sábado, 25 de abril de 2015
terça-feira, 21 de abril de 2015
BOLA PRETA: Dilma sanciona aumento de verba do fundo partidário para R$ 867 milhões.
Apesar do corte de gastos em
nome do ajuste fiscal atingir diversas áreas estratégicas do governo, a
presidente Dilma Rousseff, pressionada pelo PT, sancionou ontem, sem vetos,
dentro do Orçamento Geral da União a verba do fundo partidário — três vezes maior
neste ano. Parte do recurso, de R$ 867,56 milhões, deve, no entanto, ser
contingenciada. As definições sobre isso ocorrerão após análise do
comportamento da arrecadação e das votações sobre o plano de ajuste fiscal do
governo federal no Congresso.
Na semana passada, o PT
decidiu proibir que seus diretórios recebam doações de empresas, como resposta
ao escândalo de corrupção investigado na Operação Lava-Jato. A resolução tem
que ser referendada no congresso do PT, em junho, na Bahia. Para que a proibição
se sustente, a legenda conta com a ampliação do fundo partidário, sancionada
ontem.
Entendemos que a democracia
tem um custo. A opinião do PT, ela (Dilma) já conhece. Nesses termos (sem
veto), o congresso do PT deve ratificar essa decisão de proibir doação
empresarial — disse o líder do PT na Câmara, deputado Sibá Machado (AC).
O aumento da verba para o
fundo foi incluído pelo relator do Orçamento, senador Romero Jucá (PMDB-RR),
sob o argumento de que valeria como um teste para a tese do financiamento
público de campanhas eleitorais, defendida pelo PT em sua proposta de reforma
política. Mas, o próprio PMDB — que é favorável às doações de empresas — passou
a pedir publicamente que Dilma vetasse a ampliação e que mantivesse os valores
de 2014: R$ 289,56 milhões. Os peemedebistas alegavam que os recursos
triplicados para o fundo poderiam prejudicar o ajuste fiscal defendido pelo
governo.
Segundo fontes do governo, o
corte deverá ser de R$ 70 bilhões — um meio termo entre o que quer a equipe
econômica e o que deseja o núcleo político. O ministro da Fazenda, Joaquim
Levy, defende um corte de R$ 80 bilhões, para cumprir a meta do superávit
primário (economia para o pagamento de juros da dívida pública) deste ano —
1,2% do Produto Interno Bruto (PIB).
A área política quer um
corte entre R$ 50 bilhões a R$ 60 bilhões, valor que atingiria investimentos do
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e projetos sociais, mas não
paralisaria a máquina pública.
Fonte: Globo
sábado, 18 de abril de 2015
BOLA PRETA: Dizem que se o novo tesoureiro do PT acabar preso também, o PT poderá pedir música no fantástico, pois terá três tesoureiros presos.
Novo tesoureiro do PT
recebeu de Vaccari R$ 95.000 de
empreiteira do clube do bilhão
O novo tesoureiro nacional
do PT, Márcio Macêdo, recebeu no ano passado uma doação de 95.000 reais da
Construtora Andrade Gutierrez S/A, uma das empreiteiras que faziam parte do
cartel do petrolão. A contribuição foi repassada a Macedo pela Direção Nacional
do PT, cujo caixa era comandado por João Vaccari Neto, preso nesta quarta-feira
pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. Vaccari foi afastado da secretaria
de Finanças do partido sob suspeita de ter intermediado junto a empreiteiras
fornecedoras da Petrobras pagamentos de propina dissimulados como doações
oficiais de campanha, registrados no Tribunal Superior Eleitoral. Em 2014,
Macêdo não se reelegeu para seu segundo mandato como deputado federal por
Sergipe e atualmente é suplente da bancada. Ele arrecadou ao todo 493.726,94
reais - 25% (123.500 reais) repassados por Vaccari. Além da Andrade Gutierrez,
a outra parcela de 28.500 reais era uma doação da Fator Empreendimentos e
Participação, do ramo imobiliário paulista. (Felipe Frazão, de São Paulo)
quinta-feira, 16 de abril de 2015
BOLA PRETA: Ideologia em sala de aula é um péssimo exemplo.
PEDOFILIA
POLÍTICA
por
Percival Puggina.
Artigo publicado em 15.04.2015
Parece que nos habituamos a
esse tipo de abuso. Nós, brasileiros, não éramos assim, inquilinos discretos de
uma casa de tolerância, que não se envolvem com o que se passa nos salões.
