terça-feira, 21 de abril de 2015

BOLA PRETA: Dilma sanciona aumento de verba do fundo partidário para R$ 867 milhões.

Apesar do corte de gastos em nome do ajuste fiscal atingir diversas áreas estratégicas do governo, a presidente Dilma Rousseff, pressionada pelo PT, sancionou ontem, sem vetos, dentro do Orçamento Geral da União a verba do fundo partidário — três vezes maior neste ano. Parte do recurso, de R$ 867,56 milhões, deve, no entanto, ser contingenciada. As definições sobre isso ocorrerão após análise do comportamento da arrecadação e das votações sobre o plano de ajuste fiscal do governo federal no Congresso.
Na semana passada, o PT decidiu proibir que seus diretórios recebam doações de empresas, como resposta ao escândalo de corrupção investigado na Operação Lava-Jato. A resolução tem que ser referendada no congresso do PT, em junho, na Bahia. Para que a proibição se sustente, a legenda conta com a ampliação do fundo partidário, sancionada ontem.
Entendemos que a democracia tem um custo. A opinião do PT, ela (Dilma) já conhece. Nesses termos (sem veto), o congresso do PT deve ratificar essa decisão de proibir doação empresarial — disse o líder do PT na Câmara, deputado Sibá Machado (AC).
O aumento da verba para o fundo foi incluído pelo relator do Orçamento, senador Romero Jucá (PMDB-RR), sob o argumento de que valeria como um teste para a tese do financiamento público de campanhas eleitorais, defendida pelo PT em sua proposta de reforma política. Mas, o próprio PMDB — que é favorável às doações de empresas — passou a pedir publicamente que Dilma vetasse a ampliação e que mantivesse os valores de 2014: R$ 289,56 milhões. Os peemedebistas alegavam que os recursos triplicados para o fundo poderiam prejudicar o ajuste fiscal defendido pelo governo.
Segundo fontes do governo, o corte deverá ser de R$ 70 bilhões — um meio termo entre o que quer a equipe econômica e o que deseja o núcleo político. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defende um corte de R$ 80 bilhões, para cumprir a meta do superávit primário (economia para o pagamento de juros da dívida pública) deste ano — 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB).

A área política quer um corte entre R$ 50 bilhões a R$ 60 bilhões, valor que atingiria investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e projetos sociais, mas não paralisaria a máquina pública.
Fonte: Globo

sábado, 18 de abril de 2015

BOLA PRETA: Dizem que se o novo tesoureiro do PT acabar preso também, o PT poderá pedir música no fantástico, pois terá três tesoureiros presos.


Novo tesoureiro do PT recebeu de Vaccari R$ 95.000 de empreiteira do clube do bilhão


O novo tesoureiro nacional do PT, Márcio Macêdo, recebeu no ano passado uma doação de 95.000 reais da Construtora Andrade Gutierrez S/A, uma das empreiteiras que faziam parte do cartel do petrolão. A contribuição foi repassada a Macedo pela Direção Nacional do PT, cujo caixa era comandado por João Vaccari Neto, preso nesta quarta-feira pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. Vaccari foi afastado da secretaria de Finanças do partido sob suspeita de ter intermediado junto a empreiteiras fornecedoras da Petrobras pagamentos de propina dissimulados como doações oficiais de campanha, registrados no Tribunal Superior Eleitoral. Em 2014, Macêdo não se reelegeu para seu segundo mandato como deputado federal por Sergipe e atualmente é suplente da bancada. Ele arrecadou ao todo 493.726,94 reais - 25% (123.500 reais) repassados por Vaccari. Além da Andrade Gutierrez, a outra parcela de 28.500 reais era uma doação da Fator Empreendimentos e Participação, do ramo imobiliário paulista. (Felipe Frazão, de São Paulo)

BOLA BRANCA: Revistas semanais detonam os petistas e o PT. Vejam as capas.

Efeito Dominó.
Cada vez mais petistas na cadeia.





quinta-feira, 16 de abril de 2015

BOLA PRETA: Ideologia em sala de aula é um péssimo exemplo.


PEDOFILIA POLÍTICA

por Percival Puggina.
 Artigo publicado em 15.04.2015

Parece que nos habituamos a esse tipo de abuso. Nós, brasileiros, não éramos assim, inquilinos discretos de uma casa de tolerância, que não se envolvem com o que se passa nos salões.

