (100 milhões de dólares), mantém verdadeira fortuna em contas secretas mantidas no exterior, com a diferença de que os valores ainda não foram bloqueados, nem houve compromisso de devolução”, escreveu o magistrado.

E continua: “Dispondo de fortuna no exterior e mantendo-a oculta, em contas secretas, é evidente que (Duque) não pretende se submeter à sanção penal no caso de condenação criminal”, assinala o juiz ao fundamentar a necessidade da preventiva de Duque. “Corre-se, sem a preventiva, o risco do investigado tornar-se foragido e ainda fruir de fortuna criminosa, retirada dos cofres públicos e mantida no exterior, fora do alcance das autoridades públicas”.


Para Moro, não se pode separar o núcleo empresarial do núcleo financeiro de lavagem de dinheiro coordenado pelo doleiro Alberto Youssef, nem dos demais envolvidos. “Os crimes narrados nas peças retratam uma empreitada delituosa comum, com a formação do cartel das empreiteiras, as frustrações das licitações, a lavagem de dinheiro, o pagamento de propina a agentes da Petrobrás e as fraudes documentais, todo o conjunto a merecer idênticas consequências.” (Estadão)

terça-feira, 18 de novembro de 2014

BOLA BRANCA: Taca- lê pau imprensa e oposição, precisamos saber quem chefiava tudo


BOLA BRANCA: A oposição é democrática e necessária

Mensagem postada por Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, sobre o agravamento das denúncias sobre a corrupção na Petrobras.

 “Só agora, após as eleições, confrontada com a gravidade dos fatos, a presidente Dilma Rousseff reconhece publicamente a existência de corrupção na Petrobras.

E surpreende o País ao reagir ao noticiário como se fosse apenas uma espectadora, uma cidadã indignada, como se o seu governo não tivesse nenhuma responsabilidade com o que ocorreu na empresa nos últimos anos. Como se não tivesse sido ela a presidente do Conselho de Administração da Petrobras, responsável pela aprovação de inúmeros negócios, hoje sob investigação.

Durante a campanha eleitoral, a candidata Dilma tentou virar as costas para a realidade das denúncias. Agora, é a presidente Dilma que tenta se afastar da mesma realidade ao agir como se a Petrobras não fizesse parte do seu governo.

Agindo assim, a presidente zomba da inteligência dos brasileiros, além de desrespeitar a Polícia Federal, ao tentar convencer o País de que as investigações só ocorrem graças à decisão ou permissão do governo. Esquece, mais uma vez, que a Polícia Federal é uma instituição do Estado brasileiro e não do governo, serve ao País e não aos interesses do governo.

Durante a campanha eleitoral, convidei a candidata Dilma Rousseff a pedir desculpas ao Brasil pelo que acontecia na empresa, o que ela se negou a fazer.


Agora que reconhece, ainda que tardiamente, a existência de corrupção, faço novamente o mesmo convite: Presidente, a senhora não acha que está na hora de pedir desculpas ao País pelo que o seu governo permitiu que ocorresse com a Petrobras?”

BOLA PRETA: A roubalheira continua aparecendo e vem mais...

Desvio de recursos pode ter chegado ao setor elétrico, aponta investigação.


PF encontrou planilha da Hidrelétrica de Jirau com auxiliar de doleiro preso.

Documentos apreendidos na Operação Lava Jato indicam que o esquema de desvio de dinheiro não teria ocorrido somente na Petrobras, mas pode ter se estendido para outros setores.
De acordo com reportagem do jornal "O Globo", a Polícia Federal encontrou uma planilha da Hidrelétrica de Jirau na mesa de João Procópio de Almeida Prado, apontado como o braço direito do doleiro Alberto Youssef. Segundo a PF, Youssef era o chefe do esquema de lavagem de dinheiro investigado pela Lava Jato, que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões.

BOLA PRETA: Apenas 5 acordos feitos com os corruptos do Petrolão vão devolver R$ 423 milhões para a Petrobras. E o que os outros roubaram nos últimos 12 anos, como será recuperado?


 João Vaccari Neto, o tesoureiro honorário do PT, operava todo o esquema e continua ganhando R$ 20 mil mensais como conselheiro de Itaipu. Cuidado com as turbinas!