Gradualmente, porém, graças
ao trabalho que já leva uma década do movimento Escola sem Partido, o país
começa a perceber que nossas salas de aula se converteram em espaço
privilegiado para "fazer a cabeça" dos alunos pelos moldes da cabeça
dos professores. Qualquer estudo cuidadoso dos livros didáticos, qualquer
conversa de cinco minutos com aluno de qualquer escola, permite perceber o
problema e ouvir relato desses abusos praticados por centenas de milhares de
professores, país afora. É um escândalo nacional que já leva mais de 40 anos! E
não distingue escola pública de escola privada.
O professor é a autoridade
no seu pedaço. Presumivelmente sabe das coisas. Ele é maior, mais idoso, olha
os alunos de cima, aplica provas, dá notas e decide sobre quem será aprovado ou
reprovado. Partindo desse poder, muitos, muitíssimos, multidões deles, se veem
no direito de invadir os cérebros infantis e juvenis com uma das mais perversas
ideologias concebidas pela mente humana. Passam a trabalhar como a aranha que
capturou suas presas numa teia, envolvendo-as com a baba de uma conversa fiada
cujo principal efeito é paralisar neurônios. Quantas crianças ou adolescentes
brasileiros chegam às escolas trazendo na mochila explicações marxistas sobre
história, economia e sociedade? Nenhuma!
Tais conteúdos, porém, lhes
são solertemente ministrados nos livros didáticos distribuídos pelo Ministério
da Educação e reproduzidos por uma legião de militantes, abusadores, pedófilos
da política, que se aproveitam da própria autoridade, muitas vezes para
ridicularizar (eles dizem "problematizar") conceitos que as crianças
e jovens aprenderam no espaço legítimo da própria família. Essa praga não
distingue escolas públicas e privadas. As mais fracassadas utopias, as mais
equivocadas explicações dos fenômenos sociais e os mais mal sucedidos métodos
pedagógicos são vendidos como emanações do cume do saber (ou como calda de
chocolate no sorvete do conhecimento).
Lá em Santana do Livramento,
quando criança, a gente chamava "provalecido", ou, corretamente,
prevalecido, o sujeito grandalhão que se valia do tamanho para maltratar os
menores. Os alunos mutilados intelectualmente por esses abusadores, tornam-se,
depois, com suas muito prováveis frustrações, presas fáceis de partidos que, na
vida política, explicam sua situação com o discurso que aprenderam em sala de
aula. Pois essa multidão de "provalecidos" intelectuais, de pedófilos
da política, de abusadores, estão com dias contados. Vem aí, como produto do
meritório trabalho do movimento Escola sem Partido, uma lei para proibi-los de
fazer o que fazem. Pode ser que superado esse obstáculo, que vem formando
multidões de analfabetos funcionais, tolhidos, dentro das salas de aula, em sua
capacidade de promover a auto-realização, o Brasil acerte passo com o progresso
social.
quarta-feira, 15 de abril de 2015
BOLA BRANCA: Mais um petista na cadeia. O aparato de proteção da sociedade - Justiça e Polícia - está chegando perto dos Chefes.
Vaccari Neto, Tesoureiro do PT, é preso na 12ª etapa da Operação
Lava Jato
O tesoureiro do PT, João
Vaccari Neto, foi preso nesta quarta-feira (15) na 12ª etapa da Operação Lava
Jato, de acordo com informações da Polícia Federal, que realizou a prisão. Ele
é investigado por suspeita de receber propina em esquema de corrupção na Petrobras.
O mandado contra Vaccari é de prisão preventiva e ele foi detido em casa, em
São Paulo.
A polícia prendeu também a
cunhada de Vaccari, Marice Correa. O mandado dela é de prisão temporária. Marice também aparece
em investigações sobre o pagamento de propina no esquema da Petrobras.
Além da prisão de Vaccari e da cunhada, a PF
executa mandado de condução coercitiva contra a mulher dele, que está sendo
ouvida pelos policias em casa. Na condução coercitiva, a pessoa presta
depoimento e é liberada.
sábado, 11 de abril de 2015
BOLA PRETA: Amanha o povo brasileiro, nas ruas, vai mostrar que a Dilma continua caindo. Vamos para as ruas mostrar a nossa insatisfação.
Aprovação do governo de Dilma Rousseff fica estável em pesquisa do
Datafolha.