Gradualmente, porém, graças ao trabalho que já leva uma década do movimento Escola sem Partido, o país começa a perceber que nossas salas de aula se converteram em espaço privilegiado para "fazer a cabeça" dos alunos pelos moldes da cabeça dos professores. Qualquer estudo cuidadoso dos livros didáticos, qualquer conversa de cinco minutos com aluno de qualquer escola, permite perceber o problema e ouvir relato desses abusos praticados por centenas de milhares de professores, país afora. É um escândalo nacional que já leva mais de 40 anos! E não distingue escola pública de escola privada.

O professor é a autoridade no seu pedaço. Presumivelmente sabe das coisas. Ele é maior, mais idoso, olha os alunos de cima, aplica provas, dá notas e decide sobre quem será aprovado ou reprovado. Partindo desse poder, muitos, muitíssimos, multidões deles, se veem no direito de invadir os cérebros infantis e juvenis com uma das mais perversas ideologias concebidas pela mente humana. Passam a trabalhar como a aranha que capturou suas presas numa teia, envolvendo-as com a baba de uma conversa fiada cujo principal efeito é paralisar neurônios. Quantas crianças ou adolescentes brasileiros chegam às escolas trazendo na mochila explicações marxistas sobre história, economia e sociedade? Nenhuma!

Tais conteúdos, porém, lhes são solertemente ministrados nos livros didáticos distribuídos pelo Ministério da Educação e reproduzidos por uma legião de militantes, abusadores, pedófilos da política, que se aproveitam da própria autoridade, muitas vezes para ridicularizar (eles dizem "problematizar") conceitos que as crianças e jovens aprenderam no espaço legítimo da própria família. Essa praga não distingue escolas públicas e privadas. As mais fracassadas utopias, as mais equivocadas explicações dos fenômenos sociais e os mais mal sucedidos métodos pedagógicos são vendidos como emanações do cume do saber (ou como calda de chocolate no sorvete do conhecimento).


Lá em Santana do Livramento, quando criança, a gente chamava "provalecido", ou, corretamente, prevalecido, o sujeito grandalhão que se valia do tamanho para maltratar os menores. Os alunos mutilados intelectualmente por esses abusadores, tornam-se, depois, com suas muito prováveis frustrações, presas fáceis de partidos que, na vida política, explicam sua situação com o discurso que aprenderam em sala de aula. Pois essa multidão de "provalecidos" intelectuais, de pedófilos da política, de abusadores, estão com dias contados. Vem aí, como produto do meritório trabalho do movimento Escola sem Partido, uma lei para proibi-los de fazer o que fazem. Pode ser que superado esse obstáculo, que vem formando multidões de analfabetos funcionais, tolhidos, dentro das salas de aula, em sua capacidade de promover a auto-realização, o Brasil acerte passo com o progresso social.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

BOLA BRANCA: Mais uma do fantástico Sponholz.


BOLA BRANCA: Mais um petista na cadeia. O aparato de proteção da sociedade - Justiça e Polícia - está chegando perto dos Chefes.


Vaccari Neto, Tesoureiro do PT, é preso na 12ª etapa da Operação Lava Jato

O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, foi preso nesta quarta-feira (15) na 12ª etapa da Operação Lava Jato, de acordo com informações da Polícia Federal, que realizou a prisão. Ele é investigado por suspeita de receber propina em esquema de corrupção na Petrobras. O mandado contra Vaccari é de prisão preventiva e ele foi detido em casa, em São Paulo.

A polícia prendeu também a cunhada de Vaccari, Marice Correa. O mandado dela  é de prisão temporária. Marice também aparece em investigações sobre o pagamento de propina no esquema da Petrobras.

 Além da prisão de Vaccari e da cunhada, a PF executa mandado de condução coercitiva contra a mulher dele, que está sendo ouvida pelos policias em casa. Na condução coercitiva, a pessoa presta depoimento e é liberada.

sábado, 11 de abril de 2015

BOLA PRETA: Amanha o povo brasileiro, nas ruas, vai mostrar que a Dilma continua caindo. Vamos para as ruas mostrar a nossa insatisfação.