Numa série de acordos e confissões de fraudes sem paralelo em processos judiciais brasileiros, cinco delatores da Operação Lava-Jato já se comprometeram a devolver R$ 423 milhões. As somas já estão bloqueadas em contas no Brasil e no exterior, e a devolução aos cofres públicos depende apenas de decisões judiciais burocráticas. Só o ex-gerente Pedro Barusco, um dos supostos cúmplices do ex-diretor de Serviços Renato Duque, firmou compromisso de devolver aproximadamente US$ 100 milhões, algo em torno de R$ 253 milhões, segundo disse ao GLOBO uma autoridade que acompanha o caso.

O valor é superior ao que a presidente Dilma Rousseff e o senador Aécio Neves (PSDB) teriam gasto, cada um, durante a campanha eleitoral deste ano. Dilma planejou despesas da ordem de R$ 300 milhões. Os gastos de Aécio teriam ficado em torno de R$ 290 milhões. Trata-se também do maior volume de recursos a ser devolvido a partir de acordos de delação premiada no país. Até então, a maior quantia a ser devolvida por um delator era a do ex-secretário de Assuntos Institucionais do Distrito Federal Durval Barbosa, operador do mensalão do DEM. Dinheiro e bens a serem devolvidos por Barbosa giram na casa dos R$ 100 milhões, conforme cálculos do Ministério Público local.

A escalada de delações, associada à confissão de culpa e à devolução de dinheiro desviado, começou com o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. O ex-diretor entregou a estrutura de corrupção em contratos de empreiteiras com a Petrobras e assumiu por escrito o compromisso de devolver aproximadamente R$ 70 milhões. Desse total, US$ 23 milhões (R$ 58 milhões) estão bloqueados em contas bancárias na Suíça. Com o caminho aberto, o seu ex-cúmplice no esquema, o doleiro Alberto Youssef, também decidiu confessar envolvimento com a corrupção e entregar aproximadamente R$ 50 milhões.

Não demorou, o executivo Júlio Camargo, da Toyo Setal, decidiu fazer o mesmo. O empresário concordou em pagar R$ 40 milhões a título de ressarcimento dos cofres públicos e contar ao Ministério Publico como e para quem pagou propina em troca de contratos com a maior estatal brasileira. Augusto Ribeiro, outro executivo da Toyo Setal, dispôs-se a pagar R$ 10 milhões e também complementar os relatos sobre os subornos de dirigentes da Petrobras e de intermediários das negociatas.

Os procuradores da força-tarefa da Operação Lava-Jato estavam cientes da importância histórica dos valores a serem devolvidos pelos delatores. Numa cartada emblemática, procuradores obtiveram o compromisso de que Barusco devolverá aproximadamente US$ 100 milhões. Parte do dinheiro, US$ 20 milhões, já está bloqueada em contas na Suíça. Barusco é ligado a Renato Duque, que ocupou a diretoria de Serviços da Petrobras até 2012 por indicação do PT. Barusco dediciu entregar o dinheiro depois de terem sido denunciados por Camargo e Ribeiro.

“DEPOIMENTOS DETALHADOS”
“Com efeito, os depoimentos transcritos são bastante detalhados, revelando pagamentos de propinas em diversas obras da Petrobras, como na Repav, Cabiúnas, Comperj, Repar, Gasoduto Urucu Manaus, Refinaria Paulínea, a Renato Duque e ainda a gerente da Petrobras de nome Pedro Barusco, com detalhes quanto ao modus operandi e as contas no exterior creditadas”, sustenta o juiz Sérgio Moro ao decretar a prisão de Duque e outros 26 investigados na Lava-Jato, na semana passada.

Barusco só não foi preso porque decidiu colaborar com a Justiça e devolver o dinheiro desviado. Os acordos de delação e devolução de expressivas somas em espécie são resultado do trabalho de procuradores da força-tarefa e de Sérgio Moro. Um dos procuradores, Carlos Fernando, e Moro são especialistas na questão.

Paulo Roberto Costa decidiu abrir o jogo ao Ministério Público e à Polícia Federal numa tentativa de evitar as prisões das filhas e dos genros, também acusados de envolvimento com a movimentação de dinheiro de origem ilegal. Segundo um de seus advogados, ele estava deprimido e decidiu contar tudo e devolver o dinheiro como uma forma de libertação.