A popularidade da presidente
Dilma Rousseff parou de cair, segundo pesquisa do Datafolha publicada neste
sábado (11/4). Para 13% das pessoas ouvidas, Dilma faz um governo bom ou ótimo,
a mesma porcentagem mostrada no levantamento de março, enquanto para 60% a
administração é ruim ou péssima, apenas dois pontos a menos do que na pesquisa
anterior. Também ficaram estáveis as expectativas dos entrevistados em relação
à economia. Na opinião de 78% das pessoas ouvidas a inflação deverá aumentar no
próximo período, para 70% o desemprego vai crescer e para 58% a situação
econômica do País deve piorar. A pesquisa foi realizada nos dias 9 e 10 de
abril com 2.834 pessoas em 171 municípios. A margem de erro máxima é de dois
pontos porcentuais. (Agência Estado)
BOLA BRANCA: Mais um petista preso. Chega de impunidade!
André Vargas, esse Deputado do PT, que era vice-presidente da Câmara dos Deputados, em uma solenidade quando o Ministro Joaquim Barbosa foi sentar-se, por protocolo, ao seu lado ele levantou o braço com o punho cerrado, gesto de guerrilheiros que vinham sendo feitos pelos petistas corruptos José Dirceu e José Genoíno, para provocar o Ministro.
Pois é esse aí preso na viatura da Polícia Federal é o André Vargas, pego na operação Lava Jato.
sexta-feira, 10 de abril de 2015
quarta-feira, 8 de abril de 2015
BOLA BRANCA: Supremo Tribunal Federal anula decreto da Dilma que beneficiava o MST e assim garante o direito de propriedade.
Decano do STF invalida
decreto presidencial que expropriou fazenda em São Paulo
Quarta-feira,
08 de abril de 2015
O decano do Supremo
Tribunal Federal (STF), ministro Celso de Mello, invalidou o decreto
presidencial de 26 de dezembro de 2013, que declarou de interesse social, para
fins de reforma agrária, o imóvel rural denominado “Fazenda Vista Alegre”,
situado no município de Dracena (SP). Na decisão proferida no julgamento do
Mandado de Segurança (MS) 32752, o ministro revelou que o imóvel em questão foi
alvo de diversos atos de esbulho possessório, que comprometeram a exploração da
propriedade e, em consequência, o cumprimento de sua função social.
O ministro lembrou
que, no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 2213/DF, o STF
reconheceu, em sede cautelar, a legitimidade constitucional do artigo 2º,
parágrafo 6º, da Lei 8.629/1993, dispositivo segundo o qual o imóvel rural
objeto de invasão, enquanto esta subsistir, não poderá sofrer atos de vistoria,
de avaliação e de desapropriação, vedação que também se estende até aos dois
anos seguintes à desocupação. Na ocasião, o Plenário advertiu que, desde a
invasão por movimentos sociais organizados até dois anos após a desocupação, a
propriedade rural não será alvo de atos de vistoria, de avaliação e de
desapropriação, por interesse social, para efeito de reforma agrária.
O ministro Celso de
Mello assinalou, em sua decisão, que “A prática da violação possessória, além
de configurar ato impregnado de evidente ilicitude, revela-se apta a
comprometer a racional e adequada exploração do imóvel rural, justificando-se,
por isso mesmo, a invocação da ‘vis major’, em ordem a afastar a
alegação de descumprimento da função social”.
Afirmou o ministro
que a prática ilícita do esbulho possessório, que constitui crime (CP, art.
161, § 1º, II), impede que se considere válida a edição de decreto presidencial
consubstanciador de declaração expropriatória, por interesse social, para fins
de reforma agrária, “notadamente naqueles casos em que a direta e imediata ação
predatória desenvolvida pelos invasores culmina por frustrar a própria
realização da função social inerente à propriedade”.
Ordem jurídica
Para o ministro
Celso de Mello, “O Supremo Tribunal Federal, em tema de reforma agrária (como
em outro qualquer), não pode chancelar, jurisdicionalmente, atos e medidas que,
perpetrados à margem da lei e do direito por movimentos sociais organizados,
transgridem, comprometem e ofendem a integridade da ordem jurídica fundada em
princípios e em valores consagrados pela própria Constituição da República”.