Aprovação do governo de Dilma Rousseff fica estável em pesquisa do Datafolha.


A popularidade da presidente Dilma Rousseff parou de cair, segundo pesquisa do Datafolha publicada neste sábado (11/4). Para 13% das pessoas ouvidas, Dilma faz um governo bom ou ótimo, a mesma porcentagem mostrada no levantamento de março, enquanto para 60% a administração é ruim ou péssima, apenas dois pontos a menos do que na pesquisa anterior. Também ficaram estáveis as expectativas dos entrevistados em relação à economia. Na opinião de 78% das pessoas ouvidas a inflação deverá aumentar no próximo período, para 70% o desemprego vai crescer e para 58% a situação econômica do País deve piorar. A pesquisa foi realizada nos dias 9 e 10 de abril com 2.834 pessoas em 171 municípios. A margem de erro máxima é de dois pontos porcentuais. (Agência Estado) 

BOLA BRANCA: Mais um petista preso. Chega de impunidade!

André Vargas, esse Deputado do PT, que era vice-presidente da Câmara dos Deputados, em uma solenidade quando o Ministro Joaquim Barbosa foi sentar-se, por protocolo, ao seu lado ele levantou o braço com o punho cerrado, gesto de guerrilheiros que vinham sendo feitos pelos petistas corruptos José Dirceu e José Genoíno, para provocar o Ministro.



Pois é esse aí preso na viatura da Polícia Federal é o André Vargas, pego na operação Lava Jato.


quarta-feira, 8 de abril de 2015

BOLA BRANCA: Supremo Tribunal Federal anula decreto da Dilma que beneficiava o MST e assim garante o direito de propriedade.


 Decano do STF invalida decreto presidencial que expropriou fazenda em São Paulo

Quarta-feira, 08 de abril de 2015


O decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Celso de Mello, invalidou o decreto presidencial de 26 de dezembro de 2013, que declarou de interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural denominado “Fazenda Vista Alegre”, situado no município de Dracena (SP). Na decisão proferida no julgamento do Mandado de Segurança (MS) 32752, o ministro revelou que o imóvel em questão foi alvo de diversos atos de esbulho possessório, que comprometeram a exploração da propriedade e, em consequência, o cumprimento de sua função social.

O ministro lembrou que, no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 2213/DF, o STF reconheceu, em sede cautelar, a legitimidade constitucional do artigo 2º, parágrafo 6º, da Lei 8.629/1993, dispositivo segundo o qual o imóvel rural objeto de invasão, enquanto esta subsistir, não poderá sofrer atos de vistoria, de avaliação e de desapropriação, vedação que também se estende até aos dois anos seguintes à desocupação. Na ocasião, o Plenário advertiu que, desde a invasão por movimentos sociais organizados até dois anos após a desocupação, a propriedade rural não será alvo de atos de vistoria, de avaliação e de desapropriação, por interesse social, para efeito de reforma agrária.

O ministro Celso de Mello assinalou, em sua decisão, que “A prática da violação possessória, além de configurar ato impregnado de evidente ilicitude, revela-se apta a comprometer a racional e adequada exploração do imóvel rural, justificando-se, por isso mesmo, a invocação da ‘vis major’, em ordem a afastar a alegação de descumprimento da função social”.

Afirmou o ministro que a prática ilícita do esbulho possessório, que constitui crime (CP, art. 161, § 1º, II), impede que se considere válida a edição de decreto presidencial consubstanciador de declaração expropriatória, por interesse social, para fins de reforma agrária, “notadamente naqueles casos em que a direta e imediata ação predatória desenvolvida pelos invasores culmina por frustrar a própria realização da função social inerente à propriedade”.

Ordem jurídica
Para o ministro Celso de Mello, “O Supremo Tribunal Federal, em tema de reforma agrária (como em outro qualquer), não pode chancelar, jurisdicionalmente, atos e medidas que, perpetrados à margem da lei e do direito por movimentos sociais organizados, transgridem, comprometem e ofendem a integridade da ordem jurídica fundada em princípios e em valores consagrados pela própria Constituição da República”.