Alberto Youssef resistiu longamente, mas acabou decidindo colaborar por pressão da mulher e da filha. Elas tinham receio de que o pai tivesse destino parecido com o de Marcos Valério, o operador do mensalão do PT. Valério foi condenado a mais de 40 anos de prisão. Os outros cúmplices foram punidos com penas menores, e muitos deles já estão soltos. Os outros delatores também começaram a contar o que sabem por medo de permanecerem longos anos na cadeia. (O Globo)

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

BOLA PRETA: Ideologia canalha tentando cooptar alunos

Os companheiros privatizaram a verdade

GUILHERME FIUZA
REVISTA ÉPOCA

A EDUCAÇÃO BRASILEIRA ESTÁ EMPESTEADA DO VÍRUS IDEOLÓGICO QUE PROSTITUI A VERDADE


Teste de história para o 3" ano do ensino médio, numa escola particular do Rio de Janeiro bem colocada no ranking acadêmico:

“O presidente eleito (FHC) governou o Brasil por dois mandatos, iniciando a consolidação da política neoliberal no país, principiada pelos presidentes Collor e Itamar Franco”. Sobre os dois mandatos (1995-2002), pode-se afirmar que se caracterizam:

e) pelo limitado crescimento econômico; privatização das empresas estatais; diminuição do tamanho do Estado; e apagão energético, que levou ao racionamento e ao aumento do custo da energia.

A alternativa "e", acima, é a resposta correta, segundo o professor que aplicou o teste. As quatro alternativas erradas são recheadas de bondades sociais, naturalmente identificadas pelos isentos elaboradores do teste com os governos do PT - muito distantes das maldades neoliberais de FHC. É muito grave o que acontece no Brasil. Um arrastão que mistura má-fé e credulidade empreende uma lavagem cerebral no país.

Vamos repetir o termo, para destacá-lo da frase anterior, que ficou um pouco longa: lavagem cerebral.

O exemplo acima é um retrato triste, vergonhoso, do que se passa nas bases da civilização brasileira. A transmissão do conhecimento no Brasil está empesteada pelo vírus ideológico - aquele que sabota a cultura e prostitui a verdade. Nada, absolutamente nada, pode ser mais grave para uma civilização. A quebra da confiança no saber destrói uma sociedade. Quando os monstros nazistas e comunistas foram pegos na mentira, o flagelo social já estava consumado - com a complacência da coletividade.

O PT caminha para 16 anos no poder. Engana-se quem vê inflação e recessão como os piores produtos de uma gestão desonesta. O pior produto é o envenenamento das instituições - gradual, sorrateiro, letal. O brasileiro, esse ser dócil, acha que o julgamento do mensalão foi um filme de época. Recusa-se a perceber que aquele golpe (submeter o patrimônio público a interesses partidários) se aprofunda há 12 anos. O PT montou uma diretoria na Petrobras para a sucção bilionária do dinheiro do contribuinte. Qual é o grande escudo para mais esse assalto?

É a lavagem cerebral. O Brasil engole o assalto petista porque está embriagado dos clichês de bondade, associados aos heróis da vagabundagem. Eles são administrativamente desastrosos e contam com grande elenco de pilantras condenados, mas pelo menos não são "neoliberais de direita". É esse o truque tosco do teste escolar aqui citado.
O que é uma "política neoliberal", prezados mestres da panfletagem? Por acaso vocês se referem à abertura econômica do país, com o avanço de prosperidade dela advindo? Claro que não. Vocês citaram "neoliberal" como um palavrão, cuspido pelo filho do Brasil num desses palanques em que ele mora. Vocês não têm nem uma pontinha de vergonha de resumir os anos FHC a um "limitado crescimento econômico" - tendo sido esse o governo que deu ao Brasil uma moeda de verdade?

Não, Ok. Vocês não têm vergonha de nada. Nem de escrever que, nesse período, se deu "a privatização das empresas estatais". Como assim? Todas? Acrescentem ao menos: com exceção de empresas como Petrobras, Correios e Banco do Brasil, que permaneceram públicas para que os companheiros pudessem fazer nelas seus negócios privados. Vocês também poderiam, prezados mestres da educação brasileira, escrever que FHC privatizou a telefonia agonizante e, assim, melhorou a vida dos pobres. Não, desculpem: os pobres pertencem a vocês, e a seus patrões petistas. "Privatização das empresas estatais" - mais um palavrão ideológico, cuspido nos ouvidos de estudantes adolescentes. Prezados professores: vocês são uns covardes.

Nem merece retificação a referência ao "apagão" - que só aconteceu nas suas mentes obscuras. O que vocês devem admirar é a mentira progressista das tarifas de energia e gasolina, que finge dar ao consumidor o que rouba do contribuinte. Ou os truques da contabilidade criativa e do adestramento de dados no Ipea e no IBGE.


O país é hoje comido por dentro. Só passará no vestibular se responder a uma questão, antes de qualquer outra: Dilma sabia ou não sabia do petrolão? Tapem os ouvidos, prezados lavadores de cérebros