Isso porque,
salientou o ministro, o processo de reforma agrária, em nosso país, não pode
ser conduzido de maneira arbitrária, nem de modo ofensivo à garantia
constitucional da propriedade. “Nada justifica o emprego ilegítimo do
instrumento expropriatório, quando utilizado, pelo poder estatal, com evidente
transgressão aos princípios e às normas que regem e disciplinam as relações
entre as pessoas e o Estado”.
O ministro Celso de
Mello observou que essa mesma advertência vale para qualquer particular, movimento
ou organização social que vise, “pelo emprego arbitrário da força e pela
ocupação ilícita de imóveis rurais, a constranger o Poder Público a promover
ações expropriatórias”.
Ao concluir a sua
decisão, o ministro Celso de Mello destacou que “A necessidade de observância
do império da lei e a possibilidade de acesso à tutela jurisdicional do Estado
– que configuram valores essenciais em uma sociedade democrática – devem
representar o sopro inspirador da harmonia social, significando, por isso
mesmo, um veto permanente a qualquer tipo de comportamento cuja motivação
resulte do intuito deliberado de praticar atos inaceitáveis de violência e de
ilicitude, como os atos de invasão da propriedade alheia e de desrespeito à
autoridade das leis e à supremacia da Constituição da República perpetrados por
movimentos sociais organizados, como o MST”.
terça-feira, 7 de abril de 2015
BOLA PRETA: Dilma faz contrato milionário com empresa de festas
SEM-NOÇÃO, DILMA CONTRATA EMPRESA DE FESTAS POR R$ 49 MILHÕES
A economia está em frangalhos, o governo aplica calote até em programas
sociais, mas a presidente Dilma contratou por R$49 milhões a empresa “Shows
Serviços de Festa”, com o objetivo de tornar mais festivos os seus eventos.
Folha Poder.
sexta-feira, 3 de abril de 2015
BOLA BRANCA: O povo tá acordando chega de ser o concordino.
DAVI, GOLIAS E A PÁSCOA
por
Percival Puggina.
Artigo
publicado em 03.04.2015
Quem poderia imaginar, há
uns poucos anos, algo semelhante ao que está acontecendo no Brasil? Quem
poderia antever tanta efervescência política fora dos parlamentos? Quem poderia
conceber tantos Davis nas ruas, renegando o que os Golias proclamavam? Pergunto:
não parecia irresistível a marcha para a construção de um Brasil socialista,
economicamente próspero, socialmente justo, moralmente repaginado e
irresistivelmente petista? Seus apoios eram gigantescos na mídia, na esmagadora
maioria parlamentar, na CNBB, no movimento sindical. Contavam com a dedicada
militância de artistas, celebridades, intelectuais. Funcionava para eles o
conjunto das instituições de ensino. De catedráticos a alfabetizadores, quase
todos trabalhavam pela mesma causa. Quem poderia imaginar, então, o que está
acontecendo?
Mérito, muito mérito para os poucos que, com o
poder da palavra e a força das ideias propagadas nas redes sociais, perceberam
onde se travaria o confronto decisivo. E partiram para o confronto no campo da
cultura. Nesse terreno, deu a lógica. Quem era Davi virou Golias. E quem era
Golias virou Davi. Quero homenagear a esses bravos intelectuais da
contra-corrente na pessoa do Olavo de Carvalho que de modo sistemático, desde
seu retiro na Virgínia, ensinou e ensina milhares de jovens a pensar,
qualificando líderes para o enfrentamento que agora se trava diante de nossos
olhos. Os Golias de ontem, acuados pelos espectros das próprias mentiras,
mistificações, bazófias e degradação moral, vivem um pesadelo antes mesmo de que
a noite sobre eles caia.
Eu creio em Deus. E sei que é tempo de
Pessach, de Páscoa. Nada melhor, para quem tem dedicações cívicas, do que fazer
destes dias tão especiais do ano litúrgico tempo de oração pelo bem do Brasil.
Feliz Páscoa! É tempo de libertação, Brasil!
BOLA BRANCA: Popularidade de Dilma no chinelo.
Os militares e a crise
ELIANE
CANTANHÊDE
O
Estado de S. Paulo - 03/04
Órgãos de inteligência do
governo, principalmente das Forças Armadas, passaram o 31 de março em estado de
alerta para detectar tanto provocações de "oficiais de pijama" quanto
manobras do "exército do Stédile" e, assim, tentar evitar confrontos.