Isso porque, salientou o ministro, o processo de reforma agrária, em nosso país, não pode ser conduzido de maneira arbitrária, nem de modo ofensivo à garantia constitucional da propriedade. “Nada justifica o emprego ilegítimo do instrumento expropriatório, quando utilizado, pelo poder estatal, com evidente transgressão aos princípios e às normas que regem e disciplinam as relações entre as pessoas e o Estado”.

O ministro Celso de Mello observou que essa mesma advertência vale para qualquer particular, movimento ou organização social que vise, “pelo emprego arbitrário da força e pela ocupação ilícita de imóveis rurais, a constranger o Poder Público a promover ações expropriatórias”.

Ao concluir a sua decisão, o ministro Celso de Mello destacou que “A necessidade de observância do império da lei e a possibilidade de acesso à tutela jurisdicional do Estado – que configuram valores essenciais em uma sociedade democrática – devem representar o sopro inspirador da harmonia social, significando, por isso mesmo, um veto permanente a qualquer tipo de comportamento cuja motivação resulte do intuito deliberado de praticar atos inaceitáveis de violência e de ilicitude, como os atos de invasão da propriedade alheia e de desrespeito à autoridade das leis e à supremacia da Constituição da República perpetrados por movimentos sociais organizados, como o MST”.



terça-feira, 7 de abril de 2015

BOLA PRETA: Dilma faz contrato milionário com empresa de festas



SEM-NOÇÃO, DILMA CONTRATA EMPRESA DE FESTAS POR R$ 49 MILHÕES


A economia está em frangalhos, o governo aplica calote até em programas sociais, mas a presidente Dilma contratou por R$49 milhões a empresa “Shows Serviços de Festa”, com o objetivo de tornar mais festivos os seus eventos. 

Folha Poder.

sexta-feira, 3 de abril de 2015

BOLA BRANCA: O povo tá acordando chega de ser o concordino.


DAVI, GOLIAS E A PÁSCOA

por Percival Puggina.
Artigo publicado em 03.04.2015

Quem poderia imaginar, há uns poucos anos, algo semelhante ao que está acontecendo no Brasil? Quem poderia antever tanta efervescência política fora dos parlamentos? Quem poderia conceber tantos Davis nas ruas, renegando o que os Golias proclamavam? Pergunto: não parecia irresistível a marcha para a construção de um Brasil socialista, economicamente próspero, socialmente justo, moralmente repaginado e irresistivelmente petista? Seus apoios eram gigantescos na mídia, na esmagadora maioria parlamentar, na CNBB, no movimento sindical. Contavam com a dedicada militância de artistas, celebridades, intelectuais. Funcionava para eles o conjunto das instituições de ensino. De catedráticos a alfabetizadores, quase todos trabalhavam pela mesma causa. Quem poderia imaginar, então, o que está acontecendo?

 Mérito, muito mérito para os poucos que, com o poder da palavra e a força das ideias propagadas nas redes sociais, perceberam onde se travaria o confronto decisivo. E partiram para o confronto no campo da cultura. Nesse terreno, deu a lógica. Quem era Davi virou Golias. E quem era Golias virou Davi. Quero homenagear a esses bravos intelectuais da contra-corrente na pessoa do Olavo de Carvalho que de modo sistemático, desde seu retiro na Virgínia, ensinou e ensina milhares de jovens a pensar, qualificando líderes para o enfrentamento que agora se trava diante de nossos olhos. Os Golias de ontem, acuados pelos espectros das próprias mentiras, mistificações, bazófias e degradação moral, vivem um pesadelo antes mesmo de que a noite sobre eles caia.


 Eu creio em Deus. E sei que é tempo de Pessach, de Páscoa. Nada melhor, para quem tem dedicações cívicas, do que fazer destes dias tão especiais do ano litúrgico tempo de oração pelo bem do Brasil. Feliz Páscoa! É tempo de libertação, Brasil!

BOLA BRANCA: Popularidade de Dilma no chinelo.


Os militares e a crise

ELIANE CANTANHÊDE
O Estado de S. Paulo - 03/04

Órgãos de inteligência do governo, principalmente das Forças Armadas, passaram o 31 de março em estado de alerta para detectar tanto provocações de "oficiais de pijama" quanto manobras do "exército do Stédile" e, assim, tentar evitar confrontos. E o que aconteceu? Nada. Poucas vezes antes neste país o 31 de março passou tão em branco. Desta vez, a crise corre ao largo dos militares.