E o que aconteceu? Nada. Poucas vezes antes neste país o 31 de março passou tão
em branco. Desta vez, a crise corre ao largo dos militares.
O temor em Brasília era de
que, neste clima político, com crises variadas, a popularidade de Dilma
Rousseff no chinelo e depois de milhões de pessoas protestando no 15 de março,
o aniversário do golpe militar de 1964 servisse de pretexto para novas
demonstrações de força e embates de rua, com resultados imprevisíveis. O temor
não se confirmou e, no final do dia, a sensação na capital da República era de
alívio.
Foi como se tivesse havido
um acordão entre os militares da reserva e os militantes de Lula/Stédile para
ninguém botar mais lenha na fogueira, para os dois lados não saírem às ruas.
Não houve acordo, obviamente, só uma avaliação fria de que não estão fortes o
suficiente para mobilizar massas e provocar comparações.
Apesar de toda a insinuação
prévia de que haveria novos atos públicos, o PT preferiu se trancar em
"plenárias", lambendo as feridas, preparando o congresso de junho e
tentando traçar o futuro numa frente com MST, CUT, UNE e acessórios que, em
nome de uma guerra extemporânea entre "direita" e
"esquerda", engolem qualquer coisa, até o indigesto desmanche da
Petrobrás.
Essas plenárias do partido
são como uma pausa para pensar, num momento em que a popularidade da presidente
bate no fundo do poço (12% de aprovação?!) e ela reza para São Levy fazer
chover e conseguir aprovar no Congresso as correções dos imensos erros que ela
própria cometeu no primeiro mandato.
Do outro lado, o militar, o
que houve foi mais do mesmo: almoço de oficiais da reserva no Clube Militar,
uma meia dúzia gritando palavras de ordem do lado de fora e outra meia dúzia
fazendo confusão em local fechado de São Paulo. Nada que mereça o título de
"manifestação". Isso só reforça que, desta vez, as Forças Armadas não
têm nenhum protagonismo. Mesmo nos bastidores, os militares debatem a crise
como qualquer cidadão: com espanto. Sem intenções, sem objetivos.
São os agentes políticos que
estão em retiro espiritual, não exatamente por causa da Semana Santa, mas para
tentar entender a dramaticidade do momento, projetar os cenários possíveis e já
se contorcendo para poder mais adiante se encaixar em diferentes hipóteses.
Dilma está em suspenso, à
espera de Levy. Levy depende desesperadamente do Congresso. O Congresso é todo
olhos e ouvidos para as ruas. Lula e o PT, atarantados, pedem socorro para as
centrais e movimentos engajados. Os movimentos engajados descobrem que não é
hora de medir forças com as classes médias irritadas. E a oposição, um tanto
deslocada do centro da cena, fica atenta à panela de pressão para decidir a
hora de aumentar ou de diminuir o fogo. Além de avaliar se poderá, ou não,
assumir algum tipo de liderança nas manifestações de rua e se chegará, ou não,
o momento de jogar algo, ou alguém, na fervura.
A próxima grande
manifestação popular está prevista para 12 de abril, primeiro domingo após a
Páscoa, e deve responder a uma pergunta que não quer calar, no governo, na
oposição, muito particularmente no PMDB: se a explosão de 15 de março vai
aumentar mais e mais, ou se aquele grito bastou e agora a maioria vai preferir
ouvir pela janela, panelas à mão. Ou seja, se aqueles milhões foram às ruas e
se recolheram, ou se foram para ficar.
Os militares estão quietos
no canto deles, mas, além dos advogados, dos policiais federais, dos
procuradores e dos jornalistas, outra categoria que vem trabalhando demais
ultimamente são os agentes de inteligência do governo. Nem eles, porém, têm
resposta para a grande pergunta da crise: no que tudo isso vai dar?
quarta-feira, 1 de abril de 2015
BOLA PRETA: Aos 12 anos do PT afundando o país.
O PT se faz de vítima
Editorial
do Estadão
01/04/2015
Depois de 12 anos no poder,
por força de suas próprias contradições e, sobretudo, da incompetência do
governo Dilma Rousseff, o PT está isolado politicamente no Congresso Nacional e
restrito, nas ruas, ao tímido apoio das organizações sociais e sindicais que
manipula. É a crise mais aguda que enfrenta em 35 anos de existência. Ao longo
dessas décadas mudou muito, principalmente em função da conquista do poder. Mas
num ponto permanece exatamente o mesmo: nos momentos de aperto, apresenta-se
como vítima de algozes impiedosos, os tais “eles”, esses entes abstratos que
agora estão armando um esquema de “cerco e aniquilamento” da legenda, movidos,
é claro, pelo mais torpe dos motivos: não se conformam com o fato de o PT ter
“tirado efetivamente 36 milhões de brasileiros da miséria”.
Esse argumento de esquerda
de botequim é risível fora do ambiente libatório em que germina. Torna-se
patético quando apresentado por dirigentes partidários com o aval de Lula e do
presidente nacional Rui Falcão. Vira sintoma de patologia grave quando aprovado
em reunião dos 27 diretórios regionais, com a presença do ex-presidente da
República e de membros da Executiva nacional. Foi o que aconteceu na
segunda-feira passada na capital paulista.
Lavrado nos termos do
populismo maniqueísta de Lula – que divide o País entre “nós” e “eles” e
durante o encontro proclamou que “o PT não pode ficar acuado diante dessa
agressividade odiosa” – o manifesto petista declara: “Não toleram (“eles”,
claro) que, pela quarta vez consecutiva, nosso projeto de País tenha sido
vitorioso nas urnas” e os “maus perdedores no jogo democrático tentam agora
reverter, sem eleições, o resultado eleitoral”. Em resumo: “Querem fazer do PT
bode expiatório da corrupção nacional e das dificuldades passageiras na economia”.
Para começar, se há quem não
tenha o direito de condenar “agressividade odiosa”, esse alguém é o próprio
Lula, que cresceu na militância sindical estimulando o ódio de classes e como
líder político ensinou a companheirada a tratar os adversários como inimigos
que devem ser destruídos e não apenas vencidos no voto. Ao longo de sua
carreira política apenas uma vez Lula despiu a fantasia de ferrabrás: em 2002,
para se eleger presidente, transfigurou-se no “Lulinha paz e amor”.
Em relação à intolerância ao
“projeto de País” do PT, é oportuno o testemunho de Frei Betto, histórico
colaborador de Lula e do PT, que apesar de decepcionado com ambos ainda acha
que os 12 anos de governos petistas, “apesar de todos os pesares – e põe
pesares nisso – foram os melhores da nossa história republicana, sobretudo no
quesito social”. Em entrevista à coluna de Sonia Racy publicada segunda-feira
pelo Estado, Frei Betto qualifica o partido de Lula: “O PT trocou um projeto de
Brasil por um projeto de poder. Permanecer no poder se tornou mais importante
do que fazer o Brasil deslanchar para uma nação justa, livre, soberana e
igualitária”.
Sugere ainda o apelativo
manifesto petista que os adversários do governo, “maus perdedores”, se
articulam agora para depor a presidente da República por meio de um golpe, que
seria o impeachment. Ignora deliberadamente o documento petista que impeachment
não é golpe, mas recurso constitucional que já foi usado com o apoio
entusiasmado do PT, para depor um presidente, Fernando Collor de Mello. Ignora
também que no caso de Dilma Rousseff a proposição do impeachment está longe de
ser unanimidade entre os opositores do governo.
O manifesto de vitimização
do PT exibe ainda o argumento de que “eles” procuram criminalizar o partido
pela corrupção que corre solta e só não é encontrada onde por ela não se
procura: “Querem fazer do PT bode expiatório da corrupção nacional”. Rui
Falcão, em entrevista após a reunião, teve o despudor de proclamar: “Faço um
chamamento a nós sairmos da defensiva, enfrentarmos de cabeça erguida aqueles
que nos atacam, porque é impensável que a gente possa ser acusado de
corrupção”. O STF, a Procuradoria-Geral da República e a Operação Lava Jato que
o digam.
O manifesto menciona ainda a
acusação que também se faz ao governo de ser o responsável por “dificuldades
passageiras na economia”. Não se pode dizer que seja uma afirmação
surpreendente, porque o PT não desce do palanque nem para governar.
BOLA BRANCA: Dilma continua caindo nas pesquisas, brasileiro não aguenta mais.
CNI-Ibope: apenas 12% aprovam Dilma.
Apenas 12% consideram o
governo Dilma Rousseff "ótimo ou bom", segundo pesquisa CNI/Ibope
divulgada nesta quarta-feira. De acordo com o instituto, 23% consideram o
governo "regular" e 64% "ruim ou péssimo".
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