O temor em Brasília era de que, neste clima político, com crises variadas, a popularidade de Dilma Rousseff no chinelo e depois de milhões de pessoas protestando no 15 de março, o aniversário do golpe militar de 1964 servisse de pretexto para novas demonstrações de força e embates de rua, com resultados imprevisíveis. O temor não se confirmou e, no final do dia, a sensação na capital da República era de alívio.

Foi como se tivesse havido um acordão entre os militares da reserva e os militantes de Lula/Stédile para ninguém botar mais lenha na fogueira, para os dois lados não saírem às ruas. Não houve acordo, obviamente, só uma avaliação fria de que não estão fortes o suficiente para mobilizar massas e provocar comparações.

Apesar de toda a insinuação prévia de que haveria novos atos públicos, o PT preferiu se trancar em "plenárias", lambendo as feridas, preparando o congresso de junho e tentando traçar o futuro numa frente com MST, CUT, UNE e acessórios que, em nome de uma guerra extemporânea entre "direita" e "esquerda", engolem qualquer coisa, até o indigesto desmanche da Petrobrás.

Essas plenárias do partido são como uma pausa para pensar, num momento em que a popularidade da presidente bate no fundo do poço (12% de aprovação?!) e ela reza para São Levy fazer chover e conseguir aprovar no Congresso as correções dos imensos erros que ela própria cometeu no primeiro mandato.

Do outro lado, o militar, o que houve foi mais do mesmo: almoço de oficiais da reserva no Clube Militar, uma meia dúzia gritando palavras de ordem do lado de fora e outra meia dúzia fazendo confusão em local fechado de São Paulo. Nada que mereça o título de "manifestação". Isso só reforça que, desta vez, as Forças Armadas não têm nenhum protagonismo. Mesmo nos bastidores, os militares debatem a crise como qualquer cidadão: com espanto. Sem intenções, sem objetivos.

São os agentes políticos que estão em retiro espiritual, não exatamente por causa da Semana Santa, mas para tentar entender a dramaticidade do momento, projetar os cenários possíveis e já se contorcendo para poder mais adiante se encaixar em diferentes hipóteses.

Dilma está em suspenso, à espera de Levy. Levy depende desesperadamente do Congresso. O Congresso é todo olhos e ouvidos para as ruas. Lula e o PT, atarantados, pedem socorro para as centrais e movimentos engajados. Os movimentos engajados descobrem que não é hora de medir forças com as classes médias irritadas. E a oposição, um tanto deslocada do centro da cena, fica atenta à panela de pressão para decidir a hora de aumentar ou de diminuir o fogo. Além de avaliar se poderá, ou não, assumir algum tipo de liderança nas manifestações de rua e se chegará, ou não, o momento de jogar algo, ou alguém, na fervura.

A próxima grande manifestação popular está prevista para 12 de abril, primeiro domingo após a Páscoa, e deve responder a uma pergunta que não quer calar, no governo, na oposição, muito particularmente no PMDB: se a explosão de 15 de março vai aumentar mais e mais, ou se aquele grito bastou e agora a maioria vai preferir ouvir pela janela, panelas à mão. Ou seja, se aqueles milhões foram às ruas e se recolheram, ou se foram para ficar.


Os militares estão quietos no canto deles, mas, além dos advogados, dos policiais federais, dos procuradores e dos jornalistas, outra categoria que vem trabalhando demais ultimamente são os agentes de inteligência do governo. Nem eles, porém, têm resposta para a grande pergunta da crise: no que tudo isso vai dar?

quarta-feira, 1 de abril de 2015

BOLA PRETA: Aos 12 anos do PT afundando o país.


O PT se faz de vítima

Editorial do Estadão
01/04/2015

Depois de 12 anos no poder, por força de suas próprias contradições e, sobretudo, da incompetência do governo Dilma Rousseff, o PT está isolado politicamente no Congresso Nacional e restrito, nas ruas, ao tímido apoio das organizações sociais e sindicais que manipula. É a crise mais aguda que enfrenta em 35 anos de existência. Ao longo dessas décadas mudou muito, principalmente em função da conquista do poder. Mas num ponto permanece exatamente o mesmo: nos momentos de aperto, apresenta-se como vítima de algozes impiedosos, os tais “eles”, esses entes abstratos que agora estão armando um esquema de “cerco e aniquilamento” da legenda, movidos, é claro, pelo mais torpe dos motivos: não se conformam com o fato de o PT ter “tirado efetivamente 36 milhões de brasileiros da miséria”.

Esse argumento de esquerda de botequim é risível fora do ambiente libatório em que germina. Torna-se patético quando apresentado por dirigentes partidários com o aval de Lula e do presidente nacional Rui Falcão. Vira sintoma de patologia grave quando aprovado em reunião dos 27 diretórios regionais, com a presença do ex-presidente da República e de membros da Executiva nacional. Foi o que aconteceu na segunda-feira passada na capital paulista.

Lavrado nos termos do populismo maniqueísta de Lula – que divide o País entre “nós” e “eles” e durante o encontro proclamou que “o PT não pode ficar acuado diante dessa agressividade odiosa” – o manifesto petista declara: “Não toleram (“eles”, claro) que, pela quarta vez consecutiva, nosso projeto de País tenha sido vitorioso nas urnas” e os “maus perdedores no jogo democrático tentam agora reverter, sem eleições, o resultado eleitoral”. Em resumo: “Querem fazer do PT bode expiatório da corrupção nacional e das dificuldades passageiras na economia”.

Para começar, se há quem não tenha o direito de condenar “agressividade odiosa”, esse alguém é o próprio Lula, que cresceu na militância sindical estimulando o ódio de classes e como líder político ensinou a companheirada a tratar os adversários como inimigos que devem ser destruídos e não apenas vencidos no voto. Ao longo de sua carreira política apenas uma vez Lula despiu a fantasia de ferrabrás: em 2002, para se eleger presidente, transfigurou-se no “Lulinha paz e amor”.

Em relação à intolerância ao “projeto de País” do PT, é oportuno o testemunho de Frei Betto, histórico colaborador de Lula e do PT, que apesar de decepcionado com ambos ainda acha que os 12 anos de governos petistas, “apesar de todos os pesares – e põe pesares nisso – foram os melhores da nossa história republicana, sobretudo no quesito social”. Em entrevista à coluna de Sonia Racy publicada segunda-feira pelo Estado, Frei Betto qualifica o partido de Lula: “O PT trocou um projeto de Brasil por um projeto de poder. Permanecer no poder se tornou mais importante do que fazer o Brasil deslanchar para uma nação justa, livre, soberana e igualitária”.

Sugere ainda o apelativo manifesto petista que os adversários do governo, “maus perdedores”, se articulam agora para depor a presidente da República por meio de um golpe, que seria o impeachment. Ignora deliberadamente o documento petista que impeachment não é golpe, mas recurso constitucional que já foi usado com o apoio entusiasmado do PT, para depor um presidente, Fernando Collor de Mello. Ignora também que no caso de Dilma Rousseff a proposição do impeachment está longe de ser unanimidade entre os opositores do governo.

O manifesto de vitimização do PT exibe ainda o argumento de que “eles” procuram criminalizar o partido pela corrupção que corre solta e só não é encontrada onde por ela não se procura: “Querem fazer do PT bode expiatório da corrupção nacional”. Rui Falcão, em entrevista após a reunião, teve o despudor de proclamar: “Faço um chamamento a nós sairmos da defensiva, enfrentarmos de cabeça erguida aqueles que nos atacam, porque é impensável que a gente possa ser acusado de corrupção”. O STF, a Procuradoria-Geral da República e a Operação Lava Jato que o digam.


O manifesto menciona ainda a acusação que também se faz ao governo de ser o responsável por “dificuldades passageiras na economia”. Não se pode dizer que seja uma afirmação surpreendente, porque o PT não desce do palanque nem para governar.

BOLA BRANCA: Dilma continua caindo nas pesquisas, brasileiro não aguenta mais.




CNI-Ibope: apenas 12% aprovam Dilma.

Apenas 12% consideram o governo Dilma Rousseff "ótimo ou bom", segundo pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quarta-feira. De acordo com o instituto, 23% consideram o governo "regular" e 64% "ruim ou péssimo".